Apresentamos abaixo as notícias mais recentes do mercado imobiliário corporativo, de 10/11 a 16/12, além de artigos e conteúdos com temas relacionados.
Mercado eleva para 11,5% estimativa de taxa de juros em 2022
O mercado financeiro elevou a projeção para a taxa de juros ao fim de 2022, depois de o Banco Central ter adotado uma linguagem mais dura ao decidir na semana ada tornar a subir a taxa Selic, enquanto as expectativas de inflação melhoraram ou pararam de piorar depois de uma longa série de altas.

Imagem: Pexels (Tara Winstead)
De acordo com a pesquisa Focus do Banco Central —levantamento semanal do Bacen com analistas de instituições financeiras —, o prognóstico para o juro básico da economia em 2022 subiu a 11,5% ano, de 11,25% do documento da semana anterior.
Na semana ada, o BC elevou a taxa Selic em 1,50 ponto percentual, para 9,25% ao ano, indicou nova alta da mesma magnitude para fevereiro e destacou em comunicado a importância de o ciclo de aperto avançar “significativamente” em território contracionista para consolidar o processo de desinflação e de ancoragem das expectativas em torno das metas.
O tom mais assertivo surpreendeu boa parte do mercado, que vinha de dados piores de atividade econômica.
As medidas de inflação projetadas por analistas para a Focus, por sinal, melhoraram.
O número esperado para 2021 cedeu de 10,18% para 10,05% —primeira queda após 35 semanas consecutivas de alta.
A medida para 2022 se manteve em 5,02%, parando de subir depois de 20 semanas seguidas em ascensão.
A projeção para 12 meses caiu de 5,36% para 5,21%, enquanto a taxa para 2023 recuou de 3,50% para 3,46%.
HSBC, JPMorgan e Deutsche Bank recomendam home office
O distrito financeiro de Londres pode estar prestes a se tornar uma cidade fantasma novamente depois que as empresas começaram a dizer a milhares de funcionários para trabalharem em casa, seguindo a mais recente orientação do governo do Reino Unido.

Home office: governo e empresas britânicas estão preocipados com variante Ômicron (MoMo Productions/Getty Images)
HSBC Holdings disse aos funcionários do Reino Unido que deveriam retornar ao trabalho em casa sempre que possível, de acordo com porta-voz. Aqueles que ainda precisam trabalhar em filiais ou escritórios devem fazer os testes diários de Covid-19.
Deutsche Bank está reduzindo significativamente o número de funcionários que trabalham no escritório, segundo informações.
Os arranjos serão semelhantes aos do período pré-pandemia, quando a maioria dos funcionários trabalhava de casa, com exceções para equipes comerciais ou aqueles com circunstâncias pessoais que exigem atendimento no escritório.
JPMorgan disse em memorando interno na última quinta-feira que está reavaliando “quem precisa ir ao escritório e quem deve voltar a trabalhar de casa com mais regularidade”.
O banco espera “uma redução na quantidade de pessoas que entra em seus escritórios, mas disse que os prédios continuarão íveis a todos os funcionários que precisam entrar”.
Essas empresas empregam milhares de funcionários no Reino Unido, com o Deutsche Bank construindo uma nova sede em Londres que será inaugurada em 2023.
Incorporadora projeta mega empreendimento logístico em Gravataí
Uma incorporadora com sede em Porto Alegre projeta a construção de um mega empreendimento logístico em Gravataí. A intenção do grupo é ousada já que devem ser investidos quase R$ 200 milhões de reais para erguer a colossal estrutura.

