Shein pode superar Shopee no Brasil? Desempenho da varejista é destaque em 2022

Nem Magazine Luiza nem Mercado Livre. De acordo notícia do Money Times, o mercado brasileiro de e-commerce será dominado por três grandes players vindos da China. A aposta do ex-country manager da Aliexpress, Yan Dié, é na Shopee, TikTok Shop e Shein. Fato é que elas chegaram para ficar e já ganharam a preferência de muitos consumidores brasileiros.

Yan Dié, que mora há cerca de 20 anos no Brasil, postou no LinkedIn uma estimativa capaz de assustar as gigantes do varejo brasileiro. O executivo também tem agens pela Huawei e pela Baidu (o Google chinês).

Talvez as estimativas dele façam mesmo sentido.

Para se ter ideia do resultado alcançado, notícia recente do portal StarSe apontou que a Shein teve um crescimento de 300% e faturamento bilionário no Brasil. Segundo a matéria, a varejista chinesa faturado R$ 8 bilhões no Brasil em 2022. Esse resultado superou algumas lojas brasileiras em números. E indica um crescimento de 300% em comparação aos R$ 2 bilhões de 2021.

Vale lembrar que a presença física da Shein em terras brasileiras começou no 3 trimestre de 2022, ou seja, pouco mais de 6 meses.

Ocupação industrial no Brasil. (Fonte: Buildings)

Aqui no Brasil, de acordo com dados da Buildings, a ocupação industrial da Shein para dar conta de tantas demandas e pedidos corresponde a 24.888 m². Isso representa 93% de toda a sua ocupação. Sua operação logística está localizada no GLP Guarulhos II (SP).

Já a ocupação de escritórios, para as demandas istrativas, está na região mais cara e cobiçada de São Paulo: a Faria Lima. Ela  representa 7%, ou seja, pouco mais de 1.800 mil m².

Desempenho abre novas portas

Pelos resultados citados, a Shein se tornou um exemplo de empresa chinesa de varejo bem-sucedida no Brasil. Mas não é a única.

De acordo com os gráficos acima, antes da Shein, a Shopee já estava fazendo carreira e agradando os consumidores brasileiros. Prova disso é que a varejista só cresceu nos últimos trimestres.

Oportunista, a Shopee chegou ao Brasil no 3T de 2020, ou seja, no período mais acentuado da pandemia. Com as pessoas confinadas em suas casas, as compras on-line tiveram um boom.

A área de ocupação industrial começou com quase 12 mil m² e seguiu crescendo trimestre a trimestre. No 1T de 2022 já eram quase 50 mil m² ocupados. O crescimento da empresa foi rápido e expressivo, chegando a mais de 136 mil m² no 4T de 2022, em diversos galpões logísticos no estado de São Paulo.

E não apenas isso. A ocupação de escritórios é de quase 25 mil m², também na região mais cara e cobiçada de São Paulo: a Faria Lima.

A varejista começou com pouco mais de 4 mil m², seguiu assim até o 2T de 2021 e depois desse período, cresceu até alcançar quase 25 mil m² no 4T de 2022.

“O varejo brasileiro provou ser um ambiente difícil para players estrangeiros nos últimos anos. Mesmo assim, muitas empresas globais aumentaram seus esforços no país (especialmente a Shopee, que tem ~30% de seu GMV local vindo de categorias de vestuário, ou ~R$ 6 bilhões, e a Shein)”, explicam os analistas do BTG Pactual no relatório.

Vale considerar que o contraponto entre as duas empresas está no tempo de vida no Brasil. A Shein está instalada há apenas 6 meses. Contudo, se continuar no mesmo ritmo que está agora, também pode crescer tão rápido a ponto de superar a Shopee e outras possíveis concorrentes.

Com informações do Money Times e portal StarSe

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