Em razão do acúmulo de dívidas, estas empresas deixaram de quitar parcelas dos alugueis de galpões e lojas. Isso se reflete na carteira de alguns dos principais fundos imobiliários do setor.
Um dos casos é o Vinci Logística Fundo de Investimento Imobiliário (VILG11).
Com patrimônio de aproximadamente R$ 1,7 bilhão, distribuído entre 157 mil cotistas, o fundo optou por ajuizar uma ação de despejo contra a Tok&Stok. O motivo foi a falta de pagamento do aluguel de janeiro do imóvel “Extrema Business Park I”. Localizado em Extrema (MG), o aluguel representa cerca de 14% da receita do fundo na totalidade.
E a falta de pagamento causou um impacto relevante na distribuição de dividendos. Ou seja, um dos principais chamarizes da categoria ficou desguarnecido. Após ter pago um dividendo de R$ 0,67 por cota em janeiro, a remuneração caiu para R$ 0,53 em fevereiro. Isso representa uma queda de quase 21%.
No dia 7 de março, a gestora responsável pelo fundo, a Vinci Real Estate, informou que a Tok&Stok quitou o aluguel de fevereiro. Mas isso não resolveu o problema, afinal, ela seguiu com o pagamento referente a janeiro em aberto. Exatamente por isso, a ação de despejo ainda segue em andamento.
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Outras alternativas no mercado 5p2j3x
Apesar da situação atual, o VILG11 está presente na carteira recomendada de fundos imobiliários do Itaú BBA.
Marcelo Potenza é analista de fundos imobiliários do Itaú BBA. Ele afirma que, apesar da inadimplência da Tok&Stok, e de uma exposição residual de 3% a Americanas, o fundo tem um portfólio com 16 galpões de alta qualidade e bem localizados.
Com isso, seria possível conseguir encontrar novos locatários sem maiores problemas, no caso de algum dos inquilinos seguir inadimplente por mais tempo.
O analista acrescenta que, após o caso da Tok&Stok, o banco ou a buscar uma diversificação maior da carteira e incluiu entre as recomendações aos investidores o Kinea Renda Imobiliária (KNRI11). Este soma R$ 3,9 bilhões de patrimônio e cerca de 242 mil cotistas.
Em 17 de fevereiro, contudo, dia seguinte à inclusão na carteira, o fundo da Kinea informou não ter recebido o valor do aluguel devido pela Marisa do mês de janeiro. Este atraso se refere ao CD Itaqua, centro de distribuição em Itaquaquecetuba, em São Paulo.
A receita do contrato da varejista representa somente 4% da receita do fundo, e não foi suficiente a ponto de causar um impacto negativo na distribuição de dividendos no valor de R$ 0,95 por cota relativos a fevereiro.
Para saber mais, leia notícia completa na Folha de S.Paulo
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