Apresentamos abaixo as notícias mais recentes do mercado imobiliário corporativo, de 23/09 a 29/09, além de artigos e conteúdos com temas relacionados. Para se inscrever no canal da Buildings no Youtube, clique aqui.
Mercado de escritórios de alto padrão do Rio de Janeiro apresenta melhora
26/09 – Revista Buildings
Já falamos sobre o mercado de escritórios de alto padrão de São Paulo e Belo Horizonte em artigos recentes. Ambos em constante melhora, com resultados positivos no 2 trimestre de 2022. Neste momento, é a vez do mercado de escritórios de alto padrão do Rio de Janeiro apresentar melhora.
A chegada do pós-pandemia tem sido um período de lenta recuperação para o mercado de escritórios carioca. Vale lembrar que este já sofre recessão há alguns anos e a pandemia apenas acentuou o processo.
Contudo, de acordo com os dados do segundo trimestre de 2022 apurados pela Buildings, o mercado de alto padrão do Rio de Janeiro se destaca em relação à absorção líquida.
O mercado de escritórios corporate carioca é formado por 129 edifícios de alto padrão, o que representa 1,82 milhão de m².
Atualmente, no universo de alto padrão a absorção líquida foi positiva por quatro trimestres consecutivos. No 2T de 2022 encerrou com mais de 2500 m² de novas absorções de espaços. Como consequência, essa movimentação (ainda que pequena), reduziu os danos causados pela pandemia.
No 1T de 2022, a absorção líquida foi maior que o 2T: 8100 m².
No universo classe A e A+, a cidade do Rio de Janeiro tem 90 mil m² de atividade construtiva.
Embora a taxa de vacância permaneça alta, na casa de 39%, vale destacar que ela também seguiu estável por quatro trimestres consecutivos.
Para saber mais, e a Revista Buildings.
BR Malls vai vender sua participação no Campinas Shopping por R$ 411,4 milhões
A empresa de shoppings centers BR Malls assinou acordo para a venda da sua participação no Campinas Shopping, em Campinas (SP). A venda será feita a fundos istrados pela Vinci Partners, XP e Genial.
O valor negociado é de R$ 411,4 milhões.

Imagem: Unsplash
O anúncio reforça o movimento de negociação de ativos mais maduros, em praças resilientes. Isso acontece em um momento em que o setor se mantém mais conservador para investimentos.
Segundo a empresa disse em nota, a transação ainda depende de aprovação do Conselho istrativo de Defesa Econômica (Cade).
“A transação reforça o compromisso da companhia em buscar constantemente formas de criar valor para seus acionistas através da alocação de capital e oportunidades de mercado”.
O Campinas Shopping foi inaugurado em 1994 e tem área bruta locável de 34,5 mil metros quadrados. O ativo gerou receita de R$ 93,3 milhões e lucro operacional líquido de R$ 8,42 milhões no segundo trimestre. Isso representa cerca de 3% do lucro operacional líquido de todo o grupo.
Ações de shoppings ou fundos imobiliários: qual ativo é o ideal para a sua carteira?
Depois de os shoppings centers amargarem com as portas fechadas, eles têm, agora, se mostrado resilientes. Prova disso é que retomaram o crescimento neste ano.
A recuperação está registrada nos números de boa parte dos empreendimentos, que já ultraam os níveis pré-pandêmicos.
O bom desempenho alimenta o otimismo do mercado com o setor. Por outro lado, pode despertar dúvidas sobre qual é a melhor maneira de aproveitar essa recuperação.

Imagem: FreePik
Isso porque, na B3, há duas maneiras de se investir em shoppings. A primeira é por meio de ações; a segunda, por fundos imobiliários.
Ao se considerar as ações, as as de shoppings centers têm um ponto forte. E não por acaso, ele é difícil de ser ignorado: seus múltiplos estão mais atrativos e com descontos maiores do que os oferecidos por fundos imobiliários do setor.
“No segmento de shoppings, a bolsa está muito mais atrativa do que os FIIs e oferece retorno maior”, explica Luís Schiattini, sócio da Navi Capital.
