Aliansce e novo projeto, Cyrela e Lavvi, Selic, FIIs de tijolo e papel: notícias da semana #99

Apresentamos abaixo as notícias mais recentes do mercado imobiliário corporativo, de 20/10 a 27/10, além de artigos e conteúdos com temas relacionados. Para se inscrever no canal da Buildings no Youtube, clique aqui.

Aliansce Sonae começa a investir em projetos imobiliários multiusos

26/10 – Eu Quero Investir

Uma das maiores empresas de shoppings centers do Brasil, a Aliansce Sonae (ALSO3) está em processo de fusão com a BR Malls (BRML3) para expandir ainda mais os seus negócios.

Reportagem informa que a companhia definiu um planejamento estratégico para utilizar os 4,4 milhões de metros quadrados de terrenos próprios, nas áreas de entorno dos seus 27 shoppings, para a construção de mini-bairros.

Divulgação Aliansce Sonae (ALSO3)

Deste total de áreas, 2,3 milhões de metros quadrados serão utilizados em projetos imobiliários multiusos, como edifícios corporativos, residenciais, hotéis, hospitais e escolas.

Inclusive, a Aliansce Sonae já está implementando seis mini-bairros em cidades como Rio de Janeiro, Salvador, Maceió, Goiânia e Uberlândia (MG), com a expectativa de construir 35 torres, que devem estar concluídas em até quatro anos.

O Valor Geral de Vendas (VGV), que soma o potencial de vendas de todos os imóveis, é estimado em R$ 1,8 bilhão.

De acordo com o site Pipeline, oito projetos estão em construção, incluindo o hospital e seis torres residenciais em Maceió, além de um hotel em Uberlândia. Em Goiânia, tem o lançamento de três torres residenciais. E no Rio de Janeiro, está em aprovação na prefeitura o projeto de 14 edifícios no Via Parque Shopping, no bairro da Barra da Tijuca.

Cyrela e Lavvi vão lançar complexo de R$ 2 bilhões em SP com torre para aluguel

26/10 – Exame

Empreendimento com Valor Geral de Vendas (VGV) de cerca de R$ 2 bilhões, o Eden, localizado no Brooklin, na zona sul da cidade de São Paulo, será lançado pela a Cyrela (CYRE3), Lavvi e Hines.

A duas primeiras têm, cada uma, 45% do investimento, enquanto a Hines fica com 10%.

Eden (Cyrela/Divulgação)

Na primeira fase serão duas torres residenciais, com apartamentos de 75 metros quadrados a 125 metros quadrados, e 95 metros quadrados e 135 metros quadrados; o lançamento está previsto já para novembro e primeiro trimestre de 2023.

O complexo abrigará ainda um shopping de aproximadamente 5 mil metros quadrados na primeira fase que será estendido em mais 2 mil metros quadrados na segunda fase.

O lançamento terá ainda uma torre de escritórios com 17 mil metros quadrados de área privativa e parque com mais de 8 mil metros quadrados, assinado por designer israelense dedicado a pensar as “cidades do futuro” e conectar as pessoas à natureza.

A expectativa é que a obra seja terminada nos próximos cinco anos.

O terreno de 42 mil metros quadrados era ocupado por antigas fábricas, entre elas uma da Kibon. O empreendimento fica próximo aos shoppings Morumbi e Market Place, à estação de trem Morumbi e ao centro corporativo da Berrini.

Copom mantém Selic em 13,75%; juro básico da economia está neste patamar desde agosto

26/10 – G1

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu na última quarta-feira (26) manter a taxa Selic em 13,75% ao ano – patamar em vigor desde o início de agosto.

A cada 45 dias, o Copom define a taxa básica de juros da economia. Essa é a terceira vez consecutiva em que o comitê se reúne e fixa a Selic em 13,75%.

O BC subiu os juros entre março de 2021 e agosto deste ano. Foram 12 elevações seguidas da taxa Selic, que avançou 11,75 pontos percentuais, configurando o maior e mais longo ciclo de alta desde 1999, ou seja, em 23 anos.

No comunicado emitido após a reunião, o Copom avalia que:

  • o “conjunto dos indicadores” nos últimos 45 dias sinalizou “ritmo mais moderado de crescimento” da atividade econômica brasileira;
  • apesar de quedas recentes em áreas específicas, “a inflação ao consumidor continua elevada”.

