Resumo da Semana: notícias do mercado imobiliário corporativo #83

Apresentamos abaixo as notícias mais recentes do mercado imobiliário corporativo, de 01/07 a 07/07, além de artigos e conteúdos com temas relacionados. Para se inscrever no canal da Buildings no Youtube, clique aqui.

Adoção do trabalho híbrido promove mudanças na rotina dos escritórios

06/06 – Revista Buildings com informações do Valor Econômico

O que tem se visto nos últimos meses é a volta dos profissionais ao mercado de trabalho com a reabertura dos escritórios. Isso tem acontecido, entretanto, com um diferencial nas grandes empresas: muitas delas estão de cara nova, tanto no que diz respeito ao espaço físico quanto à dinâmica de trabalho.

Muitas aram a apostar em layouts que estimulam novas formas de interação e colaboração entre os funcionários, clientes e gestores.

Imagem: FreePik

Pesquisa da consultoria KPMG, realizada com 361 companhias no Brasil, indica que 38% das grandes empresas reduziram o tamanho do ambiente de produção durante o confinamento social.

A pesquisa foi respondida por empresas dos setores de varejo, energia e tecnologia. Estas disseram que pretendem manter o novo formato de seus ambientes de trabalho mesmo após a pandemia.

Quanto ao espaço físico, 14% aram por uma redução nas lajes, mas esperam retomar as metragens anteriores. 

Fábio Barbagli, vice-presidente de RH da PepsiCo Brasil explicou:

“Desde o início do nosso projeto de reforma, queríamos proporcionar aos funcionários um espaço onde eles quisessem ficar, que potencializasse a criatividade e a conexão, além de transmitir uma sensação de estar em casa. Hoje, temos um escritório mais eficiente, que promove o bem-estar por meio de elementos de decoração, paisagismo e cores”.

De acordo com Fernando Didziakas, sócio-diretor da Buildings, o retorno dos colaboradores aos escritórios e toda essa movimentação das empresas, serve para constatar o aquecimento e a retomada do setor de imóveis comerciais.

“Os escritórios permanecem e dificilmente deixarão de ser uma realidade para as empresas. Mesmo as de tecnologia, mais propensas ao modelo home office, não devolveram seus escritórios em regiões consolidadas de São Paulo. Outras até expandiram seus espaços e a região da Nova Faria Lima, por exemplo, continua cobiçada”.

Fundos imobiliários: quando aumentar a posição em FIIs de tijolo?

07/07 – Portal FIIs

Como muitos fundos imobiliários do tipo tijolo, que investem em galpões e lajes corporativas estão com cotas descontadas, muitos investidores querem saber se este é o momento de aumentar a posição nesses fundos.

Nos últimos meses com o aumento da inflação e a escalada da taxa selic, os fundos de papel – que investem em dívidas do setor imobiliário -, aumentaram muito seus rendimentos. Naturalmente, muitos investidores optaram em aumentar suas posições nesses fundos. 

Fundos imobiliários. Foto: Pixabay

Com uma possível mudança no cenário econômico com taxa selic em baixa e inflação menor, possivelmente os fundos de papel pagarão menos. 

Acertar o “time” da mudança de ênfase em papel para tijolo não é fácil.

Marcos Correa, especialista em FIIs da Suno Research, comenta que a maioria das pessoas erra o “momento certo”. Na visão do especialista em FIIs “O melhor é entender o cenário, se ele como um todo já está dando indícios de fazer uma transição ou dar o foco maior no outro setor”.

O especialista diz que até pouco tempo, o cenário macroeconômico estava bastante favorável para quem tinha fundos de papel em carteira, uma vez que esses fundos imobiliários pagam mais quando a inflação está crescente. 

Porém, a inflação não vai subir para sempre e nesse contexto, os FIIs de papel devem pagar menos. 

Se ao mesmo tempo que os fundos de tijolos estão descontados, com qualidade, pagando bem, mas as cotas estão com valor baixo, então a situação muda. Neste ponto, o investidor precisa refletir: “se o FIIs de recebíveis começarem a distribuir menos e os fundos de tijolo estão com maior atratividade no preço, vale a pena aumentar a posição neles”. 

Por isso, talvez faça bastante sentido começar a comprar mais tijolo antes da mudança de cenário econômico. Correa enfatiza que, quando os rendimentos dos fundos de papel começarem a cair, os FIIs de tijolo ficarão mais valorizados, com mais pessoas migrando dos fundos de recebíveis para os FIIs de tijolos.

Shopee expande negócios no Brasil com mais 5 centros de distribuição

05/07/2022 – Suno

A plataforma de e-commerce de Singapura, a Shopee, decidiu aumentar sua logística no Brasil com mais cinco centros de distribuição nos últimos meses, dentro do modelo “cross-docking”.

