Resumo da Semana: notícias do mercado imobiliário corporativo #91

Apresentamos abaixo as notícias mais recentes do mercado imobiliário corporativo, de 26/08 a 01/09, além de artigos e conteúdos com temas relacionados. Para se inscrever no canal da Buildings no Youtube, clique aqui.

Fim da alta dos juros deve ajudar produtos do segmento imobiliário

30/08 – Valor Econômico

Boas oportunidades de compra de fundos de investimentos imobiliários (FIIs), particularmente os “de tijolo”, têm sido comuns nos últimos tempos.

Um dos motivos é que boa parte dos produtos ainda não voltou a ser negociada na B3 nos patamares pré-pandemia. Como todos devem se lembrar, houve forte queda das cotas acompanhando os efeitos do fechamento de lojas e escritórios.

As principais oportunidades estão nos FIIs que mais sofreram nos anos de pandemia, com shopping centers e lajes corporativas nas carteiras.

Vale lembra que a taxa Selic ou de 2% ao ano para os atuais 13,75%. Contudo, a volta das atividades nos escritórios e comércios tem aquecido o setor.

Os fundos de lajes rendem, na média, 26% menos do registrado em fevereiro de 2020, considerando o retorno calculado em cima da cota ajustada por proventos até julho deste ano. Os FIIs de shopping centers rendem 12,02% menos. Para saber mais sobre shoppings, leia também: Buildings lança Módulo Shoppings para mapear o setor e ajudar investidores e clientes

Na ponta contrária, os FIIs de logística têm um desempenho 0,08% acima do pré-pandemia, enquanto a grande estrela do período, os FIIs “de papel”, com recebíveis na carteira, têm desempenho 24,74% superior.

Em apenas dois anos, portfólio de edifícios da Brookfield expande 155%

29/08 – Estadão

Durante os meses iniciais e mais intensos da pandemia, as empresas fecharam as portas e boa parte dos profissionais tiverem de trabalhar de casa. Nesse momento de incertezas, a canadense Brookfield fez sua aposta e colocou em prática o maior plano de aquisições de prédios de escritórios já visto no Brasil.

A companhia desembolsou um total de R$ 7,7 bilhões para a compra de 16 edifícios – boa parte deles ainda desocupados. Com isso, se tornou a maior empresa do ramo no País. Destes prédios, 11 ficam em São Paulo, 3 no Rio de Janeiro, 1 em Brasília e 1 em Barueri (SP).

E não apenas isso. Em maio, a Brookfield concluiu a transação que envolveu 12 edifícios da BR Properties, avaliados em R$ 5,92 bilhões.

E em dezembro, fechou o negócio de outros quatro prédios da Syn (antiga Cyrela Commercial Properties) por R$ 1,78 bilhão. Além das aquisições, a empresa tem mais quatro projetos em obras.

Com isso, em apenas dois anos o portfólio de edifícios Brookfield saiu de 279,3 mil m² de área locável para 711,8 mil m², uma expansão de 155%.

O líder dos negócios imobiliários da Brookfield no Brasil, Roberto Perroni, explicou:

“O aluguel dos escritórios em São Paulo e no Rio não tem crescido nos últimos dez anos. O número nominal está praticamente estático há dez anos. Não estou falando nem do valor real. Em 2012, o metro quadrado na Marginal Pinheiros saía a R$ 120. Hoje está em torno disso. Na Faria Lima ficava em R$ 170 a R$ 180. Está igual”.

Mesmo com a falta de crescimento no Brasil, os projetos já estavam em desenvolvimento e não foram parados. O resultado dessa equação é que a taxa de vacância desses edifícios hoje está em 20,9% em São Paulo, um dos patamares mais altos já registrados pelo setor. Até o começo de 2020 (período anterior à pandemia), esse indicador era de 15,1%, segundo levantamento da Buildings.

FIIs de escritórios, shoppings e logística são os mais rentáveis de agosto

31/08 – Seu Dinheiro

Depois de apanharem muito durante a pandemia e serem ignorados por boa parte dos investidores, os fundos imobiliários de tijolo do segmento de escritórios, shoppings e logística registaram performance superior aos FIIs de papel. Isso aconteceu pela segunda vez consecutiva neste ano.

A corrida pelos portfólios compostos por ativos reais levou a classe a conquistar a maioria absoluta entre os 10 fundos mais rentáveis de agosto, com nove representantes.

Imagem: Unsplash

A lista dos campeões do mês inclui FIIs que são donos de escritórios (lajes corporativas), shopping centers e galpões logísticos. Para saber mais sobre shoppings, leia também: Buildings lança Módulo Shoppings para mapear o setor e ajudar investidores e clientes

O único entre os 10 mais rentáveis de agosto que não se enquadra na categoria de fundo de tijolo é o Kinea Fundo de Fundos (KFOF11). Ainda assim, mais da metade da carteira do KFOF11 é composta por FIIs que investem em escritórios e shoppings.

