Resumo da Semana: notícias do mercado imobiliário corporativo #75

Apresentamos abaixo as notícias mais recentes do mercado imobiliário corporativo, de 06/05 a 12/05, além de artigos e conteúdos com temas relacionados.

Aplicativo Daki anuncia novo centro de distribuição em Barueri

12/05/2022 – Mercado & Consumo

Em ritmo acelerado de expansão, o aplicativo Daki de mercado 100% digital, anunciou novos investimentos visando melhorar a logística e a experiência do cliente. A empresa confirmou a inauguração de um novo Centro de Distribuição (CD) em Barueri, na Região Metropolitana de São Paulo.

O local tem mais de 4.500m² e capacidade de armazenamento para até 4.600 posições de pallets, que representam mais de 3 mil itens de consumo doméstico, entre alimentos, higiene, bebidas, utilidades e outros.

O principal objetivo do Daki com o novo Centro de Distribuição é ampliar a capacidade de distribuição e reduzir estoques da empresa.

Outro destaque relacionado é a contratação de 70 profissionais da área de logística e operação.

O novo CD vem também para ampliar a capacidade do antigo centro, localizado na Mooca, na zona leste de São Paulo.

Atualmente, a startup conta com uma estrutura de mais de 90 dark stores nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. No Brasil, o Daki possui 1.700 SKUs e tem uma área de cobertura de mais de 700km². Considerado um unicórnio com menos de um ano

Itaim Bibi, na capital paulista, terá novo complexo imobiliário de R$ 1,2 bilhão

09/05/2022 – Estadão

O bairro do Itaim Bibi vai ganhar mais um empreendimento imobiliário com a promessa de se tornar um ponto de referência para o mundo de negócios na cidade de São Paulo.

A incorporadora SDI e a gestora Tellus estão lançando o JK Square, complexo multiuso com escritórios, residências, lojas e hotel na Rua Tenente Negrão, 100, perto da Avenida JK. A arquitetura é do escritório KPF.

Ilustração do futuro JK Square, complexo com escritórios, hotel, apartamentos e lojas Foto: SDI

A obra vai exigir investimento de cerca de R$ 300 milhões e será financiada pelo Itaú. O terreno custou outros R$ 150 milhões. A expectativa da SDI e da Tellus é que os aportes valham a pena. O valor geral de vendas (VGV) estimado para o projeto totaliza R$ 1,2 bilhão. A obra deve ser entregue em 2024.

O grosso do VGV (R$ 1,1 bilhão) é atribuído ao prédio de escritórios, com área bruta locável (ABL) de 35 mil metros quadrados. Haverá jardim com área aberta e esculturas, como virou moda no bairro. Esse é um dos poucos edifícios corporativos em desenvolvimento em São Paulo.

A aposta no projeto corporativo foi mantida porque o Itaim tem demanda por escritórios muito maior do que a de outras regiões e, consequentemente, uma vacância inferior a 10% (contra mais de 20% na média da cidade). 

Com inesperada compra do Giga, grupo chileno Cencosud entra em São Paulo

09/05/2022 – Valor Econômico

O inesperado fechamento do acordo entre o grupo chileno Cencosud e a atacadista Giga, da família Nassar, é um reflexo direto da importância das operações de atacarejo para qualquer empresa que pretende se manter relevante no mapa do varejo brasileiro. 

Ainda sinaliza que a Cencosud não deve ficar apenas assistindo a sua perda de terreno no país, enquanto redes regionais vão ganhando cada vez mais espaço.

Imagem: Unsplash

No ano ado, a Cencosud ocupava a oitava posição entre as maiores supermercadistas do Brasil, com cerca de R$ 9,1 bilhões em receita, segundo ranking da Abras, associação setorial. O montante representa uma queda de 3% sobre 2020. Em 2017, o grupo estava em quarto lugar na lista, com faturamento de R$ 8,5 bilhões.

O crescimento acelerado do Grupo Mateus, dos mineiros dos Supermercados BH, do Grupo Pereira (Fort Atacadista) e dos Irmãos Muffato, do Paraná, foram “empurrando” a Cencosud para mais baixo no ranking das líderes do setor, num segmento em que escala é fundamental.

Agora, com a compra do Giga por R$ 500 milhões, os chilenos colocam o pé no mercado de São Paulo, após uma expansão com foco em compras no Nordeste e parte do Sudeste. A Cencosud é dona das cadeias Bretas, GBarbosa, Prezunic, Mercantil Rodrigues, Perini e Spid, com um total de 350 lojas em Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Alagoas, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro e Goiás.

