Resumo da Semana: notícias do mercado imobiliário corporativo #60

Apresentamos abaixo as notícias mais recentes do mercado imobiliário corporativo, de 21/01 a 27/01, além de artigos e conteúdos com temas relacionados.

Construção de galpões para estoque dobrou na pandemia

21/01/2022 – CNN Brasil

As vendas online cresceram durante a pandemia e com elas, a necessidade de espaço para guardar mercadoria. A construção de galpões para armazenar estoque dobrou. De olho no mercado aquecido, as imobiliárias investem cada vez mais na construção de condomínios logísticos.

Imagem: Free Pik

Dados da Buildings, empresa especializada em pesquisa imobiliária corporativa, apontam que no 4T/2021, o país teve mais de 1 milhão de m² de construção de galpões logísticos, um recorde. Antes disso, um volume tão grande havia acontecido há seis anos: no 1T de 2016, com 795 mil m².

Para este ano, mais de 4 milhões de m² já estão em construção.

“Como a construção de um galpão é rápida, diferente de um edifício de escritórios, por exemplo, que pode demorar de 3 a 4 anos, um galpão em seis meses pode estar pronto. Então, muitos projetos que saíram do papel acabaram chegando ao mercado de forma bem rápida e por isso a gente vê esse volume”, explica Fernando Didziakas, sócio diretor da empresa.

As novas construções se concentram principalmente na região Sudeste. No ano ado, São Paulo liderou a entrega de novos galpões. Foram mais de 830 mil m², isso apenas no 4 trimestre de 2021. Agora a expectativa é que a demanda continue a crescer e se espalhe por outras regiões do Brasil.

O executivo da Buildings ainda complementa.

“Aqui em São Paulo muitas empresas já conseguem fazer essas entregas no próprio dia, em questão de algumas horas, mas a expectativa é que todas as pessoas do país tenham o a esse tipo de experiência. Muito provavelmente no futuro haverá também uma expansão tão forte assim em outras regiões, como no Norte e Nordeste e também no Sul”.

Para conferir a reportagem na íntegra, clique aqui.

Conheça o Platina 220, futuro prédio mais alto de São Paulo: com 46 andares e 172 metros

25/01/2022 – Exame

Com 172 metros de altura, dois metros a mais do que o Mirante do Vale, no centro, o Platina 220 será em breve o novo prédio mais alto da cidade de São Paulo.

O empreendimento localizado no bairro do Tatuapé, na zona leste da cidade, está sendo construído pela incorporadora Porte Engenharia e Urbanismo, que já entregou quase 50 empreendimentos na região.

Platina 220, prédio mais alta da cidade de São Paulo (Porte Engenharia/Divulgação)

Neste momento, 83,4% da obra está concluída, e a previsão é que o prédio seja entregue em junho deste ano.

Será um empreendimento de uso misto, com lojas, hotel, apartamentos residenciais, salas comerciais e lajes corporativas.

“Nosso intuito não foi ser o mais alto. Mas colocar no empreendimento tudo o que achamos que a região precisa”, disse Marco Melro, fundador da Porte.

O térreo terá uma fachada viva composta por 19 lojas, em linha com o Plano Diretor e com as práticas mais modernas e recomendáveis por urbanistas para levar vida e segurança aos moradores e a quem frequenta a região.

No primeiro pavimento, ficará a área comum dos apartamentos residenciais, que estão localizados do 2º ao 10º andares. Acima deles ficarão as salas comerciais, que ocuparão do 12º ao 24º andar, e as lajes corporativas, que irão ocupar o espaço entre o 25º andar e o 46º andar.

Praticamente todo o prédio está vendido, segundo a incorporadora. As salas comerciais têm de 26 metros quadrados a 49 metros quadrados, e as lajes corporativas, 250 a 500 metros quadrados.

O Platina 220 faz parte do projeto da incorporadora chamado Eixo Platina. Ambicioso, ele será composto por dez empreendimentos que têm como principal objetivo construir um eixo corporativo na região. Algo como a “Berrini da zona leste”, em referência ao eixo de prédios comerciais na zona sul da cidade de São Paulo.

Decisão da CVM sobre fundo imobiliário preocupa mercado

27/01/2022 – Valor Investe

Uma decisão do colegiado da Comissão de Valores Mobiliários tem deixado apreensivos participantes da indústria de fundos de investimentos imobiliários.

O posicionamento é ligado a um caso específico, de um fundo gerido pela XP istrado pelo BTG Pactual, chamado Maxi Renda e negociado sob o código MXRF11. Mas, se o ponto de vista adotado prevalecer, tem potencial para atingir todo o mercado.

Imagem: Free Pik

A preocupação é que o novo entendimento pode ter repercussão tributária e afetar a distribuição de dividendos, dois grandes atrativos para os fundos imobiliários nos últimos anos.

O centro da questão é: deve o fundo continuar pagando rendimentos sem considerar a redução do valor de mercado de seus ativos, como aconteceu com os imóveis durante a pandemia?

Tudo começou quando a área técnica da CVM solicitou que o BTG asse a distribuir dividendos aos cotistas do fundo Maxi Renda somente quando houvesse lucro contábil, um resultado que é afetado, por exemplo, pela avaliação dos imóveis.

