Sustentabilidade em galpões
Por que o setor industrial já faz parte deste movimento
Os números do mercado de construção sustentável não deixam dúvidas de que o setor está em forte crescimento no Brasil. Se contarmos os empreendimentos que atualmente buscam alguma certificação ambiental – como o LEED, AQUA-HQE, PBE Edifica, Selo Casa Azul, etc. – veremos que são mais de 2 mil empreendimentos, ou seja em menos de 10 anos, quando tivemos o primeiro destes registros no Brasil, o setor mostra a sua força e se destaca em outros mercados além dos edifícios corporativos. Um dos setores em destaque é o de galpões industriais e de logística. Só em Certificação LEED já são 143 galpões em sete Estados sendo: 115 em São Paulo, 22 no Rio de Janeiro, 13 no Paraná, 11 em Minas Gerais, 7 em Pernambuco, 3 no Rio Grande do Sul e 2 na Bahia.
Para o setor industrial e de centros de distribuição, 2016 foi realmente um ano muito interessante no que diz respeito à sustentabilidade, já que foram registrados novos galpões. Dos 143 empreendimentos que mencionei, podemos destacar o primeiro galpão certificado por aqui, em setembro de 2009, o CD da BOMI, em Itapevi. Além deste e depois dele, tivemos o Ecopátio da Bracor, em São Bernardo do Campo; a Nova fábrica da GM, em ville; fábricas da Coca-Cola, no Rio de Janeiro, no Paraná e em Manaus; o CD da DOW Química, no Guarujá; e outros dois da Ralc, em Arujá. Este seguimento da construção sustentável vem num forte crescimento com uma média de mais de dois galpões registrados por mês no Brasil. É um dos segmentos que mais tem adotado a certificação como um grande diferencial de imagem e, principalmente, de performance operacional.
Vantagens
Hoje, o mercado já enxerga a construção sustentável como um grande diferencial na economia dos custos operacionais, sobretudo quando abordamos empreendimentos que pertencem ao próprio usuário. Isso acontece porque o retorno do investimento é rápido e certo. Em empreendimentos cujo foco é a locação de espaços, esta economia operacional é um argumento válido de locação, além de possibilitar um ganho melhor para o investidor – sem, necessariamente, aumentar o custo – e acelerar a negociação. Normalmente, existe a busca desses empreendimentos por parte de grandes multinacionais que têm em suas diretrizes de compra ou locação destes espaços estes critérios, mas a tendência é que isto e a ser adotado por todas as empresas que buscam economia operacional ou melhoria de desempenho dos seus usuários. Isso já acontece em São Paulo, onde o governo ou a exigir para suas escolas e hospitais a Certificação AQUA. Atualmente, o Governo Federal exige a etiquetagem PBE Edifica nível A para suas edificações.
Incentivo
Um movimento importante ou a ajudar ainda mais no incentivo da construção sustentável de galpões: os benefícios fiscais e financeiros que estão a cada dia mais sendo praticados por diversas cidades brasileiras. Recentemente, foi divulgado em São Paulo o Decreto nº 57.565 de 27 de dezembro de 2016, pela Prefeitura de São Paulo, que regulamenta os procedimentos de fiscalização da quota ambiental e o incentivo de certificação da nova lei de zoneamento da cidade (Lei nº 16.402/2016). Além deste, temos o recém-lançado Fator Verde de Fortaleza – que busca impulsionar a construção sustentável – a elaboração do IPTU VERDE da Prefeitura do Rio de Janeiro – que definirá até abril de 2017 os critérios e as reduções fiscais para cada uma das estratégias de sustentabilidade incorporadas nas edificações do município e iniciativas em várias outras cidades, como Recife(PE), Guarulhos (SP), Lageado(RS), Paragominas (PA), entre outras.
Deixe uma resposta