Setor de escritórios em São Paulo segue em recuperação

Mercado de escritórios se destaca com novas locações no último semestre.

Após um período mais intenso de crise, o setor de escritórios segue em recuperação nos últimos trimestres. Não à toa, os dados do 3° trimestre de 2023 mostram que os números do setor de escritórios de alto padrão em São Paulo seguem otimistas. Houve queda na taxa de vacância, novamente absorção líquida positiva e novas locações de escritórios corporativos.

Segundo dados da Buildings, o setor de escritórios corporativos de São Paulo corresponde a 11,9 milhões de m², o que equivale a 1.622 edifícios prontos.

Conforme gráfico abaixo, a taxa de vacância nos edifícios corporate de alto padrão caiu no 3T de 2023. Ela chegou a 23,84% no 3T de 2021 e, de lá para cá, segue reduzindo. Fechou o 3T de 2023 em 23,16%.

Quando se avalia a absorção líquida, um dos principais indicadores de crescimento ou retração do mercado, por dois trimestres seguidos os resultados foram positivos. À exceção do 1T de 2023 – que teve saldo negativo de 12 mil m² –, o mercado Corporate Classe A está absorvendo novas locações desde o 3T de 2021, com resultados crescentes.

Quando se observa a absorção líquida por regiões, duas se destacam: a Barra Funda/Vila Leopoldina absorveu 14.800m² positivos no 3T de 2023. Esse saldo se refere aos edifícios CEAB, LED Corporate e Brasília Square Offices.

Além disso, a Chucri Zaidan também absorveu 14.500m² referente aos edifícios Parque da Cidade, RiverView e Morumbi Corporate.

Já a Nova Faria Lima teve absorção líquida negativa de 1.000 m² (São Paulo Corporate Towers e Praça Faria Lima). Isso não significa, no entanto, que a região a por um problema. 

A Paulista também teve absorção líquida negativa de 3.300 m² (houve devolução nos edifícios São Luiz Gonzaga e Ed. Paulista).

Veja gráfico abaixo:

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Novas locações aquecem o setor

Ao longo de 2023 até novembro (não considerando renovações, sublocações e vendas), foram 380 novas locações mapeadas pela Buildings. A metragem média dessas transações é de 880 m².

Como comparação, a metragem média ocupada Classe A na cidade de São Paulo é de 1.500 m². Outro destaque interessante foram 70 locações iguais ou maiores que 1.000 m².

Deste resultado, 43 são expansões/crescimento (algumas expansões com Flight-to-Quality). São eles:

  • Bytedance no Infinity Tower – 8.700m²;
  • XP Investimentos no São Paulo Corporate Towers – 4.000m²;
  • G4 Educação no Thera Corporate – 2.200m²;
  • SPX Capital no Birmann 32 – 2.100m².

Já 21 são empresas novas no Universo Corporativo A, entre elas:

  • Iron Mountain no River One – 2.700m²;
  • BYD do Brasil no Morumbi Corporate – Diamond Tower – 2.100m²;
  • Genco Energia no Cidade Jardim Corporate Center – 1.800m.

Por fim, 6 são empresas que reduziram ocupação:

  • Rabobank no Morumbi Corporate Towers – 4.100m²;
  • Clariant no 17.007 Nações – Torre Alpha – 1.800m²;
  • Melitta no Parque da Cidade – Torre Jatobá – 1.100m².

Saldo de áreas alugadas foi o maior desde o início de 2020

Notícia do Estadão aponta que o mercado de prédios de escritórios de alto padrão na cidade de São Paulo teve um nível elevado de locações nos últimos meses. De acordo com avaliação da consultoria imobiliária JLL, o setor alcançou patamares similares ao do período anterior à pandemia.

Isso indica uma recuperação do mercado, que tem sofrido desde que o home office se tornou algo comum no mundo do trabalho.

Ainda segundo a matéria do Estadão, o saldo entre as áreas alugadas e devolvidas foi de 51 mil m² no terceiro trimestre de 2023.

O número equivale a sete campos de futebol e representa o maior nível de atividade desde a chegada da pandemia, no início de 2020.

No acumulado do ano, a absorção líquida foi de 64 mil m². Ou seja, o ano começou com poucos negócios, refletindo as preocupações de empresários com a troca de governo, mas ou por um reaquecimento nos meses mais recentes.

A quantidade total de áreas alugadas, ou absorção bruta (sem considerar áreas devolvidas), foi de 121 mil m² no terceiro trimestre, o segundo maior nível de locações desde o início de 2020. No acumulado deste ano, a absorção bruta chegou a 283 mil m².

Com informações do Estadão

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