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Shoppings centers no Brasil tendem a crescer no segundo semestre do ano
A história dos shoppings centers no Brasil e na América Latina se deu na década de 80, acompanhando o crescimento da classe média e seus novos hábitos de consumo. De lá para cá, no entanto, os shoppings centers se tornaram uma extensão da casa de muitos brasileiros.
Quando o setor foi afetado pela pandemia, tendo de baixar as portas por longos meses seguidos, vimos os consumidores desnorteados.
Como saída para a crise sanitária, novos hábitos foram adquiridos ou ampliados, como pedir comida por apps, estudar e trabalhar de forma on-line, fazer compras pela internet.
De meados de 2021 para cá, o saldo tem sido positivo. Prova disso é que o setor está em franca retomada.
Em maio, os shoppings no Brasil superaram a receita nominal de vendas em 27,6% em comparação ao mesmo intervalo de 2019.
Já o ticket médio de vendas nas lojas ficou em R$ 125,45. Esse resultado é 35% superior aos R$ 92,92 registrados em maio de 2019, antes da pandemia. Esse dados são da Associação Brasileira de Shoppings (Abrasce).
Recentemente a Buildings divulgou o lançamento do Módulo Shoppings dentro da plataforma CRE Tool, a fim de mapear o setor e ajudar investidores e clientes.
Com isso, os clientes têm agora dentro do CRE Tool, uma base de dados completa de shoppings de todo o Brasil. Com isso, eles têm o a mais de 660 shoppings cadastrados e disponíveis. Além disso, são 46 mil lojas cadastradas, quase 800 mil vagas de estacionamento e 12 mil metros locáveis mapeados até agora.
Diversas informações (como ABL total do shopping, nome dos proprietários etc), podem ser consultadas no Módulo Shoppings. Trata-se de um ambiente seguro para os clientes e players do setor fazerem análises e negociações.
Incorporadoras se preparam para retomada em 2023 diante da estabilização dos custos
Artigo publicado no blog Ublink aponta que a interrupção dos aumentos de boa parte das matérias-primas utilizadas na construção de imóveis comerciais torna o ambiente de custos mais previsível para incorporadoras. Isso se reflete em margens menos pressionadas neste semestre.
Ainda assim, as empresas com foco nos padrões médio e alto de construção seguem cautelosas. Não à toa, continuam a tomar as decisões de lançamentos, projeto a projeto, diante de preços dos imóveis próximos do que se considera o limite para o atual cenário. Além disso, ainda existem incertezas diante das eleições que se aproximam no Brasil, Copa do Mundo e pela continuidade da guerra na Ucrânia.
A incorporadora Cyrela continua a apresentar empreendimentos por ter expectativa de boa velocidade de vendas em relação a produtos diferenciados e com boa localização.
“Tentamos precificar os produtos da melhor forma possível, mas não parece haver muito espaço para altas”, disse Raphael Horn, copresidente da empresa.
Na EZTec, os custos chegaram a superar o INCC em 50% e, atualmente, estão 38% acima do indicador. Essa informação foi ada pelo diretor financeiro e de relações com investidores, Emilio Fugazza.
Rodrigo Cagali, vice-presidente de operações e diretor financeiro da Mitre Realty, compara que o cenário está melhor para as incorporadoras com foco nas rendas média e alta. Segundo ele, do ponto de vista da inflação, está mais desafiador do lado comercial.
FIIs de papel: os desafios e as razões de desvalorização
O Kinea Índice de Preços (KNIP11) é o fundo imobiliário mais negociado do país. Ele tem a maior participação no Ifix, o Ibovespa dos Fundos Imobiliários (FIIs). Só que ele tem deixado seus 67 mil investidores na mão.
A cota do FII, negociada na B3, acumula queda de 10% em 12 meses. Além disso, está no menor preço desde março de 2020, quando o mercado financeiro veio abaixo com a pandemia.
O fundo da Kinea entregou dividendos recordes em abril e maio deste ano. Cada cota do fundo era negociada nessa época a um valor próximo de R$ 100. E cada uma delas estava rendendo R$ 1,70 mensais. Ou seja: um dividend yield de 1,7% ao mês, o equivalente a 23% ao ano (quase o dobro da Selic de maio, que estava em 12,75%).
Vale destacar que os fundos que dominam o mercado hoje não são donos de prédios espelhados na Faria Lima. Quem manda são os “fundos de papel”. No lugar de imóveis físicos, eles têm como lastro títulos de dívida ligados ao setor imobiliário, como CRIs e LCIs.
Dados da Buildings, empresa brasileira especializada em pesquisa imobiliária corporativa, apontam que a taxa de vacância de lajes corporativas em São Paulo caiu. Era 21,1% no primeiro trimestre deste ano e reduziu para 20,7% no segundo trimestre.
Mas a situação dos FIIs de tijolo como um todo segue delicada. Além dos FIIs dedicados a alugar imóveis corporativos, há aqueles que levantam shopping centers, e os especializados em galpões de logística.
Os de shopping dependem do crescimento da renda e de juros mais baixos, que facilitam as compras a prazo. Nenhum dos dois fatores é realidade neste momento.
E o desempenho dos fundos de logística dependerá da continuidade no crescimento do e-commerce, o que fica difícil quando a economia não cresce.
Apple comunica aos seus funcionários a volta do trabalho presencial
A Apple comunicou na última terça-feira, 16, que seus funcionários deverão voltar a trabalhar presencialmente pelo menos três vezes na semana a partir de setembro.
A decisão da empresa vai afetar os funcionários que trabalham no condado de Santa Clara nos Estados Unidos, onde fica a sede principal da companhia.

Apple (AAPL34) (Bloomberg / Colaborador/Getty Images)
O avanço para três dias diretamente no escritório mostra que a companhia ainda preza pelo modelo de trabalho onde seus funcionários estão interagindo diretamente uns com os outros, que ajuda no desenvolvimento nos aparelhos que a companhia produz.
Outras grandes empresas de tecnologia como a Tesla e a Microsoft também estão solicitando a presença de seus funcionários no escritório.
Fundos imobiliários fecham sessão com segunda maior alta do ano; FII de tijolo é destaque
O Índice de fundos imobiliários da B3 (Ifix) encerrou a sessão da última segunda-feira (15) com alta de 1,08%, aos 2.902 pontos. O resultado é segunda maior alta do indicador no ano atrás apenas da elevação de 1,16% registrada em 25 de fevereiro.
Com valorização de 7,47%, o fundo de tijolo Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11) liderou a lista de maiores altas do pregão.

FII Arctium Real Estate registra pior desempenho desta segunda (Imagem: Pexels)
Já o FII Riza Arctium Real Estate (ARCT11) registrou o pior resultado, com queda de 2,24%.
Já o fundo imobiliário Iridium Recebíveis Imobiliários (IRDM11) anunciou que distribuirá R$ 1,33 por cota em proventos no mês de agosto, o que representa ganho de 3,1% sobre julho e um retorno com dividendos (dividend yield) de 15,55% nos últimos 12 meses.
O aumento nos dividendos do IRDM11 ocorre em um cenário de desaceleração da inflação, que impacta negativamente o retorno dos fundos de recebíveis, uma vez que a classe de ativos costuma pagar rendimentos indexados ao IPCA mais uma taxa fixa de juros.
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