Apesar da manutenção da taxa, a Selic permanece no maior patamar desde novembro de 2016, quando estava em 14% ao ano. Ou seja, há quase seis anos.

Na avaliação de economistas do mercado financeiro, a taxa básica de juros deve continuar em 13,75% até junho de 2023 — quando recuará para 13,25% ao ano. Para o fim do ano que vem, a projeção é de juros em 11,25%.

Conheça os fundos imobiliários de ‘tijolo’ e de ‘papel’ que aparecem com o maior retorno do ano

24/10 – Valor Investe

O mercado de fundos imobiliários (FIIs) vive, desde a metade do ano, uma virada de ciclo decorrente da mudança na trajetória da política monetária do país.

Depois de segurar o desempenho do Ifix, índice de fundos imobiliários, em terreno positivo até julho, os fundos de recebíveis (CRIs), chamados de “fundos de papel”, agora são motivo de preocupação para os investidores.

Isso porque, com a queda recente da inflação, os dividendos distribuídos por esses fundos foram diretamente castigados, o que implicou em um menor retorno para os cotistas.

Na direção contrária, os fundos imobiliários que investem em ativos reais, conhecidos como “fundos de tijolo”, estão se beneficiando do fim do aumento de juros e da leitura do mercado em relação à queda da taxa Selic mais à frente.

Os segmentos da categoria, como shoppings e lajes corporativas, foram os mais penalizados pela pandemia e também pelo processo de aperto monetário que teve início no ano ado.

Com a reviravolta nos últimos meses, os fundos de tijolo voltaram ao radar dos investidores, que aram a mostrar maior interesse pela categoria frente aos fundos de papel. Um levantamento realizado pela Quantum Finance para o jornal Valor Investe mostra exatamente tal mudança.

No ranking dos 10 fundos imobiliários com maior retorno no ano, seis são da categoria de tijolo, que investem em ativos como shopping, galpão logístico e renda urbana, enquanto apenas um compõe o setor de papel.

Os grandes destaques da lista, na visão de Marcos Baroni, analista-chefe de fundos imobiliários da Suno, são os dois fundos do segmento de shopping, que estava muito descontado nos últimos meses.

“As pessoas voltaram a se sentir seguras para andar em lugares públicos e isso impulsionou uma melhora nos indicadores operacionais, como fluxo de caixa e aluguel, das empresas”, explica.

“Crise nos obrigou a repensar. Foi bóia de salvação”, diz Elie Horn fundador da Cyrela

18/10 – Exame

A Cyrela vem navegando bem o cenário de juros e inflação em níveis altos. Após registrar lucro de R$ 151 milhões no segundo trimestre, na prévia de seu balanço do terceiro trimestre, divulgada no dia 13, a incorporadora acumula R$ 5,22 bilhões em vendas contratadas no ano, uma alta de 32%.

Elie Horn: “Somos otimistas com qualquer governo. Não contamos com ele para trabalhar” (Cyrela/Divulgação)

Como resultado, o Credit Suisse considera que a ação da construtora está performando acima do esperado.

A visão dos analistas é de que a companhia não vai reduzir operações ao nível que o mercado estava esperando neste ano, considerando o forte pipeline de projetos que serão lançados e o sucesso da construtora em posicioná-los no mercado.

A estratégia é fruto de uma experiência que completa 60 anos em 2022. A empresa encarou de frente os altos e baixos dos ciclos econômicos do país.

E boa parte da visão do negócio vem de seu fundador, Elie Horn, que está desde 2014 à frente do Conselho de istração da companhia, após seus filhos, Raphael e Efraim Horn, assumirem como copresidentes.

Desde então, a companhia já colocou um pé no financiamento com garantia de imóvel com a CashMe e começou a oferecer crédito para condomínios, aquisição de imóveis e para empresas.

Também criou sua marca do segmento econômico, a Vivaz, em parceria com o Programa Minha Casa Minha Vida, rebatizado de Casa Verde e Amarela. Em 2020, a construtora entrou também no segmento de residenciais para renda em parceria com SKR e o fundo canadense P.

Mas o crescimento não foi linear.

Para conferir a entrevista do fundador da Cyrela clique aqui.

Para se inscrever no canal da Buildings no Youtube, clique aqui.

Deixe uma resposta

Translate

Descubra mais sobre Revista Buildings

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter o ao arquivo completo.

Continue reading