Nos fundos “de tijolo”, isso é feito anualmente, com base em um laudo de avaliação. Nos fundos “de papel”, que têm principalmente certificados de recebíveis imobiliários (CRIs), a inflação é um dos maiores impactos.

Para a Superintendência de Supervisão de Securitização (SSE), desde 2014, o fundo distribuía rendimentos a seus cotistas “em montantes substancialmente superiores” aos lucros dos exercícios ou acumulados.

Segundo a área, os rendimentos distribuídos pelo Maxi Renda aumentavam o prejuízo e reduziam o patrimônio líquido. Assim, as distribuições não seriam resultantes de renda ou lucros auferidos pelo fundo, mas sim da distribuição do capital aplicado pelos próprios investidores.

O BTG recorreu ao colegiado e argumentou que a apuração dos resultados dos FIIs para fins contábeis (demonstrações financeiras) não teria a mesma finalidade nem os mesmos efeitos que a apuração dos lucros de uma sociedade.

De olho no mercado, MBigucci investe em centros logísticos

20/01 – Portal Repórter Diário

Com o crescimento do e-commerce no Brasil e a necessidade de uma melhora na infraestrutura para potencializar a logística dos produtos comprados por meios eletrônicos, empresas iniciaram uma forte busca por condomínios logísticos, principalmente nos grandes centros do país.

Milton Bigucci Junior, diretor técnico da MBigucci,,revelou detalhes do mais novo investimento da construtora na região, o MBigucci Business Park Santo André.

Projeto do condomínio logístico em Santo André será o maior da MBigucci na região (Foto: Divulgação)

Em um terreno de 110 mil metros quadrados, na avenida dos Estados, a construtora pretende construir um centro com 65 mil metros quadrados para abrigar os produtos das mais diversas empresas. Esse será o terceiro empreendimento deste tipo na região, outros dois condomínios foram feitos em Diadema e São Bernardo.

Com o sucesso das duas primeiras unidades, totalmente ocupados, a MBigucci aproveitou a necessidade do mercado para conseguir emplacar este tipo de construção, principalmente próximos aos principais centros comerciais do país e das rodovias que ligam estes centros aos aeroportos e portos, como no caso do ABC.

Segundo a construtora é normal que investidores invistam a mais para conseguir uma área próxima à Capital.

A expectativa é que o condomínio em território andreense, a 1 km do Centro, seja entregue até o próximo ano. Outra expectativa é a criação de 2 mil empregos diretos com as empresas que ocuparam esses espaços.

Sentido de presença no escritório muda na pandemia

26/01 – Info Money

Entre as maiores preocupações que os executivos têm com o trabalho remoto, há um fenômeno conhecido como “viés de proximidade”, o que significa que as pessoas que optam por retornar aos escritórios podem ter vantagens, enquanto as que ficarem em casa podem ficar para trás.

Apesar desse receio legítimo, principalmente em relação aos trabalhadores sub-representados, a maioria dos chefes ainda prefere trabalhar em escritórios e quer que seus subordinados façam o mesmo, segundo uma pesquisa divulgada na última terça-feira, dia 25.

Mais de quatro em cada 10 executivos classificaram as potenciais desigualdades entre funcionários remotos e internos como sua principal preocupação, de acordo com um estudo do Future Forum com mais de 10.000 trabalhadores — cerca de 3% dos entrevistados são executivos.

A pesquisa trimestral descobriu que os chefes têm duas vezes mais probabilidade de preferir trabalhar no escritório pelo menos três dias por semana em comparação com funcionários comuns.

Mulheres e trabalhadores de minorias são mais propensos do que outros grupos a querer ficar em casa, aumentando os temores de que o retorno ao escritório possa exacerbar ainda mais as desigualdades no local de trabalho.

A pesquisa destaca um dos tópicos mais controversos enfrentados pelos gerentes enquanto tentam criar horários de trabalho híbridos que mantenham os funcionários engajados e produtivos em meio a taxas recordes de pedidos de demissão: o tempo de contato presencial.

Apenas ser visto no escritório pode afetar as avaliações de desempenho, promoções e segurança no emprego, segundo pesquisa de professores da Universidade da Califórnia, Davis e da Universidade da Carolina do Norte.

Jack Welch, ex-CEO da General Electric, cuja abordagem de gestão foi amplamente copiada, uma vez disse em uma coluna de conselhos que “o caminho para o topo é pavimentado pela presença”.

ARTIGOS BUILDINGS

Antes de finalizar, te convido para conferir os artigos e outros conteúdos na Revista Buildings e também no nosso canal no Youtube.

Nesta semana publicamos artigo completo do fechamento dos dados do 4T/2021 do mercado de escritórios de alto padrão. O que os números do 4 trimestre mostram?

Eles mostram que, conforme análises e projeções recentes da Buildings, as expectativas de retomada do mercado de escritórios se concretizaram no final de 2021, trazendo resultados positivos e expressivos de absorção líquida nos dois maiores centros comerciais do Brasil: São Paulo e Rio de Janeiro.

Para ler artigo, clique aqui.

Confira também outras participações da Buildings na grande imprensa:

Dados exclusivos: mercado imobiliário corporativo tem recuperação, reportagem da Jovem Pan News. Para ler, clique aqui.

Mercado imobiliário corporativo apresenta recuperação entre outubro e dezembro em SP e no RJ, matéria da Jovem Pan. Para ler, clique aqui.

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