Resumo da Semana: notícias do mercado imobiliário corporativo #74

Apresentamos abaixo as notícias mais recentes do mercado imobiliário corporativo, de 29/04 a 05/05, além de artigos e conteúdos com temas relacionados.

Mercado imobiliário reaquece com retorno de empresas ao trabalho presencial

30/04 – Revista Oeste

Parece que o fantasma da pandemia está finalmente deixando o mercado de escritórios de São Paulo. Pela primeira vez em dois anos, a taxa de vacância — que mostra a quantidade de edifícios corporativos desocupados — diminuiu na maior capital do país, segundo dados da Buildings, consultoria especializada em pesquisa imobiliária corporativa.

São Paulo volta ao trabalho presencial no mercado imobiliário | Foto: Canva

No primeiro semestre de 2020, a taxa de vacância era de 13,3%. No último trimestre de 2021, atingiu o pico de 21,3%.

Já no primeiro trimestre de 2022, baixou para 21%. Pode parecer pouco, mas para Fernando Didziakas, sócio-diretor da Buildings, essa redução demonstra que as coisas estão voltando ao normal de forma natural.

“A gente sempre entendeu que o movimento de escritórios fechados e todos os funcionários em casa era algo temporário. Não existe um mundo em que as pessoas não voltem para o trabalho presencial”.

De fato, muitas empresas devolveram seus escritórios durante a pandemia, mas outro fator contribuiu muito mais para aumentar a quantidade de escritórios desocupados: a entrega de novos empreendimentos, em um volume grande.

“Só para ilustrar, entre 2016 e 2017, amos por uma crise econômica e nessa mesma época tivemos muitas entregas de novos empreendimentos, que tinham começado a ser construídos em 2013. Por causa desse boom de entregas, a taxa de vacância foi maior do que o visto na pandemia”, conta Didziakas.

Para o gestor, uma das motivações por trás do movimento foi a mudança de pensamento das empresas. Quando as companhias que apostaram muito no home office como algo definitivo perceberam o desgaste que o modelo de trabalho gerava na equipe, resolveram voltar ao presencial.

“A gente ouvia de amigos, que eles estavam trabalhando mais de casa do que o normal e nem todos tinham uma boa estrutura para fazer escritório.”

Segundo Amaury Cunha Carvalho, diretor da OM30, empresa de tecnologia da informação, a principal razão da volta total ao escritório foi a necessidade de aumentar a produtividade.

Sem contar os profissionais de TI (tecnologia da informação) — que moram em outros estados — todos os trabalhadores da empresa sempre atuaram presencialmente. Por isso, em março de 2020, quando começou a pandemia e houve a necessidade de afastamento social, os funcionários tiveram de se acostumar a trabalhar em casa.

 “No dia a dia, por exemplo, existem demandas urgentes, e quando estava em home office, o controle ficava mais aberto, porque demorava para chamar todos, colocá-los em uma sala virtual para tratar do assunto.”

Quando o impacto da pandemia começou a refrear, automaticamente os responsáveis pela empresa pensaram no retorno presencial. “Entre março a abril do ano ado alugamos a sala do lado, aumentando o espaço do escritório, e começamos a intercalar a vinda dos funcionários. A volta de uma forma mais maciça deles ocorreu em junho de 2021”, conta o diretor da OM30.

Pesquisa da OTRS mostra os desafios das lideranças com o trabalho híbrido

03/05/2022 – Infor Channel

O mundo mudou significativamente nos últimos dois anos: home office, trabalho remoto e locais distribuídos. A colaboração em equipes agora não ocorre mais apenas no escritório, mas faz uso muito maior de soluções digitais para comunicação e colaboração.

Por esse motivo, o OTRS Group entrevistou 500 executivos internacionais na Alemanha, EUA, Brasil, México e Cingapura sobre o tema da liderança na era digital.

Pouco mais da metade (53%) dos executivos pesquisados ​disseram que atualmente suas equipes trabalham entre 25% e 75% do tempo digital e remotamente, apenas 9% delas fazem isso em tempo integral.

No entanto, outros 9% das equipes também continuam a concluir suas tarefas inteiramente no escritório corporativo.

Embora a maioria das equipes faça uso do home office em graus variados, elas também contam com reuniões regulares no escritório corporativo: 81% se reúnem pessoalmente uma ou mais vezes por semana, mas 10% se reúnem a cada trimestre ou apenas uma vez por ano.

Um total de 57% dos participantes da pesquisa considera um desafio gerenciar membros da equipe distribuídos em escritórios domésticos. De longe, as tarefas mais difíceis aqui são a formação de equipes e a manutenção de contatos pessoais: 69% dos entrevistados consideram isso “desafiador” ou “muito desafiador”.

Em contraste, 49% consideram a transparência dos processos como “pouco desafiador” ou “nada desafiador. Outras tarefas e condições de trabalho em equipe, como processos de tomada de decisão e aprovação; relatórios e gerenciamento; ou e de TI, são classificados como bastante desafiadores com valores em torno de 55%.

