Apresentamos abaixo as notícias mais recentes do mercado imobiliário corporativo, de 03/12 a 09/12, além de artigos e conteúdos com temas relacionados.
Locações de escritórios voltam a subir em 2021
Cresceu o número de locação de imóveis em São Paulo. Na pior fase da pandemia, o que se via era a devolução de imóveis, e algumas empresas fechando as portas. Mas no último trimestre de 2021, segundo Fernando Didziakas, diretor da Buildings, primeira empresa especializada em pesquisa imobiliária corporativa, o cenário mudou. Segundo Didziakas:
“O que não deve acontecer em 2022 e 2023 é um volume tão grande de novos empreendimentos. E se as empresas, de fato, pararem de devolver seus escritórios no volume que aconteceu nos últimos dois anos, que é a expectativa, o mercado vai ter condições de ter uma estabilidade e um eventual crescimento em metros quadrados ocupados na cidade como um todo”, explicou Didziakas.
Fachada de prédios comerciais na avenida Paulista, região que teve alta na vacância durante a pandemia – Adriano Vizoni/FolhapressUma pesquisa realizada pela Buildings mostra que empreendimentos de médio e alto padrão, em regiões consideradas essenciais, voltaram a ser procuradas pelos investidores.
“Porém nós temos uma oferta muito grande, porque atrelado aos espaços que foram devolvidos, muitos edifícios acabaram de ficar prontos nestes últimos meses. Então nós temos, de fato, muitos espaços vagos na cidade”.
O mercado imo de escritórios tem focado nos imóveis vagos. A retomada da vacinação e uma tendência otimista para 2022 tem sugerido preços bem mais atrativos.
Na cidade de São Paulo, as empresas têm se antecipado.
Para conferir a matéria na íntegra, clique aqui.
Maioria das empresas diz que home office não afeta produtividade, aponta FGV
Desde que a pandemia impôs o isolamento e levou milhões de brasileiros para o home office, não faltaram elogios ao sistema. Seus defensores destacam especialmente o aumento da produtividade das equipes.

Prédios de escritórios na avenida Faria Lima refletidos na fachada de vidro do edifício Patio Victor Malzoni. Foto: Eduardo Knapp/Folhapress
A maior eficiência viria da associação de fatores como ganho de tempo, uma vez que não é preciso percorrer longas distâncias entre escritório e residência, maior conforto e menor estresse, já que dispensa roupas e protocolos formais, e até a possibilidade de ter uma alimentação mais saudável cozinhando em casa.
Não é bem assim para a maioria, aponta uma sondagem realizada pelo FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).
A pesquisa foi realizada com 4.000 empresas, de 1º a 27 de setembro, por meio de questionário eletrônico. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Na média geral de todos os setores, 59% das empresas não registraram mudança na produtividade.
As demais se dividem de forma praticamente igual entre as que verificaram aumento e redução.
O percentual médio na melhora de desempenho nas companhias que tiveram incremento foi de cerca de 20%.
É praticamente o mesmo percentual de perda naquelas que tiveram redução da produtividade. Ou seja, saldo zero.
“Surpreendeu essa questão da produtividade ficar no zero a zero. Mas aí você vai vendo que muitas atividades não conseguem se adaptar, e o dado reflete um pouco isso também”, afirma Rodolpho Tobler, coordenador de sondagens do FGV Ibre.
Foram consultadas empresas da indústria de transformação e dos serviços, que foram os setores que mais se adaptaram ao home office. E também do varejo e construção, que tiveram mais dificuldade em virtude da natureza dessas operações, segundo os dados do levantamento.
JLP faz acordo com XP e traz ao País fundo imobiliário com ativos globais
O aumento do interesse de brasileiros em investir no exterior, para fugir da forte volatilidade do mercado local, está estimulando gestoras a ampliarem as ofertas de produtos nessa linha.
Especializada em papéis do setor imobiliário em mais de 50 países, mercado estimado em US$ 4,5 trilhões de dólares, a JLP Asset Management fechou parceria com a XP.

