A pandemia chegou ao Brasil com força em março de 2020, obrigando muitas empresas a estabelecer o home office como o regime momentâneo de trabalho, para garantir a segurança de seus funcionários. Tecnologias e equipamentos tiveram que ser adaptados ao novo esquema, assim como as reuniões, que aram a ser virtuais.
Com o avanço da vacinação, no ano ado, as empresas começaram a retomar o trabalho presencial, porém, de forma diferente. Muitas delas acabaram apostando em um modelo híbrido, combinando as idas ao escritório com dias de trabalho em home office. Esse modelo acabou se tornando uma aposta para muitas empresas.
A mistura entre o presencial, que traz aos colaboradores o contato entre si, e o digital, com o conforto de não precisar se locomover pelo trânsito caótico das cidades brasileiras, se tornaram elementos fundamentais na busca para os profissionais que querem mais qualidade de vida.
Sob essa perspectiva, as empresas de coworking notaram, também, uma mudança em seu perfil de clientes, com mais empresas interessadas, também, em aproveitar os espaços para esse modelo de trabalho flexível.
Os primeiros meses da pandemia, quando boa parte dos funcionários foram colocados em home office, foram difíceis para essas empresas. No entanto, a flexibilização do estilo de trabalho e dos negócios das empresas foram importantes para o desenvolvimento desse mercado.
A WeWork, operação global que conta atualmente com 32 unidades no Brasil, viu seu número de parceiros aumentar dez vezes em relação ao início de 2020. Já a Hub, outra empresa nacional de coworking, que opera no Norte e Nordeste brasileiro, está com 100% de ocupação e filas de empresas que querem usar os espaços de seus escritórios.
Alguns motivos fazem com que os espaços de coworking tenham um período de alta nos negócios. Um deles tem a ver com questões de contratos e de aluguel.
Felipe Rizzo, CEO da WeWork Brasil, explica que um contrato de aluguel de empresa, de forma geral, envolve, em média, de 10 a 15 anos de acordo, enquanto no modelo do coworking, esses acordos são mais curtos e privilegiam o planejamento. Para saber mais, leia matéria na Revista Buildings: Escritórios flexíveis e as soluções para o mercado imobiliário
O executivo acredita que as empresas precisaram repensar os seus espaços e como eles serviam aos colaboradores e, dessa forma, elas aram a recorrer a essa alternativa para encontrar hubs nas cidades que pudessem atender a demanda de seus funcionários por diferentes localizações.

Novos espaços para atender melhor a demanda dos colaboradores (Crédito: Divulgação / WeWork)
Para Alfredo Junior, diretor da Hub Plural, depois dessa mudança pelas quais as empresas foram obrigadas a ar, não existirá mais um modelo único de trabalho, e as companhias estão se adaptando às formas diferentes de atender aos seus interesses com as tecnologias disponíveis.
O executivo acredita que o modelo 100% digital – que por um tempo foi o salvador durante o auge da pandemia – não funciona mais como no início.
“Houve perda do sentimento de pertencimento, ainda mais com vários funcionários que acabaram enfrentando doenças. O 100% remoto não é a solução”, opina.
A percepção do diretor é de que as empresas que utilizam o coworking estão conseguindo manter os seus talentos na casa. “Os funcionários estão mais produtivos, mais felizes, até por um diferencial do que oferecemos, hospitalidade, acolhimento, interação entre as pessoas, respeitando as medidas sanitárias”, afirma.
Com informações do portal Meio e Mensagem.
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