Resumo da Semana: notícias do mercado imobiliário corporativo #71

Apresentamos abaixo as notícias mais recentes do mercado imobiliário corporativo, de 08/04 a 14/04, além de artigos e conteúdos com temas relacionados.

FIIs de lajes corporativas apresentam oportunidades

09/04/2022 – Suno Notícias

Com movimentos contrários durante estes dois últimos anos de pandemia, os mercados de fundos imobiliários de logística e de lajes corporativas devem se ver mais uma vez separados no pós-pandemia.

Ponte estaiada São Paulo. Foto: Pixabay

Em evento realizado pela Suno no último sábado (9), o FII Experience, Fernando Didziakas, sócio-diretor da Buildings, falou sobre a tendência do mercado imobiliário neste pós-pandemia.

Segundo o especialista, a expansão do mercado logístico deve arrefecer, enquanto o fim das restrições trará o retorno aos escritórios.

No ano de 2021, o setor de condomínios logísticos alcançou uma absorção recorde de 1 milhão de m² locados em um único trimestre, enquanto a média até então era de 550 mil m². Já neste primeiro trimestre de 2022, o especialista conta que esse número caiu bruscamente, para 450 mil m².

Segundo Didziakas, essa queda na absorção apresenta um cenário preocupante por dois motivos: a grande quantidade de galpões que estão em construção e devem ser entregues ao longo de 2022, e o risco de aumento na taxa de vacância que irá influenciar nos preços de locações e, consequentemente, no pagamento de dividendos pelos FIIs.

“3,8 milhões de m² em condomínios logísticos estão em desenvolvimento. Com isso, dois cenários podem se desenhar: se a absorção voltar para 1 milhão de m² por trimestre, fechamos o ano com uma taxa de vacância razoável. Mas, se continuar em 450 mil m² trimestrais, o mercado não irá absorver e a vacância vai aumentar”.

A taxa de vacância do mercado logístico brasileiro atualmente está em 11,4%. Segundo o especialista, o nível equilibrado para o indicador é de 10%. Muito acima, o poder de negociação fica na mão do inquilino, pela alta oferta, enquanto muito abaixo fica na mão do proprietário, pela falta de opções.

Enquanto o setor de logística absorveu muito estoque ao longo destes dois anos e foi o queridinho dentre os FIIs de tijolo, o contrário foi verdadeiro para o setor de escritórios.

Segundo Didziakas, no início de 2020 as lajes corporativas viviam um ótimo momento, com taxa de vacância em torno de 10%, grande absorção por parte das empresas e um equilíbrio nas entregas de novos estoques – visto que muitos imóveis ficaram prontos trimestres antes.

Mas a pandemia chegou e tudo mudou. Houve devolução de espaços, entrega de alguns novos projetos e, junto com a incerteza de quanto tempo a crise sanitária iria durar, a vacância superou os 25%.

“A boa notícia é que a absorção pelas empresas voltou e já fechou três trimestres seguidos de alta, ao o que o pior da pandemia ficou para trás”.

O setor de lajes corporativas de São Paulo é o mais promissor para os fundos imobiliários.

Google investirá R$ 44 bilhões em escritórios para trabalho presencial

13/04 – Yahoo Finanças

Contrariando a onda do home office, o Google anunciou, na última quarta-feira (13), que investirá US$ 9,5 bilhões de dólares, o equivalente a (R$ 44 bilhões de reais) em escritórios e centrais de processamento de dados nos Estados Unidos.

Gigante acredita ser importante ampliar o número de escritórios, mesmo que pareça contraditório devido à flexibilidade do home office (Getty Images)

A quantia será aplicada ao longo de 2022 e é superior a do ano ado, de US$ 7 bilhões de dólares (R$ 33 bilhões de reais).

“Pode parecer contra-intuitivo aumentar nosso investimento em escritórios físicos, mesmo quando adotamos mais flexibilidade na forma como trabalhamos. No entanto, acreditamos que é mais importante do que nunca investir em nossos campi”, disse a empresa em comunicado.

Segundo o Google, o investimento possibilitará a criação de ao menos 12 mil empregos em tempo integral neste ano e em diversos estados norte-americanos, como Nevada, Nebraska e Virgínia, programados para receberem as centrais de dados.

Desde o começo do mês, o Google tem exigido que funcionários retornem ao trabalho presencial em, pelo menos, três dias por semana. A medida vale para escritórios nos Estados Unidos, Reino Unido e Ásia.

O anúncio acontece após dois anos de pandemia. A gigante foi uma das primeiras a manter seus trabalhadores em casa quando o surto de Covid-19 começou.

Na época, cada um recebeu US$ 1 mil (R$ 5 mil) para equipar seus lares com cadeiras, luminárias e outros itens necessários ao home office.