Fogos iluminam porto de Nova York; cresce interesse de brasileiros de investir no exterior Foto: Angela Weiss/AFP
A partir do começo do ano, vai oferecer um fundo composto de ativos globais do setor, que incluem desde ações de empresas de imóveis até itens bem específicos e inexistentes no País, como fundos imobiliários norte-americanos que investem em residências de estudantes.
Como a volatilidade das últimas semanas deve se manter no mercado local em 2022, o diretor operacional da JLP, Fabio Bergamo, diz que haverá interesse dos brasileiros pelo setor imobiliário lá fora, que é mais estável. A carteira da gestora acumula valorização de 45% nos últimos 12 meses.
Enquanto as opções de investimento no setor imobiliário no Brasil ainda são restritas, no exterior a segmentação é enorme. No País, os fundos imobiliários abrigam shoppings, galpões, prédios de escritórios e agências bancárias, lá fora a gestora tem o a 17 segmentos, todos com liquidez.
BC sobe novamente a Selic em 1,5 ponto, a 9,25% ao ano
Conforme sinalizado na reunião anterior, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central elevou a Selic novamente em 1,5 ponto percentual, a 9,25% ao ano. Esta informação foi publicada na última quarta-feira, dia 8.

Sede do Banco Central em Brasília – Adriano Machado – 29.out.2019/Reuters
No comunicado, o BC indicou nova alta de mesma magnitude para a próxima reunião, em fevereiro, para 10,75% ao ano.
A taxa é a maior em quatro anos, quando atingiu 9,25% em julho de 2017, ainda no governo de Michel Temer (MDB).
Na reunião anterior, em outubro, o BC elevou a taxa também em 1,5 ponto percentual e indicou que faria nova alta da mesma magnitude em seguida.
A decisão veio em linha com as projeções do mercado. Levantamento feito pela Bloomberg mostrou que todos os analistas consultados esperavam elevação de 1,5 ponto na Selic.
De acordo com o relatório Focus desta semana, em que o BC divulga projeções do mercado, economistas esperam que os juros fechem 2022 a 11,25% ao ano.
“O Copom enfatiza que os os futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar a convergência da inflação para suas metas, e dependerão da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária”, pontuou o texto da autoridade monetária.
Projeto de galpão em terreno da Ford obtém última licença
O projeto de galpões que será erguido no terreno que pertenceu à Ford, em São Bernardo do Campo (SP), ficou mais perto de sair do papel.
Os sócios do empreendimento – Credit Suisse, BTG Pactual, Construtora São José e Fram Capital – obtiveram o alvará que faltava para a construção do complexo de galpões com 450 mil m2 de área bruta locável.

Silvestri, da Construtora São José, e Carbone, da PIB Incorporadora, estão à frente do desenvolvimento do projeto — Foto: Divulgação
Os investimentos totais na aquisição do terreno, obtenção de licenças e em obras são estimados em R$ 1,3 bilhão de reais – a compra da área, por R$ 565 milhões de reais, foi concluída em novembro do ano ado.
Por enquanto, os aportes têm sido feitos com recursos dos sócios. O fundo imobiliário SJAU11, gerido pelo Banco Modal, faz a gestão das fatias societárias do Credit Suisse e da Construtora São José.
As licenças ambientais saíram em novembro.
“Estamos aptos a começar a construção dos galpões, pois não há mais risco de aprovação”, diz Carlos Eduardo Carbone, sócio-diretor da PIB Incorporadora, consultora do consórcio.
O parque de galpões será construído em fases, com começo das entregas em janeiro de 2023 e conclusão no fim de 2024. A primeira fase terá 140 mil m2 e início de obras no próximo mês.
Em princípio, os galpões terão perfil especulativo, sem aluguel previamente contratado. Conforme a demanda, porém, poderão ser fechadas pré-locações ou utilizado o modelo de construção sob medida de parte do complexo.
O terreno que pertenceu à Ford está localizado a 12 quilômetros do marco zero da cidade de São Paulo. No segmento de galpões, as áreas mais cobiçadas estão, justamente, no raio de 15 quilômetros da capital paulista.
A proximidade de São Paulo possibilita que os galpões sejam utilizados para operações de “last mile”, ou seja, para a última etapa antes da entrega de produtos aos consumidores.
“A entrega mais rápida dos produtos faz diferença para fidelizar o cliente”, disse Silvestri.
ARTIGOS BUILDINGS
Antes de finalizar, te convido para conferir os artigos e outros conteúdos na Revista Buildings e também no nosso canal no Youtube.
Escritórios tradicionais sempre tiveram boa aceitação do mercado, porém com a pandemia novas alternativas surgiram ou se ampliaram. Espaços de trabalho flexíveis, como coworkings, também trouxeram vantagens e boas performances para diversas empresas nestes últimos tempos.
Há, ainda, opções de espaços mobiliados que foram devolvidos nos últimos meses, e que diminuem drasticamente para o novo ocupante o custo de mudança.
Qual modelo é o melhor para seu negócio ou operação? Confira matéria exclusiva no portal WebEscritórios, clicando aqui.
Deixe uma resposta