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Minas Gerais: estoque de galpões logísticos praticamente esgota no 2º trimestre de 2022
Quando a pandemia chegou em março de 2020, tudo pareceu incerto. O confinamento social, em razão do fechamento de escolas, escritórios, lojas e shoppings, tornou-se um incômodo necessário naquele momento.
Como resultado disso as pessoas migraram suas compras para o digital. De lá para cá, o e-commerce deu um boom e o mercado logístico cresceu a os largos. Prova disso são os novos recordes alcançados pelo setor.
O estado mineiro, que aparece em terceira colocação no mercado logístico brasileiro, se destacou com números recordes de atividade construtiva, ocupação e preço pedido por locação.
O que esses dados mostram é o que se observa desde o início da pandemia: o setor logístico brasileiro soube aproveitar as oportunidades inerentes à crise sanitária.
Minas Gerais possui hoje 2,2 milhões de m² locáveis de galpões em condomínios logísticos, distribuídos em 57 empreendimentos.
O estoque de galpões logísticos no estado mineiro praticamente esgotou no primeiro semestre de 2022: no 1T/2022 havia apenas 15 mil m² disponíveis para locação. No 2T/2022 o número foi de 23 mil m².
Do 1T/2022 para o 2T/2022 o estado teve um acréscimo superior a 54 mil m² de novo estoque. No 1T era 18 mil m²; no 2T fechou em 72 mil m².
E o mercado registrou marcas históricas.
A atividade construtiva demonstra aquecimento relevante: no 1T/2022 foi de 744 mil m²; no 2T/2022 foi de 956 mil m², um aumento de 212 mil m².
A ocupação é outro destaque: saiu de 2,18 milhões de m² no 1T/2022 e foi para 2,24 milhões de m² no 2T/2022.
A consequência de todo esse aquecimento do setor e estoque praticamente zerado é que houve aumento na média de preço pedido por m² de locação. No 1T/2022 era R$ 20,93; no 2T/2022 subiu para R$ 23,18, um aumento de 10,8%.
Quando olhamos para a absorção líquida (indicador de crescimento ou retração do mercado imobiliário em metragem quadrada ocupada trimestre a trimestre), o saldo segue positivo. Alcançou o resultado de 64 mil m² no 2T/2022, número superior em 17 mil m² em relação ao 1T/2022, que fechou em 47 mil m².
A taxa de vacância ficou em apenas 1% no 2T/2022, embora um pouco maior que o 1T/2022, continua muito baixa.
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Log vai investir R$ 283 milhões em novo condomínio logístico no Ceará
A Log está investindo R$ 283 milhões em seu terceiro empreendimento no Ceará.
Responsável pela construção e locação de galpões logísticos no Ceará, a empresa já conta com o Log Fortaleza I, em Maracanaú, e o Log Fortaleza II, também em Itaitinga.

Empreendimento da Log no Ceará. Foto: Divulgação
O condomínio logístico, situado no Quarto Anel Viário, tem previsão de entrega para o segundo semestre de 2023. A área bruta locável (ABL) é de 129 mil m², divididos em dois galpões com módulos a partir de 1.700 m².
O espaço poderá receber mais de 70 empresas dos mais diversos segmentos e gerar mais de 1.500 vagas de trabalho.
O diretor-executivo de Produção da empresa, Marcio Siqueira, disse que a construção de mais um empreendimento em Fortaleza vai atender a demanda por galpões logísticos de alto padrão na região.
Além disso, faz parte da estratégia de negócio da companhia de ampliar sua atuação pelo Brasil.
O executivo explica que a procura por espaços como os oferecidos pela Log, foi impulsionada recentemente pelo crescimento do e-commerce no país.
DHL vai investir R$ 150 milhões no Brasil até 2025
O grupo de logística DHL planeja expandir sua atuação no Brasil, com a formação de novos polos regionais, o aumento do número de lojas voltadas ao comércio eletrônico e a ampliação de sua estrutura no aeroporto de Viracopos (SP). O plano de investimentos no Brasil, até 2025, é de R$ 150 milhões.
Globalmente, a DHL Express, divisão do grupo alemão de logística, faturou € 6,37 bilhões (cerca de R$ 35 bilhões, na cotação atual) no primeiro trimestre de 2022, e fez investimentos (capex) totais de € 605 milhões (na ordem de R$ 3,36 bilhões), apenas no período de janeiro a março deste ano.
