Smart Workplace para atender a “Diversidade das Gerações”

Como criar melhores espaços de trabalho para todos os tipos de colaboradores.

Por Celso Toshio Saito*

Se você concorda que as pessoas são a engrenagem que fazem qualquer empresa funcionar, observe a diversidade de profissionais e a forma como podemos criar um smart workplace para atendê-los.

O desafio é oferecer um ambiente colaborativo, com alta atratividade e baixo absenteísmo. Além disso, otimizar os espaços e aproveitar ele para que haja uma maior interação entre seus ocupantes, de forma flexível e propondo multifuncionalidades e multiutilidades.

Para facilitar nessa tarefa, convido-os a migrar da lógica do produto para a lógica do serviço.

amos por um processo de desapego, tendo como resultado ações centradas nas pessoas, de forma que sejam feitas por pessoas e para pessoas. Perceba que, antes, o que importava era o bem material (exemplo: sala privativa de trabalho) e agora a busca é por serviço (exemplo: espaço para poder trabalhar, no momento mais conveniente, e que proporcione ações de cocriação/colaboração).

Outra forma de comprovar esse processo de mudança é verificarmos o resultado da pesquisa do Great Place to Work, na qual foi observado o fato de as pessoas que trabalham em empresas deixam de priorizar o ganho financeiro e buscam cada vez mais o seguinte ideal: “Nem dinheiro, nem estabilidade”. O principal motivo declarado pelos próprios colaboradores é o fato da organização proporcionar oportunidades de crescimento. Isso só é possível se criarmos condições para o desenvolvimento dos profissionais e executivos.

Isso comprova outra migração. Onde o foco era B2B (negócios para empresas) ou B2C (negócios para consumidores), percebemos o surgimento do H2H (humanos para humanos).

A Evolução das Gerações

Todo esse trabalho requer um pouco de conhecimento sobre as pessoas. Veja nas ilustrações como são classificadas as gerações, por faixa de época em que nasceram:

faixa_etaria_das_geracoes_revista_buildings_corenet

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Cada geração possui distinções entre: atitudes, comportamentos, expectativas, hábitos e motivações.

Agora que você conhece a diversidade, veja algumas transformações:

– Tecnologia: estação de trabalho em “L” substituída por mesa plataforma;
– Elevado custo do m²: adoção de layout otimizado;
– Ócio: devido às férias, licenças, reuniões, atividades externas, entre outros acontecimentos, a adoção da metodologia de não haver mesa fixa por colaborador proporciona redução de espçao (e gastos) entre 15% a 30%;
– Coworking: agrupar profissionais de forma mais descontraída em espaços mais informais;
– Diversidade: ambientes específicos para cada necessidade;
– Flexibilidade: por exemplo, um refeitório que é utilizado em períodos específicos do dia, pode atender a demanda de um auditório;
– Legislações: ibilidade e Inclusão e Menor Aprendiz.

Chegamos ao momento de conjugar as pessoas aos novos desenhos de espaços corporativos, integrando-os de forma a proporcionar um ambiente “BOM”, ou “WELL”, conforme explicação a seguir:

  • Prover um modelo para desenhar e construir, para integrar características da saúde humana ao ambiente construído;
  • É um sistema de performance para mensurar o impacto do ambiente construído para a saúde humana.

Considerando que 90% do custo é com salários/benefícios/encargos, 9% no custo do espaço e operação e 1% em energia, concorda que qualquer investimento nas pessoas terá um bom retorno?

Quer mais? Entenda que 90% dos funcionários item que a atitude no trabalho é diretamente afetada pela qualidade de ambiente de trabalho, pautada pelos seguintes pontos

  1. AR: Criar ótima qualidade de ar interno;
  2. ÁGUA: Oferecer água limpa e segura;
  3. NUTRIÇÃO: Avaliação de comida saudável e fresca;
  4. ILUMINAÇÃO: Afeta o sistema circadiano;
  5. GINÁSTICA: integração de exercício e ginástica;
  6. CONFORTO: Ambiente confortável e produtivo (temperatura e acústica);
  7. MENTE: Saúde emocional e cognitiva (Biofilia).
    Fonte: http://www.wellcertified.com

celso_toshio_saito_revista_buildings_corenetAcrescente, ainda, o conceito da neuroarquitetura, que nos oferece explicações biológicas e racionais sobre o porquê nos sentimentos bem ou não em um determinado ambiente e como isso afeta a produtividade em ambientes de trabalho.

Se as organizações enxergarem seus colaboradores como seu principal recurso, tenho certeza de que qualquer investimento realizado trará retornos positivos.

Desejo a todos os profissionais que eles sejam mais engajados e de alta performance, mais saudáveis, alegres e com menos absenteísmos. Sucesso!

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