Apresentamos abaixo as notícias mais recentes do mercado imobiliário corporativo, de 16/09 a 22/09, além de artigos e conteúdos com temas relacionados. Para se inscrever no canal da Buildings no Youtube, clique aqui.
Quanto mais perto de São Paulo, mais caro; performance por raios do mercado logístico
21/09 – Revista Buildings
Como já trouxemos em conteúdos anteriores, o Brasil possui hoje 697 condomínios logísticos e industriais prontos. Esses são os números atualizados do 2T/2022. O estoque total é de 29,2 milhões de m².
Para se ter ideia do quanto o setor está crescendo, iniciamos o ano de 2020 (antes da pandemia) com 24,5 milhões de m²; dois anos depois, já houve um acréscimo de 5 milhões de m² ao estoque.
Sobre a taxa de vacância do setor, pela primeira vez na série histórica, está abaixo de 10%: 9,8% (2T/2022).
Quando olhamos para o estado de São Paulo, o maior polo industrial do Brasil, são 355 condomínios logísticos. Isso representa um estoque total de 15,8 milhões de m².
E se São Paulo é o maior polo industrial do Brasil, o que dizer da força que as empresas do setor têm quando estão localizadas mais próximas ao centro da capital?
Performance dos raios
Sim, o chamado raio 30 km da capital paulista é o mais cobiçado pelas empresas de e-commerce justamente pela vantagem competitiva que oferecem aos clientes.
Como hoje a briga entre as gigantes não é mais pelo preço do produto – e sim pelo tempo de entrega cada vez mais rápido -, estar numa localização que favoreça isso é um diferencial a ser observado.
Mas para dizer se de fato elas performam melhor que as regiões mais afastadas do centro da capital, vamos analisar alguns resultados obtidos no Buildnigs CRE Tool.
Quando fazemos um filtro pelo raio +60 Km, o mais distante da capital, ele apresenta 168 condomínios logísticos. Isso corresponde a um total de 5,6 milhões de m² de área entregue. Quanto à área em construção representa mais de 370 mil m²; área em projeto é superior a 3 milhões de m², e a área vaga para locação é de 906 mil m².
A área ofertada (aquela que será desocupada em breve, já previamente notificada pelo inquilino), representa 16.297 m².
O novo estoque previsto para entrega nos próximos 6 meses é de 260.986 m². A taxa de vacância desse universo é maior que os raios 30 km e 30-60 km: encerrou o 2T em 15,85%. Para saber mais sobre os raios 30-60 e 30 km da capital, leia matéria completa na Revista Buildings.
IGP-M cai 0,91% na 2ª prévia do mês, após ceder 0,57% na mesma leitura de agosto
O IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) caiu 0,91% na segunda prévia de setembro, após registrar recuo de 0,57% no mesmo período de agosto, informou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV) na última terça-feira (20).
Com o resultado, a taxa acumulada em 12 meses ou de 8,73% para 8,29%.

Imagem: FreePik
O índice é conhecido como “inflação do aluguel” por ser usado para reajustar grande parte de contratos do setor.
Dois dos três componentes do indicador registraram queda no período.
O IGP-M é composto pela ponderação de três outros índices: Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).
O IPA-M ampliou a deflação, ando de queda de 0,50% na segunda prévia de agosto para recuo de 1,22% na segunda medição deste mês.
As maiores contribuições para este subíndice partiram do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa ou de -5,30% para -6,90%, e do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa ou de -0,42% para -5,59%.
RBR Asset está comprando Aliansce Sonae
Para a RBR Asset — que tem mais de R$ 7 bilhões sob gestão em fundos imobiliários — a melhor oportunidade no setor imobiliário está fora do universo dos FIIs.
“As ações de shoppings estão de graça,” disse o fundador e CEO Ricardo Almendra ao Brazil Journal.
“A Aliansce Sonae, por exemplo, está negociando a um cap rate de 15%. O fundo imobiliário de shopping com o maior cap rate hoje [o HSI Malls] negocia a 9,5%.”
Para investir nesse nicho, a RBR levantou em agosto o que ela chama de um hedge fund imobiliário, um FII de papel com mandato para investir em vários segmentos do mercado — incluindo ações listadas na Bolsa.
O RBRX11, que levantou R$ 200 milhões em seu IPO mês ado, está investindo 10% do patrimônio em ações de shoppings – metade disso na Aliansce Sonae. O restante foi alocado num portfólio de CRIs.
A RBR também levantou alguns fundos de ações exclusivos para clientes, somando mais R$ 100 milhões para a estratégia de comprar empresas de shoppings listadas.
BC mantém Selic em 13,75% e interrompe ciclo de alta de juros
O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu manter na última quarta-feira (21) a taxa básica de juros (Selic) em 13,75%, interrompendo o seu mais longo ciclo de aperto monetário.
O colegiado do BC indicou também que os os futuros da política monetária poderão ser ajustados e que “não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”.

Adriano Machado – 22.mar.2022/Reuters
“O comitê se manterá vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período suficientemente prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação”, afirmou.
A decisão não foi unânime. A diretora de Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos, Fernanda Guardado, e o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução, Renato Gomes, votaram por uma alta residual de 0,25 ponto percentual na Selic.
A taxa básica de juros, que partiu de seu piso histórico –2% ao ano–, chega ao fim do ciclo no mais alto patamar em quase seis anos. De outubro a novembro de 2016, durante o governo de Michel Temer (MDB), a taxa de juros estava fixada em 14% ao ano.
Ao todo, foram 12 aumentos consecutivos entre março de 2021 e agosto deste ano, com elevação acumulada de 11,75 pontos percentuais.
FII recebe proposta de R$ 466,4 mi por Metropolitan e Platinum
Investidores com mais de 5% das cotas do FII CSHG Prime Offices (HGPO11) pediram nova assembleia geral extraordinária (AGE) para discutir a venda do portfólio do fundo, os edifícios Metropolitan e Platinum. Essa venda geraria a liquidação da carteira.
O grupo quer colocar em debate uma oferta de R$ 466 milhões pelos edifícios Metropolitan e Platinum. Ambos estão localizados próximos à Avenida Faria Lima, em São Paulo. A região é considerada nobre para o segmento de lajes corporativas e por isso, tão cobiçada.
No dia 16/09, o grupo de investidores com mais de 5% das cotas pediu a realização da assembleia e a análise da oferta. Isso representa o valor de R$ 36.983,90 por metro quadrado.
No pedido, os cotistas informaram ainda que não se encontram em potencial situação de conflito de interesses com a proposta. E nem tampouco com a eventual venda dos edifícios.
Mesmo assim, a Credit Suisse, a do fundo, antecipa que divulgará os nomes dos cotistas solicitantes.
De acordo com o documento, o valor da proposta é equivalente a R$ 261 por cota. Isso considera os custos de uma eventual alienação dos imóveis do CSHG Prime Offices. O papel abriu a semana sendo negociado a R$ 262 na Bolsa.
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