Imagem retirada do site Giro de Gravataí.
A intenção é a edificação de um parque logístico na cidade, mais especificamente na área do antigo Parque de Eventos de Gravataí.
A área, de 23 hectares, hoje particular, foi colocada à leilão pela Prefeitura e se avizinha ao Stock Center – atacarejo do Comercial Zaffari. No local, a empresa responsável projeta ao menos cinco pavilhões logísticos, dois deles com cerca de 33 mil m² de área locável, além de escritórios, refeitórios e banheiros.
O objetivo é atrair empresas de grande porte, principalmente do e-commerce e marketplace, que se tornou uma característica da cidade a partir de grandes marcas, como Americanas e Magazine Luiza.
Empresas mantêm planos de retorno ao escritório apesar da ômicron
Grandes empresas decidiram manter seus planos para retomada de atividades presenciais apesar das incertezas criadas com o surgimento da variante ômicron do coronavírus.
Embora ainda existam muitas dúvidas sobre os riscos apresentados pela nova cepa e a capacidade das vacinas disponíveis de detê-la, as empresas afirmam que as precauções tomadas para a volta aos escritórios oferecem segurança a seus funcionários e dizem estar prontas a rever seus planos se o perigo se revelar maior.
A Mondelez, dona da Lacta no Brasil, diz que 90% dos funcionários já completaram o primeiro ciclo da vacinação contra a Covid.
A empresa monitora novas infecções e diz que reverá seus planos se o número de casos ultraar a marca de 100 por milhão. Mesas para trabalhar no escritório devem ser reservadas antecipadamente.
Em geral, as grandes empresas têm adotado modelo híbrido, mantendo a força de trabalho em casa durante boa parte do tempo.
Na Coca-Cola, a volta começou na última segunda-feira em caráter experimental. Cada prédio terá ocupação máxima de 30%, e o retorno a atividades presenciais será voluntário.
Os funcionários da BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, começaram a voltar ao escritório em julho. Em São Paulo, o retorno foi liberado para todos.
Em outras cidades, há um limite de 75% de ocupação. A empresa diz monitorar a evolução da pandemia para rever seus protocolos se for o caso.
Ifix fecha sessão com alta de 0,46%, oitava elevação seguida
O IFIX – índice dos fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – fechou mais uma sessão com ganhos, desta vez, com alta de 0,46%, aos 2.673 pontos.
Foi a oitava elevação seguida do indicador. No mês, o índice sobe 3,67% e, no ano, acumula queda de 6,86%.
Enquanto os fundos de “papel”, que investem em títulos do setor imobiliário, seguem se beneficiando com a elevação da inflação e dos juros, investidores reforçam a atenção em oportunidades entre os FIIs de “tijolo.
Diante da avaliação, Luís Gustavo Pereira, da Guide Investimentos, vê o setor logístico como a melhor escolha neste momento.
Na avaliação dele, o segmento de galpões logísticos entrou recentemente em patamares de preço abaixo do valor patrimonial, oferecendo desconto médio de 12%.
O movimento, de acordo com o analista, aumentou expressivamente a média do retorno com dividendos desse tipo de FII, abaixo apenas dos fundos de recebíveis e FoFs, os fundos de fundos.
Pensando no cenário, Pereira destaca principalmente os fundos Bresco Logística (BRCO11), BTG Pactual logística (BTLG11) e o Vinci Logística (VILG11), que oferecem, segundo o analista, portfólios de qualidade e estão sendo negociados abaixo do valor patrimonial.
O segmento de lajes corporativas oferece um desconto médio até maior do que o logístico, de 23%, e tem apresentado performance positiva nas últimas semanas.
“Acreditamos que o desconto deve continuar implícito até que o setor tenha maior visibilidade quanto ao modelo de retorno aos escritórios que as companhias adotarão”, disse Pereira sobre manter cautela em relação aos escritórios.
ARTIGOS BUILDINGS
Antes de finalizar, te convido para conferir os artigos e outros conteúdos na Revista Buildings e também no nosso canal no Youtube.
Nesta semana publicamos um novo vídeo sobre os Principais destaques do mercado de escritórios e do setor logístico em 2021, além das projeções para 2022.
Pandemia, devolução de escritórios, taxa de vacância, entrega de novos empreendimentos, absorção líquida, cenário atual e oportunidades para o ano que vem. Se você se interessa pelo tema, não deixe de conferi-lo no nosso canal no Youtube.
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