A Shopee não informou os valores do investimento.

Imagem: Unsplash

O modelo cross-docking funciona a partir do momento que o cliente compra um produto na plataforma de e-commerce. Ele é enviado ao centro de distribuição, e por meio de um sistema de redistribuição, é enviado ao cliente, sem manter o produto por um longo período de tempo dentro do armazém.

Os centros estão em São João do Meriti (RJ), Campinas (SP), Ribeirão Preto (SP), Contagem (MG) e Santana do Parnaíba (SP). Nestes três últimos municípios, a nova estrutura começou a operar em junho.

A companhia informou ainda que o primeiro centro inaugurado no Brasil, em Barueri (SP) está temporariamente fora de operação devido a planos de modernização. Agora, o CD de Santana do Parnaíba atende a demanda da região.

O objetivo da Shopee com os novos CDs é aprimorar o processo de envio dos produtos e reduzir prazos, uma vez que o e-commerce possui um alto volume de vendas de mercadorias a um preço unitário baixo.

Multiplan tem alta de vendas e ocupação de shoppings no 2º trimestre

05/07 – Forbes

A Multiplan informou na última terça-feira, dia 5, que as vendas totais nos shoppings da companhia no segundo trimestre subiram 28,8% sobre o mesmo período de 2019 e 64,5% ante os meses de abril a junho do ano ado.

As vendas no período somaram R$ 4,9 bilhões de reais, recorde para um segundo trimestre, disse a empresa em comunicado ao mercado contendo dados operacionais preliminares.

Foto: Unsplash

Do portfólio istrado pela Multiplan, 13 shoppings tiveram alta de vendas de dois dígitos quando comparadas ao segundo trimestre de 2019, “o que representou um aumento de quase R$ 1 bilhão de reais no volume de vendas destes shoppings”, afirmou a companhia.

A taxa de ocupação média dos shoppings da Multiplan subiu de 94,6% no segundo trimestre de 2021 para 95,1% no trimestre ado, ficando também acima dos 94,8% de janeiro a março deste ano.

A companhia também informou que programou a divulgação do balanço do segundo trimestre para 28 de julho.

Fundos imobiliários de CRIs lideram entre os mais indicados para julho, segundo 13 corretoras

06/07/2022 – Money Times

Os fundos imobiliários (FIIs) de certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) são a maioria entre os FIIs mais recomendados por 13 corretoras para o mês de julho.

Um levantamento feito pelo Money Times mostra que cinco dos 12 fundos mais indicados são de CRIs. Na sequência, aparecem os segmentos de galpões e escritórios, com três recomendações cada.

Imagem: Unsplash

Apesar dos FIIs de recebíveis – que têm um rendimento de dividendos médio elevado quando comparado ao segmento de tijolo – liderarem em número de ativos indicados, o Bresco Logística (BRCO11), fundo de galpões, foi o que conquistou a maior quantidade de recomendações individuais.

Com nove indicações de compra para julho, o BRCO11 é o fundo mais recomendado pelo quarto mês consecutivo. Com gestão ativa, o FII busca gerar renda através da exploração comercial de galpões logísticos de alto padrão.

De acordo com o BTG Pactual, o BRCO11 apresentou queda de 0,68% em junho. Em relatório, o banco destacou o andamento de duas obras do fundo, que poderão resultar no aumento de R$ 0,02 por cota nos resultados mensais futuros do FII.

Em julho, a Guide Investimentos espera que o índice de fundos imobiliários da B3 (Ifix) continue se recuperando por conta de sinalizações mais concretas do fim do ciclo de alta de juros.

“Porém, mantemos uma postura mais cautelosa frente a um cenário mais desafiador e incerto no espectro político-econômico”, ressaltou.

Na mesma linha, a Genial Investimentos disse que segue cautelosa para o próximo trimestre, sem vislumbrar gatilhos de valorização. Segundo a corretora, a análise se baseia em fatores como incerteza política e aumento do risco fiscal no Brasil.

Já o Itaú BBA segue com perspectiva otimista para o mercado imobiliário no médio e longo prazo. “Mesmo considerando a alta na taxa de juros nos próximos meses, esperamos que os fundos imobiliários continuem com uma boa relação risco-retorno versus outras classes de ativos”, destacou o banco de investimentos.

Porém, o BBA também enfatizou que incertezas em relação ao cenário político, além dos riscos fiscais brasileiros, podem trazer volatilidade no curto prazo.

“Precisamos acompanhar de perto o movimento na curva longa de juros, mas, de forma geral, a situação econômica deve ser analisada em paralelo, pois uma alta de juros e inflação, acompanhada de uma economia forte, pode ser benéfica aos FIIs”, disse em relatório

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