Os cinco primeiros colocados são: o BTG Pactual Corporate Office Fund (BRCR11) de lajes corporativas com 23,18% de variação da cota; o RBR Properties FII (RBRP11), híbrido, com 21,14%; o XP Industrial (XPIN11), de Logística, com 19,54%; o HSI Malls (HSML11), de Shoppings, com 16,06% e o Green Towers (GTWR11), também de lajes corporativas, com 14,93%.

Aliansce Sonae quer consolidar o mercado de shoppings

01/09 – InfoMoney

Em 2019, a Aliansce Sonae Shopping Centers (ALSO3), a maior a de shoppings do Brasil tinha acabado de “nascer”, a partir da fusão entre a Aliansce e a Sonae Sierra do Brasil.

A companhia vivia um momento excelente: com um portfólio de 39 shoppings espalhados pelas cinco regiões do Brasil, a empresa levantou R$ 1,19 bilhão com oferta de 27,7 milhões de ações. Tudo indicava que o ano seguinte seria pujante.

Contudo, no mês de março, por recomendação da Associação Brasileira de Shoppings Centers, a Aliansce Sonae e outras grandes redes do setor, anunciaram uma redução de horário de funcionamento. Para conhecer o Módulo Shoppings da Buildings, agende uma apresentação.

A medida era a primeira de muitas que viriam a seguir – incluindo o fechamento total dos shoppings – para tentar frear o avanço da pandemia.

“Os shoppings foram projetados para não fechar nunca. Abrimos todos os dias, inclusive em feriados internacionais. E temos um orgulho enorme de prover esse serviço para a sociedade. Então, além do fator econômico, esse fator de fechar o shopping teve um peso emocional no nosso time”, conta Rafael Sales, CEO da Aliansce Sonae, em entrevista.

Enfrentar a pandemia foi o maior desafio da carreira do CEO.

“Compramos uma participação adicional no Shopping Leblon, no Rio, um dos melhores do Brasil, e conforme a pandemia foi evoluindo, amos a analisar movimentos maiores”, diz.

Um desses movimentos foi a negociação com a BRMalls.

“Havia um fit geográfico e mais: quando eu entrei na Aliansce, em 2017, a BRMalls nos procurou para comprar a Aliansce”, relembra. 

Naquela época, o negócio acabou não evoluindo. “Foi um processo público, mas ninguém tinha dúvida que fazia sentido do ponto de vista estratégico”, afirma.

A história de Rafael Sales e os desafios e retomada dos shoppings é o tema do episódio 139 do podcast Do Zero ao Topo

Dasa e Americanas preparam CRIs de aluguel de R$ 1 bilhão cada uma

25/08 – Brazil Journal

Dasa e Americanas estão preparando ofertas de CRIs de R$ 1 bilhão cada uma. Os recursos são destinados ao pagamento ou reembolso de aluguéis – uma modalidade recentemente aprovada pela CVM mas ainda pouco testada.

CRIs tipicamente seguem duas estruturas: ou embalam operações com ‘origem’ no negócio imobiliário, como a compra e venda de imóveis ou contratos de built to suit; ou se referem a operações em que há ‘destinação’ dos recursos a uma operação do setor.

Esta última modalidade sempre foi mais utilizada por incorporadoras para financiar ou reembolsar os gastos com obras.

Há alguns anos, a CVM ou a flexibilizar a estruturação dos CRIs, que inicialmente atendiam apenas a empresas do setor imobiliário.

Primeiro, o regulador liberou a emissão de CRIs para o financiamento ou reembolso de reformas em imóveis. Neste ano, novamente após uma consulta da XP, liberou a emissão do título para o pagamento de aluguéis. Com isso, aumentou o rol de companhias que podem ar este mercado.

Como o dinheiro não é carimbado, o emissor pode usar os recursos como bem entender. E o investidor que compra o CRI corre o risco de crédito da empresa.

Na prática, trata-se de uma operação de dívida comum sob o chassi de um instrumento com benefício fiscal.

Neste tipo de operação, o lastro é uma dívida: a empresa emite uma debênture (títulos representativos de dívida emitidos por empresas com o objetivo de captar recursos para diversas finalidades) com destinação de recursos para o pagamento de aluguéis.

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) exige que a empresa registre os contratos de locação na matrícula do imóvel para evitar fraudes. Além disso, a empresa deverá comprovar semestralmente ao agente fiduciário o pagamento dos aluguéis.

A possibilidade de emitir um CRI para pagamento de aluguel permite que as empresas captem prazos e condições melhores do que se emitissem uma debênture, já que o CRI tem isenção fiscal para o investidor pessoa física.

Leia também:
– De volta ao novo escritório: o que realmente mudou?
– Buildings lança Módulo Shoppings para mapear o setor e ajudar investidores e clientes

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