Resumo da Semana: notícias do mercado imobiliário corporativo #63

Apresentamos abaixo as notícias mais recentes do mercado imobiliário corporativo, de 11/02 a 17/02, além de artigos e conteúdos com temas relacionados.

Com altos e baixos da pandemia, já é hora de voltar a investir em fundos imobiliários de escritórios?

15/02/2022 – Info Money

Quase dois anos após o início da pandemia de Covid-19, os fundos imobiliários de escritórios dividem opiniões. De um lado, há analistas que enxergam oportunidades de ganho de capital. Do outro, estão aqueles que ainda não enxergam previsibilidade no segmento. A locação de lajes corporativas dá sinais de retomada, mas os recentes indicadores ainda não trouxeram um consenso para aqueles que investem nesse mercado por meio dos fundos imobiliários.

O segmento de escritórios foi um dos mais prejudicados pelas restrições impostas pela pandemia, com a necessidade das empresas de migrar equipes inteiras para esquemas de home office.

Para o investidor interessado neste tipo de FII, a busca pelos melhores fundos nunca foi tão importante para o sucesso da estratégia.

De acordo com a Buildings, plataforma de informações imobiliárias, o segmento de lajes corporativas no Brasil tem como referência a cidade de São Paulo.

Atualmente, a capital paulista possui um estoque de 11,6 milhões de metros quadrados de escritórios, distribuídos em 1.592 prédios, considerando todas as classes de imóveis.

A absorção líquida – que mede a quantidade de metros quadrados ocupados ao longo do tempo – foi de 49 mil metros quadrados entre outubro e dezembro de 2021. Foi o primeiro trimestre com resultado positivo desde o segundo trimestre de 2020, aponta a Buildings.

A taxa de vacância do segmento ficou em 21,21% no fechamento do quarto trimestre do ano ado. No primeiro trimestre de 2020, o percentual de desocupação era de apenas 13%.

As discussões sobre home office e novos modelos de trabalho trouxeram indefinição ao mercado, que reflete até hoje nos fundos imobiliários de lajes corporativas. Em média, as cotas das carteiras focadas predominantemente em escritórios caíram 17% nos últimos doze meses, considerando apenas os fundos que compõem o IFIX – índice que reúne os FIIs mais negociados da Bolsa. O índice, por sua vez, caiu 4,89% no mesmo período.

As novas variantes da Covid-19 e o consequente aumento do número de casos da doença reacenderam os debates sobre o retorno aos escritórios no Brasil. Na Bolsa, a dúvida é se já é uma boa hora de investir em fundos imobiliários do segmento.

Na avaliação de Christofer Mariano, líder de negócios da Buildings, o mercado já se adaptou à nova realidade e tem se movimentado de forma acelerada em direção aos níveis de pré-pandemia. Apesar de reconhecer que, no curto prazo, há possibilidade de novas restrições, ele lembra que os contratos de locação continuam sendo cumpridos, o que é uma boa sinalização para o setor.

“Temos visto diversas empresas mudando seus layouts dos escritórios, incluindo áreas abertas, espaçamentos entre mesas e colaboradores. Não fica claro se as empresas precisarão, no médio e no longo prazo, de espaços menores ou maiores”.

A dúvida do mundo real se transforma em um grande ponto de interrogação no mercado financeiro.

A matéria completa está na Revista Buildings. Clique aqui para conferir.

XP quer R$ 350 bilhões de reais em escritórios ‘private’ até fim de 2024

14/02/2022 – Valor Econômico

A XP pretende expandir de cerca de R$ 70 bilhões de reais para R$ 350 bilhões de reais até o fim de 2024 o volume de recursos sob custódia em escritórios de agentes autônomos que servem ao segmento de private banking.

O plano envolve aumentar a presença em regiões fora de São Paulo e Rio de Janeiro por meio de escritórios parceiros locais, diz Frederico Maluf, chefe da área de private banking B2B da XP.

Foto: Tomislav Jakupec/Pixabay

No último ano, a empresa firmou 14 novas parcerias com escritórios de private banking, segmento em que atende a clientes com pelo menos R$ 10 milhões de reais investidos na empresa.

“Vai ser um cenário de ‘rouba-monte’ e o nosso papel é preparar a XP para ser o grande vencedor”, disse Maluf.

Com a redução no volume de ofertas iniciais de ações e de aquisições em 2022, a expectativa é que a criação de riqueza no Brasil neste ano seja menor do que no ano ado, quando houve volume expressivo de ofertas iniciais de ações (IPOs).

Nos últimos anos, movimentos de consolidação em setores como saúde, educação e imobiliário acabaram criando novos ricos fora de São Paulo e Rio. Embora o grande volume de riqueza do país ainda esteja concentrado no Sul e Sudeste, o plano da XP é usar outras regiões como alavanca de crescimento, tanto em volume de recursos quanto em escritórios parceiros, segundo o executivo.

Caucaia confirma novo investimento em galpão logístico e polo tecnológico

11/02/2022 – Diário do Nordeste

A Prefeitura de Caucaia firmou entendimento para o investimento em mais um galpão logístico privado no município. A informação foi confirmada pelo prefeito Vitor Valim e deverá ter o projeto apresentado no início da próxima semana.