Entre as medidas de formação de equipe mais importantes estão: 28% utilizam reuniões regulares e 26% em reuniões regulares de . Ao mesmo tempo, para melhorar a liderança e a colaboração em equipes digitais, 34% dos entrevistados fazem uso de comunicações multimídia e 32% utilizam novas soluções de fluxo de trabalho.

BC sobe juros a 12,75% ao ano, maior nível desde fevereiro de 2017

04/05/2022 – Uol Economia

O Copom do Banco Central decidiu na última quarta-feira, 04, por unanimidade, subir a taxa básica de juros da economia (Selic) em 1 ponto percentual. Com isso, o índice foi de 11,75% para 12,75% ao ano — o maior patamar desde fevereiro de 2017, quando a taxa estava em 13%.

O movimento já era esperado por economistas. Essa é a décima alta consecutiva aplicada pelo BC à taxa Selic desde o início do aumento da inflação, em março de 2021.

Imagem: Getty Images/iStockphoto

A taxa chegou a ter o menor valor histórico de 2% em agosto de 2020 para impulsionar a economia, debilitada pela pandemia.

O choque de juros deste ciclo já é o maior desde 1999, quando em meio à crise cambial, o BC aumentou a Selic em 20 pontos porcentuais de uma vez só. O Copom justificou a nova alta se baseando no “ambiente externo que seguiu se deteriorando” e com pressões da inflação decorrentes da pandemia, que “se intensificaram com problemas de oferta advindos da nova onda de covid-19 na China e da guerra na Ucrânia”.

Em relação à atividade econômica brasileira, o conjunto dos indicadores divulgado desde a última reunião do Copom indica um crescimento em linha com o que era esperado pelo Comitê.

As expectativas de inflação para 2022 e 2023 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 7,9% e 4,1%, respectivamente.

Para a próxima reunião, o Comitê prevê mais um ajuste na taxa, mas de menor magnitude. O documento afirma que ainda há incerteza em relação ao futuro e aos impactos dos juros, o que demanda cautela, e que os próximos os serão na tentativa de conter a inflação.

Magazine Luiza abre centro de distribuição no Espírito Santo com investimento de R$ 2 milhões

04/05 – A Gazeta

A Magazine Luiza vai se fazer presente oficialmente no Espírito Santo. A empresa informou que vai começar as atividades de seu CD na cidade de Viana.

O investimento inicial é de 2 milhões de reais e estima a geração de 30 empregos e mais 15 postos de trabalho diretos adicionais.

Crédito: Magazine Luiza/Divulgação

A Magalu agora totaliza 26 centros de distribuição localizados em diferentes regiões do país. A logística conta com a Malha Luiza, a Logbee e a GFL. Além disso, opera 1481 lojas físicas, distribuídas por mais de 830 cidades e 21 estados.

O governador do estado, Renato Casagrande, afirmou que a empresa é bem-vinda no Espírito Santo e demostra que o mercado está atento ao potencial para atrair novos investimentos.

Shopee dobra aposta no País e já incomoda Magazine Luiza e Casas Bahia

03/05/2022 – Estadão

A gigante asiática Shopee está perto de dobrar sua aposta no Brasil. Com uma operação local com mais de 1,5 mil funcionários, a companhia acaba de inaugurar seu segundo escritório na capital paulista, na região do Largo da Batata, em Pinheiros.

No novo local, estará ao lado de outras empresas do setor de tecnologia, que deram um salto ao longo da pandemia diante da maior digitalização do consumidor brasileiro.

Karina Hartungm líder de recursos humanos da Shopee no Brasil. Foto: Felipe Rau/Estadão

Já incomodando players locais, como Magazine Luiza, Via (dona de Casas Bahia e Ponto Frio) e Americanas, a companhia vem ganhando espaço no e-commerce brasileiro.

No balanço da Sea Holding, que tem sede em Cingapura, há um destaque sobre o crescimento no Brasil. Só no quarto trimestre de 2021 foram realizadas 140 milhões de vendas, levando a uma receita de US$ 70 milhões de dólares (cerca de R$ 350 milhões de reais) no período, expansão de 320% na comparação com ano anterior.

“A Shopee já alcançou uma forte tração no Brasil, e acredito que podemos crescer ainda mais. Continuaremos dedicando os recursos certos para ajudar a aumentar nosso impacto no País”, afirmou a líder de recursos humanos da Shopee, Karina Hartung, em entrevista.

ARTIGOS BUILDINGS

Antes de finalizar, te convido para conferir os artigos e outras notícias disponíveis na Revista Buildings e, também, no nosso canal no Youtube.

Realizamos na última quarta-feira, dia 04, no Edifício Torre Martiniano, a 10ª edição do Buildings Exclusive, um dos maiores eventos do mercado imobiliário corporativo.

Nele apresentamos dados consolidados dos mercados de escritórios, condomínios logísticos e fundos imobiliários. Também conversamos sobre taxa de vacância, absorção líquida, regiões em crescimento ou retração, perspectivas para esse momento de retomada e muito mais.

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