Além do preço chamativo, Marcelo Potenza relembra que a carteira de ativos é outra vantagem das empresas listadas.
O analista do Itaú BBA afirma que o portfólio de nomes como Iguatemi (IGTI11), Multiplan (MULT3), brMalls (BRML3) e Aliansce Sonae (ALSO3) é de maior qualidade do que o dos fundos.
Evento em São Paulo, FIIs Experience reúne dezenas de especialistas em fundos imobiliários
Tiago Reis, CEO e fundador do Grupo Suno, encerrou a segunda edição do FIIs Experience dando 4 motivos para investir em fundos imobiliários.
O evento da Suno reuniu dezenas de especialistas em fundos imobiliários para discussões em diversas mesas.
Tiago Reis ressaltou que o primeiro motivo para investir em FIIs está na taxa de retorno histórico do investimento, medido pelo IFIX.
“O IFIX performou melhor que o CDI, Ibovespa e todos os outros índices de bolsa. Numa década perdida, ainda assim FIIs ganharam do CDI, o benchmark de investimento brasileiro”, disse.
E já que os FIIs são mais velhos que o próprio IFIX, Reis ainda comparou separadamente os dez FIIs mais antigos com o rendimento do Ibovespa e o CDI. O placar foi de 7 a 3 para os fundos.
Outro ponto é a baixa volatilidade dos fundos, cuja média ao ano do Ibovespa é de 24%, enquanto a do IFIX é de 8%.
“Se vier uma crise amanhã, as empresas vão cair 30% e os FIIs vão cair 10% ou 15%. A mesma coisa para notícias boas, volatilidade é pro bem e pro mal”, afirmou.
O poder dos juros compostos é outro motivo para se investir em FIIs, segundo o especialista.
Reis usou como exemplo a performance do fundo AB11 para mostrar o poder de reinvestimento dos dividendos dos fundos imobiliários.
Em uma simulação reinvestindo os proventos, o investidor do AB11 multiplicou seu capital 16 vezes ao longo de 8 anos. Os que não reinvestiram os retornos multiplicaram seu patrimônio em apenas 6 vezes.
No evento FIIs Experience, Fernando Didziakas, sócio-diretor da Buildings, esteve à frente de um dos painéis. Ele apresentou os números do mercado de escritórios no período da pandemia, discorrendo sobre o real impacto da crise em cada região. Além disso, também avaliou o mercado imobiliário por classes, tamanho de empresas, perfil corporativo etc.
Mercado desafia BC e curva de juros prevê primeiros cortes na Selic a partir de maio de 2023
Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), apresentada na última terça-feira (27), o Banco Central evitou dar qualquer tipo de previsão antecipada sobre o início do corte da taxa básica de juros.
Em vez disso, a autoridade procurou reforçar uma postura cautelosa após ter mantido a Selic em 13,75% ao ano na quarta-feira dia (21), indicando que os juros permanecerão elevados por um período mais longo.
O mercado, no entanto, parece ter uma leitura na direção contrária.
A curva de juros – que representa as expectativas dos agentes financeiros para os juros nos próximos anos – demonstrava que o mercado já precificava o início dos cortes de juros a partir da reunião do Copom marcada para maio do ano que vem – o que não foi defendido em nenhum momento pelos dirigentes do Banco Central.
Chama atenção o fato de a curva de juros ter ado a precificar que a Selic no fim de 2023 ficará em torno de 11% ao ano.
Esse patamar é menor do que o esperado na curva na semana anterior à reunião do Copom, e também está abaixo dos 11,25% ao ano esperados por economistas consultados para o Relatório Focus, do Banco Central, divulgado na segunda-feira (26).
“No pós-Copom, o mercado antecipou o ciclo. O corte agora parece que será mais rápido e maior [no ano que vem] e consequentemente, a taxa terminal também será menor no fim de 2023”, afirma Marcelo Freller, estrategista de macro da XP.
“Antes do Copom de semana ada, o mercado esperava que as quedas iam começar de maneira mais intensa em junho e a taxa terminal prevista para o ano que vem também era mais alta”.
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