De acordo com chefe do Executivo municipal de Caucaia, o empreendimento deverá ter patamar semelhante ao último centro de distribuição confirmado para a cidade.

Anúncio deverá ser feito na próxima semana
Foto: Fabiane de Paula

Em dezembro, o grupo cearense Carmehil, do segmento de materiais elétricos, anunciou que está concluindo a construção de um complexo de mais de 55 mil metros quadrados.

Os detalhes do novo projeto, contudo, e o nome da empresa que deverá fazer o investimento serão confirmados apenas no começo da próxima semana. Apesar de não confirmar o valor do investimento, o prefeito garantiu que o aporte será feito por uma empresa nacional.

“É bom lembrar que um empreendimento desses trabalha em turnos alternados de pessoas, então um galpão de 10 mil metros quadrados pode gerar 600 empregos. Isso é um facilitador na economia, até porque quem gera riqueza é o setor privado”, disse Valim.

Fundos imobiliários fecham a sessão em queda de 0,13%, terceiro dia seguido de baixas

16/02/2022 – Info Money

O IFIX – índice que reúne os fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – fechou a sessão da última quarta-feira (dia 16) em baixa de 0,13%, aos 2.747 pontos.

Foi o terceiro dia seguido de queda do indicador, que acumula perdas de 1,05% no mês. Entre os destaques positivos de hoje, está o fundo Brazil Realty (BZLI11), com alta de 3,96%.

Em janeiro, o retorno com dividendos do Ifix voltou a subir e alcançou 11,79%, consolidando-se como o maior nível desde 2018, de acordo com relatório da XP.

Além da desvalorização das cotas nos últimos meses, Vinícius Duarte, analista da XP, que assina o relatório, aponta o aumento da inflação e dos juros como responsável pela elevação do retorno com dividendos do Ifix.

“Atualmente, os FIIs de CRI [certificado de recebíveis imobiliários] representam cerca de 45% do Ifix. Diante disso, o retorno com dividendos do indicador é impactado pela alta de juros e inflação em maior escala”, explica Duarte.

O analista lembra ainda que, em 2019, os fundos de CRI representavam 22% do Ifix e não tinham, portanto, tanta influência no principal índice dos fundos imobiliários.

Além de alcançar o maior nível dos últimos anos, a taxa de retorno com dividendos (dividend yield) do Ifix também se distanciou dos rendimentos da NTN-B com vencimento em 2035, título público de longo prazo emitido pelo governo federal. A diferença chegou a 6,21 pontos percentuais, patamar bem superior à média histórica de 2,98 pontos percentuais.

O estudo da XP toma como base o ano de 2018, período em que a indústria dos fundos imobiliários se desenvolveu de forma mais acentuada. Duarte lembra.

“Antes de 2018, o mercado tinha pouca liquidez e bem menos fundos. Qualquer mudança no nível de dividendos em um fundo específico alterava muito o retorno com dividendos do Ifix”.

Outro destaque de janeiro foi o aumento do interesse das pessoas físicas nos fundos imobiliários do segmento de shoppings. Pelo segundo mês consecutivo, houve mais compradores do que vendedores das carteiras, de acordo com o relatório da XP.

Wall Street acelera retorno de funcionários aos escritórios

14/02 – Yahoo

Os executivos de Wall Street estão tentando mais uma vez trazer funcionários de volta ao escritório. Desta vez, eles esperam que funcione.

À medida que os casos da variante ômicron recuam e amplas faixas da força de trabalho do setor estão vacinadas, inclusive com doses de reforço, gigantes financeiros, incluindo Citigroup e JPMorgan começaram a trazer mais funcionários de volta para os arranha-céus de Nova York.

Mesmo depois de fracassadas tentativas nos últimos dois anos, as empresas esperam que tenha havido progresso suficiente para que seja improvável um retorno ao trabalho remoto em grande escala.

“Salvo outra variante ou uma reversão na recuperação da Covid, acho que o final de março será um verdadeiro ponto de virada”, disse Kathryn Wylde, presidente e diretora executiva da Partnership for New York City.

Os funcionários do Citigroup na região da cidade de Nova York foram informados que deveriam se preparar para voltar na última segunda-feira, enquanto a presença nos escritórios do JPMorgan, Goldman Sachs e Bank of America tem aumentado constantemente nas últimas semanas.

A American Express está planejando trazer mais trabalhadores para sua torre em 1º de março, depois de atrasar esse processo várias vezes no outono e no inverno.

ARTIGOS BUILDINGS

Antes de finalizar, te convido para conferir os artigos e outros conteúdos na Revista Buildings e também no nosso canal no Youtube.

Nesta semana publicamos nosso primeiro vídeo sobre a Expansão Latam em Santiago: dados e análises do mercado de escritórios Classe A.

Santigo é hoje o terceiro maior estoque em metros quadrados de edifícios classe A da América Latina, ficando atrás apenas do México e de São Paulo.

Quer saber mais, confira nosso vídeo:

E caso não tenho lido, está disponível também na Revista Buildings um artigo sobre o trabalho da Buildings em Santiago. Clique e confira: Dados de Santiago no Chile: novo mercado mapeado na Expansão Latam

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