No negócio anunciado, o grupo adquiriu 10 unidades na Grande São Paulo e um centro de distribuição. O Giga faturou cerca de R$ 1,5 bilhão em 2021 e conta com mais de 1,3 mil funcionários.

Sem acordo, Brookfield adia venda dos seus três últimos shoppings 

04/05 – Estadão

A canadense Brookfield adiou, mais uma vez, as negociações para venda das suas participações nos shoppings Higienópolis, Pátio Paulista, ambos em São Paulo, e Riosul, no Rio de Janeiro.

A negociação dos ativos havia sido retomada no começo do ano, mas não houve acordo sobre o valor desde então. 

Shopping Pátio Paulista, no qual a Brookfield tem participação Foto: Tiago Queiroz

A Brookfield é a sócia majoritária nesses empreendimentos, com uma fatia de 50% a 55% em cada um deles. Essa fatia deve valer entre R$ 2,5 bilhões de reais e R$ 3,5 bilhões de reais, pelos cálculos de analistas.

Há poucas pessoas com dinheiro na conta para um cheque dessa magnitude. E com os juros lá no alto, tomar um financiamento ou buscar capitalização em Bolsa ficou mais complicado, o que tirou o apetite de algumas das principais interessadas.

Os centros de compras ficam em bairros nobres e são voltados a consumidores de renda alta. O perfil é semelhante ao portfólio da Iguatemi e da Multiplan, vistas como candidatas naturais a uma negociação.

A Iguatemi já tem uma fatia no Higienópolis, o que lhe daria direito de preferência entre os potenciais compradores.

A tendência é o processo de venda dos ativos ser retomado só após as eleições, quando os juros e a inflação devem estar mais comportados. Os três shoppings são bons, dão lucro, e a empresa canadense não tem um aperto financeiro que justifique pressa na negociação.

Gestoras de fundos imobiliários apostam na diversificação da cesta de produtos

09/05/2022 – Valor InveGestoras de fundos imobiliários apostam na diversificação da cesta de produtosste

Os fundos imobiliários vêm ando por mudanças significativas desde a pandemia. Em 2020, quando empreendimentos como shoppings e lajes corporativas sofreram devido às medidas restritivas, o Ifix caiu mais de 10%.

Em 2021, no entanto, com a presença mais forte de fundos de papel no índice, o Ifix encerrou o ano com uma queda mais sutil, de 2,29%.

Agora, com inflação e juros altos, gestores apostam no formato híbrido desses produtos, que misturam investimentos em tijolo e papel e se preparam para aproveitar diferentes cenários.

Esse formato diverso da cesta que compõe o produto funciona quase como um “multimercado” dos FIIs. Nele, gestores aplicam o patrimônio na construção ou exploração comercial de imóveis físicos (o chamado “investimento em tijolo”), além de comprar títulos atrelados ao mercado imobiliário, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e até mesmo em ações de empresas do mercado imobiliário (os chamados “investimentos em papel”).

Segundo um levantamento feito pela Quantum Finance, a carteira do Ifix que vigorava em dezembro de 2021 contava com 48 fundos de tijolo, 31 fundos de papel, 14 fundos de fundos (os chamados FOFs) e 10 fundos híbridos, totalizando 103 produtos. 

Em abril de 2022, a carteira é composta por 45 fundos de tijolos, 33 de papel, 14 fundos de fundos e 12 híbridos, somando 104 ativos.

É importante pensar que os produtos têm características diferentes, velocidades diferentes. No multimercado o gestor compra R$ 100 milhões de reais em ativos hoje e vende R$ 100 milhões de reais amanhã. 

“No fundo imobiliário você não compra um prédio de R$ 100 milhões hoje e vende amanhã. Então o tempo é mais dilatado, o gestor pensa muito mais em grandes ciclos. Mas o legal é isso, trazer a capacidade do investidor de estar exposto a diferentes estratégias em um mesmo produto”, afirma Brunno Bagnariolli, sócio e principal executivo da área imobiliária da Mauá Capital.

ARTIGOS BUILDINGS

Antes de finalizar, te convido para conferir os artigos e outras notícias disponíveis na Revista Buildings e, também, no nosso canal no Youtube.

Nesta semana publicamos um artigo exclusivo sobre o novo centro logístico de Cajamar o DCC – Distribution Center Cajamar – que alia infraestrutura de ponta à qualidade de vida dos seus usuários. Leia matéria completa aqui.

Além disso, também publicamos artigo sobre a 10ª edição do Buildings Exclusive, um dos principais eventos do mercado imobiliário corporativo. Se você quiser saber um pouco mais dos números e análises atuais apresentadas no evento, realizado no Edifício Torre Martiniano, em São Paulo, leia matéria completa na Revista Buildings.

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