Em 2022, a previsão da empresa é investir R$ 51 milhões no Brasil. Os recursos deverão ser usados para a compra de veículos elétricos e a instalação de novas unidades, incluindo a formação de um “hub” regional no Recife, voltado ao atendimento no Nordeste.
A companhia também planeja montar um polo regional no Sul, dentro de um prazo de um a dois anos. Hoje, a operação é centralizada em São Paulo.
Além disso, o plano de expansão prevê abrir cerca de 25 novas lojas próprias pelo país nos próximos anos. A ideia é ampliar a presença no mercado de comércio eletrônico, facilitando o o a pessoas físicas e a negócios de pequeno porte nas cidades.
Outro investimento relevante da empresa será a expansão de sua área no aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), com o objetivo principal de elevar a capacidade de exportações.
BR Properties conclui operações no montante de R$ 4,1 bilhões
Segundo fato relevante divulgado na última quarta-feira, 20, a BR Properties (BVMF:BRPR3) concluiu o pagamento de algumas parcelas iniciais de imóveis no valor total de R$ 4,1 bilhões.
Entre as operações finalizadas, está o pagamento de R$ 1.226.785.237,66 nas parcelas iniciais dos imóveis Edifício Gloria, Edifício Brasília, Edifício Panamérica Green Park, Edifício Panamérica Park, Parque da Cidade, Edifício Alphaville (BVMF:AVLL3) e Conjunto 34 Jatobá.

Foto: Reuters
Além disso, também houve o pagamento de R$ 2.920.212.955,47 nas parcelas iniciais dos imóveis Edifício Centenário, Edifício Plaza Centenário, Edifício Ventura, Edifício Manchete, Torre A TNU e Imóvel JK, que estão em processo de liberação de ônus reais, devem ser concluídos em até dois dias contados desta data.
As parcelas iniciais correspondem a 70% do preço total dos imóveis e os outros 30% restantes devem ser pagos em até 12 meses.
A BR Properties disse que a liquidez gerada pelas operações será usada para quitar dívidas da companhia e também para efetuar o pagamento de, aproximadamente, R$ 2,423.298 por ação aos acionistas, caso seja aprovado no dia 28 de julho a redução do capital social da empresa em R$ 1,125 bilhão.
Nos últimos 365 dias, os papéis da BR Properties acumularam uma desvalorização de 9,28%, mas as estimativas consensuais indicam uma alta potencial de 20,14% nos próximos 12 meses, para R$ 9,98.
Fundos Imobiliários de Shoppings superam IFIX apesar de DY menor, diz Guide
A Guide Investimentos divulgou na última segunda-feira (18) o acompanhamento setorial da semana dos fundos imobiliários. A corretora destaca que os fundos imobiliários de Shopping centers superaram o IFIX na semana do dia 12 a 15 de julho, enquanto os FIIs de papel fecharam em queda.
Entre os FIIs de tijolo, os fundos de shoppings fecharam a semana em alta de +0,3%. Porém, a Guide destaca que o dividend yield do setor nos últimos 12 meses é o mais baixo entre todas as classes de ativos (7,7%).
Mesmo assim, a corretora acredita a forte retomada do setor com recuperação da confiança do consumidor e arrefecimento da pandemia, o dividend yield anualizado chegará a 9,1%.
Os fundos de logística tiveram uma pequena queda na semana, performando um pouco melhor que o índice, fechando a semana em -0,2%. A Guide acredita em fundos mais defensivos do setor, principalmente aqueles com portfólio e descontados. Os prediletos dela são: BRCO11, BTLG11 e VILG.
Outro segmento que apresentou fortes quedas na semana foi o de lajes corporativas, performando -0,9%. Esses FIIs continuam negociando com um dividend yield baixo em relação aos demais setores, fato associado a dificuldade de rees de inflação e ciclo imobiliário desfavorável.
Porém, a corretora acredita que a partir de uma redução das taxas de juros e menor aperto inflacionário, essa classe de ativos pode reverter a atual situação de queda.
Os fundos de fundos apresentaram desempenho próximo do IFIX, caindo -0,3% na semana. Os FoFs tiveram desempenho bastante fraco nos últimos doze meses, mas no momento oferecem um dividend yield atrativo.
Na visão da corretora, os fundos maiores e mais diversificados devem apresentar “desempenho melhor nos próximos meses à medida que o desconto destes fundos em relação ao seu valor patrimonial diminua”, afirma.
Conteúdos da Buildings
Mercado de escritórios cresce pelo 4º trimestre seguido em São Paulo: confira os dados do 2T 2022. Confira no vídeo abaixo:
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