Prédios comerciais com certificações de sustentabilidade são construções que atendem a padrões específicos de eficiência energética. Além disso, fazem uso de recursos e apresentam impacto ambiental reduzido.
O selo de sustentabilidade LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), concedido pelo GBC (Green Building Council) Brasil, é o mais utilizado pelo mercado imobiliário.
As certificações são concedidas por diversas organizações internacionais e nacionais, cada uma com critérios específicos. As principais certificações de sustentabilidade incluem, além do LEED (já citada), o BREEAM (Building Research Establishment Environmental Assessment Method), e o HQE (Haute Qualité Environnementale).
Em tempos de políticas de ESG (governança ambiental, social e corporativa) em alta, ser sustentável acaba sendo um diferencial competitivo para os imóveis se destacarem. E alcançarem novos inquilinos.
Nesse sentido, as certificações que atestam o bom uso de recursos naturais em construções ganham mais importância para fundos imobiliários e para empresas em busca de um novo escritório.
Escritórios de alto padrão de São Paulo buscam excelência
Levantamento da Buildings aponta que mais de 190 imóveis corporativos em São Paulo, de perfil Corporate e Office, de todas as Classes, são considerados “torres verdes”. Essas certificações atestam menor gasto de energia, tratamento de resíduos sólidos e sistemas de eficiência hídrica, por exemplo.
Segundo dados do Buildings CRE Tool, o BigData do mercado de Real Estate, a capital paulista tem quase 4 milhões de metros quadrados de escritórios certificados, entre edifícios Corporate e Offices, de todas as classes.
Do número total de edifícios certificados – 192 prédios – 186 são Corporate (todas as classes), distribuídos entre as principais regiões de São Paulo: Chucri Zaidan, Faria Lima, Pinheiros, Berrini, Paulista, Vila Olímpia, entre outros.
Quando filtramos apenas pelos empreendimentos de perfil Classe A e A+, são 150 imóveis em São Paulo que detém algum tipo de certificação.
Com isso, os selos acabam valorizando os imóveis, além de abrir portas para a cobrança de aluguéis mais altos.
Benefícios das Certificações de Sustentabilidade
Os selos de sustentabilidade chegaram ao Brasil em 2007 e são mais presentes em prédios novos, embora também seja possível certificar construções antigas. O que muda é o tipo de selo.
Além disso, quando o prédio já está pronto, pode tentar um selo de operação, como o Leed operação e manutenção e o ciclo operação da Aqua, que são renováveis.
Ter um prédio certificado exige investimento em materiais com menor impacto ambiental. Sensores ajudam a quantificar o gasto de eletricidade e água e a avaliar a qualidade do ar, por exemplo.
Nesse sentido, a automação do edifício ajuda a reduzir o uso desses recursos e adapta o prédio a novas situações, como quando a pandemia começou e boa parte dos funcionários ficaram em casa.
Alguns diferenciais
Entre os benefícios das Certificações de Sustentabilidade, destacam-se:
- Redução de custos operacionais: prédios sustentáveis tendem a usar menos energia e água, resultando em contas menores.
- Valorização do imóvel: certificações podem aumentar o valor de mercado dos edifícios.
- Conforto e bem-estar: melhor qualidade do ar e conforto térmico para os ocupantes.
- Impacto ambiental: redução da pegada de carbono e menor impacto ambiental durante a construção e operação.
- Incentivos e subsídios: Em alguns casos, há incentivos fiscais ou subsídios para edifícios sustentáveis.
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Rio de Janeiro também tem “torres verdes”
Em relação ao mercado carioca de escritórios, levantamento da Buildings aponta que 49 prédios, de perfil Corporate e Office, de todas as Classes, são considerados “torres verdes”.
O Rio de Janeiro possuiu 1 milhão de metros quadrados de escritórios certificados, entre edifícios Corporate e Offices.
Do número total de edifícios certificados – 49 prédios – 46 são Corporate (todas as classes).
Além disso, quando filtramos pelos empreendimentos de perfil Classe A e A+, são 36 imóveis que detém algum tipo de certificação.
Além do benefício para a imagem das empresas, a presença de uma certificação de sustentabilidade é indício de que o prédio pode ser mais rentável para investidores, apontam especialistas.
Setor Industrial também investe em certificações
Em relação ao setor logístico, levantamento da Buildings aponta que 103 imóveis logísticos, de todas as Classes, detêm algum tipo de certificação. Deste número, 8 estão em projeto.
Nesse sentido, do número total de condomínios certificados, 100 são de padrão Classe A e A+ e 3 de padrão Classe B. Eles estão localizados nas regiões de Cajamar, Guarulhos, São Paulo Capital, Jundiaí, Itupeva, Barueri, Mauá, Extrema (MG), entre outros locais.
Do mesmo modo, entre os galpões isolados, 11 são certificados no mapeamento da Buildings.
Fato é que prédios com certificações de sustentabilidade representam um avanço significativo na construção civil, alinhando desenvolvimento urbano com responsabilidade ambiental e benefícios econômicos a longo prazo.
Já conhece o BigData do Mercado de Real Estate
Os dados apresentados acima foram extraídos da plataforma CRE Tool, o BigData do Mercado de Real Estate. Além das duas maiores cidades do Brasil, São Paulo e Rio de Janeiro, a Buildings monitora também todos os edifícios comerciais de outras 15 cidades brasileiras, bem como de todos os condomínios industriais e logísticos em todo o território nacional; o mercado de real estate de Santiago também faz parte do monitoramento da Buildings desde 2021 (escritórios) e setor logístico chileno (desde 2023).
Para saber mais sobre o mercado imobiliário corporativo, conheça a plataforma CRE Tool, clicando abaixo:
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