Via vai construir novo centro logístico, diz governo de MG

12/04/2022- Valor Econômico

A Via, dona das redes Casas Bahia e Ponto, assinou um protocolo de intenções com o governo de Minas Gerais para investir R$ 36 milhões de reais na modernização de dois centros de distribuição e construção de uma unidade logística no estado. O acordo foi intermediado pelo Invest Minas.

No país, a Via possui 27 centros de distribuição e mais de 500 minihubs, pequenos centros de distribuição — Foto: Silvia Zamboni/Valor

A Via possui dois centros de distribuição em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, e vai instalar um novo em Extrema, no Sul de Minas. As unidades atendem a demanda das lojas físicas e do comércio eletrônico.

No país, a Via possui 27 centros de distribuição e mais de 500 minihubs, pequenos centros de distribuição.

A expectativa é que a empresa gere cerca de 1 mil empregos diretos e indiretos nas unidades.

De acordo com dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, 20% do comércio eletrônico do país a pelo estado. Outras varejistas, como Privalia, Amazon e Mercado Livre, também mantêm centros de distribuição no estado.

Com forte exposição ao e-commerce, FII Vinci Logística (VILG11) é aposta da Genial

12/04 – Money Times

Com foco no segmento de e-commerce, o fundo imobiliário Vinci Logística (VILG11) entrou recentemente no radar da Genial Investimentos e conquistou a indicação de compra da corretora de valores.

Vinci Logística tem 38% de portfólio com foco no segmento de e-commerce (Imagem: Reprodução/Vinci Logística)

Segundo a analista Isabella Suleiman, da Genial, a recomendação do fundo se baseia na localização de seus imóveis e na sua exposição ao e-commerce, que nos últimos dois anos tem tido uma expansão expressiva de área bruta locável (ABL) nos ativos logísticos.

“Também vemos como um ponto positivo o mix de contratos com maior exposição aos contratos na modalidade típica, uma vez que a forte busca por ativos logísticos por agentes de diversos setores, aliado a baixa vacância e poucas entregas geram um ambiente favorável para o aumento de preços acima da inflação”, conta a especialista.

Atualmente, o Vinci Logística tem participação em 16 imóveis, distribuídos por sete estados, somando cerca de 600 mil metros quadrados, sendo que essas propriedades estão alugadas para 70 inquilinos, como Tok&stok, Magazine Luiza e Ambev.

Do total de inquilinos, 38% são do setor de e-commerce, 26% do logístico, 9% de bebidas e alimentos, 7% cosméticos e 20% espalhados por outros segmentos.

Suleiman, da Genial, chama a atenção para o fato de que 52,6% dos contratos de locações do fundo vencem entre 2022 e 2023.

“Outro ponto a ser monitorado é a saída da L’Oreal do ativo Caxias Park, no estado do Rio de Janeiro, o inquilino é responsável por 6% da receita do fundo. O impacto da vacância será pequeno uma vez que o fundo é bem diversificado no quesito inquilinos, além disso o aviso prévio acrescido da multa representa 12 meses de aluguel”, diz.

A renda fixa também sofre com a alta da Selic

06/04/2022 – Exame

De acordo com o senso comum, é bom investir na renda fixa em períodos de alta da taxa de juros. Há pouco mais de um ano, a taxa Selic estava em 2% ao ano.

Mas desde março de 2021 até hoje, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (BC) fez nove reuniões. E em todos os encontros a decisão foi por aumentar os juros. No total, o ajuste foi de 9,75 pontos percentuais.

Crédito: Getty Images

A taxa Selic atualmente está em 11,75% ao ano e a sinalização do BC é que o ajuste ainda não terminou e novas altas estão no radar.

Entretanto, nem todos os investidores em renda fixa lucraram com esse cenário. Por trás do nome genérico de renda fixa existem alguns mercados específicos.

No guia de fundos de investimento, por exemplo, as carteiras são separadas em grupos. O mais tradicional é a renda fixa DI. Esse universo abrange os investimentos em títulos atrelados ao certificado de depósitos interfinanceiros (CDI) ou à Selic.

O CDI é o principal parâmetro de referência do mercado brasileiro. Nos últimos 12 meses, encerrados em março deste ano, o índice teve variação de 6,41%.

Para acompanhar o mercado de títulos atrelados à Selic, a Anbima, uma associação das instituições financeiras, calcula o IMA-S. Esse indicador rendeu 6,99% nos últimos 12 meses, mais do que o CDI.

A razão para isso foi a queda do chamado prêmio das LFTs, também conhecidas como Tesouro Selic no Tesouro Direto, o sistema de negociação eletrônica de títulos públicos.

O papel com vencimento em 2027, por exemplo, era negociado com prêmio de 0,35% há um ano. Hoje, o prêmio caiu para 0,18%. A queda do prêmio implica valorização adicional do título.

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