Resumo da Semana: notícias do mercado imobiliário corporativo #53

Apresentamos abaixo as notícias mais recentes do mercado imobiliário corporativo, de 19/11 a 25/11, além de artigos e conteúdos com temas relacionados.

Bresco tem planos de dobrar seu portfólio de galpões em 3 anos

24/11 – Valor Econômico

A Bresco – uma das maiores desenvolvedoras e gestoras de galpões do país – mantém seus investimentos de R$ 700 milhões de reais anunciados para este ano e fará aportes superiores a R$ 1 bilhão de reais em 2022.

Carlos Betancourt, presidente: “Estamos muito capitalizados, e a Bresco sabe analisar ciclos imobiliários” — Foto: Silvia Costanti/Valor

Os recursos fazem parte de desembolsos da empresa para ter, daqui a três anos, um portfólio de ativos duas vezes maior que o atual, de R$ 3,2 bilhões de reais.

A Bresco não possui vacância em seus galpões e já adquiriu terrenos para a maior parte dos novos projetos.

Sem informar o total de investimentos necessários para dobrar seu portfólio, Carlos Betancourt, presidente da empresa, conta que há disponibilidade de recursos e que as apostas no longo prazo estão mantidas, apesar do cenário adverso de curto prazo, com inflação e juros em alta.

Fundada há dez anos, a Bresco teve, desde sua criação, os fundadores da Natura – Guilherme Leal, Pedro os e Antônio Luiz Seabra – como sócios majoritários.

Betancourt e outros investidores, com nomes não divulgados, também entraram no capital da empresa na sua constituição.

Com 59 anos, o executivo está no setor há 35 anos. Segundo ele, há uma parcela dos participantes do mercado com foco nas taxas de retorno, mas sem avaliar, da forma necessária, a qualidade dos ativos e a capacidade de expansão do segmento.

“Estamos muito capitalizados, e a Bresco sabe analisar ciclos imobiliários”, afirma. “Não estamos surfando na onda da logística por ser a bola da vez ou porque o vento está a favor. Há ‘players’ novos, sem muita experiência”, completa.

Focus: Selic no fim de 2022 sobe de 11,00% para 11,25% ao ano

22/11 – Estadão

Os economistas do mercado financeiro mantiveram a projeção para a taxa básica da economia no fim de 2021 em 9,25%, conforme o Relatório de Mercado Focus, mas elevaram a estimativa para o término de 2022, que ou de 11,00% para 11,25%. Há um mês, as medianas eram de 8,75% e 9,50%, respectivamente.

(Fonte: Shutterstock)

Considerando apenas as 81 respostas nos últimos cinco dias úteis, a expectativa para a Selic no fim de 2021 também permaneceu em 9,25%.

Da mesma forma, para 2022, a mediana continuou em 11,25%, considerando as 81 atualizações dos últimos cinco dias úteis.

Em evento recente, a diretora de Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos do Banco Central, Fernanda Guardado, indicou que o o de 1,50 ponto porcentual para a alta da taxa Selic ainda “parece apropriado” e reforçou que o BC segue confiante de que é capaz de trazer a inflação de 2022 para o “mais próximo possível” do centro da meta.

No Boletim Focus, o cenário para a taxa básica de juros da economia foi mantido para os anos seguintes.

A estimativa do Focus para a taxa Selic no fim de 2023 seguiu em 7,75%, ante 7,00% há quatro semanas. Para 2024, permaneceu em 7,00%, de 6,50% de um mês atrás.

Brookfield navega ciclos e vê Brasil como oportunidade

18/11 – Valor Econômico  

Com R$ 135 bilhões de reais em ativos sob gestão no Brasil, a Brookfield não planeja diminuir o o no mercado local.

A gigante canadense tem R$ 33 bilhões de reais em investimentos contratados até 2023, a despeito do freio macroeconômico e do potencial de ruído das eleições em 2022.

Henrique Martins, CEO da Brookfield no Brasil: Intempéries econômicas e transição política pesam menos; o importante é respeitar contratos — Foto: Claudio Belli/Valor

Só neste ano, os desembolsos somam R$ 11 bilhões de reais.

Com um portfólio que contempla negócios ligados a infraestrutura, energia renovável, ativos imobiliários e private equity, intempéries econômicas e os diferentes ciclos políticos pesam pouco nas decisões, segundo Henrique Martins, CEO da Brookfield no Brasil.

“A gente gosta de investir em ativos reais, em tijolo, tem a filosofia de investir na espinha dorsal da economia, para o longo prazo.”

Com esse viés, o executivo afirma que a gestora atua como um investidor contracíclico, avalia ativos quando existem oportunidades e bons fundamentos, busca negócios que “são muito resilientes a qualquer crise no país, porque são relacionados a uma demanda latente no Brasil”.

Como exemplo, ele cita que, entre 2014 e 2016, período de recessão no Brasil, o grupo fez grandes aquisições nos segmentos de gás e de transmissão de energia no país.

Trabalho híbrido a a ser tendência nas companhias

25/11 – Valor Econômico  

O modelo híbrido tornou-se a tendência preponderante entre as empresas para o retorno aos escritórios.

Levantamento feito para o Valor pelo grupo G3, com representantes de RHs de 18 grandes companhias, mostrou que 12 delas (67%) implementaram o regime híbrido de trabalho (dois ou três dias por semana).

Imagem: Banco free

Duas (11%) vão seguir com o home office e duas já voltaram ao escritório de forma integral. Outras duas ainda não definiram o modelo a ser adotado.

Entre as empresas da amostra estão Siemens, DSM, Braskem, Adidas, Itausa e Endenred.

A Fundação Dom Cabral e a consultoria Talenses também perguntaram a quase 700 profissionais sobre a diretriz de suas companhias a respeito do modelo de trabalho.

Cerca de 52% responderam que adotarão o regime híbrido, enquanto 9,76%, o presencial integral. Mas o híbrido foi o modelo defendido por 72,78% dos entrevistados.

Em outra pesquisa, feita pela consultoria BMI, com gestores de 56 empresas, quase 80% apontaram que o modelo híbrido é o que será adotado no retorno das atividades ao escritório.

De acordo com profissionais de RH de grandes organizações, não há fórmula para construir um novo modelo de trabalho.

Os funcionários da Basf poderão ir ao escritório entre uma e quatro vezes por semana. As mesas, que já eram parcialmente compartilhadas no pré-pandemia, viraram todas “share-desks”.

A Siemens, por sua vez, tem treinado seus gestores para atuar de modo mais flexível, quebrando uma mentalidade de controle e centralização.

A Dupont também optou pelo modelo híbrido. Segundo o CEO da empresa, Etore Frederici, as pessoas poderão ficar no máximo 40% do tempo em casa, mas por ora o retorno é voluntário, gradual (apenas 25% do prédio pode ser ocupado) e sem limite de dias.

O escritório da Loft virou uma ferramenta de trabalho híbrido

23/11 – Exame

Na última segunda-feira, 22, a Loft realizou um evento para reinaugurar seu escritório no Itaim Bibi, em São Paulo, e mostrar as novidades para seus mais de 1.200 funcionários.

Mesmo tendo cinco andares para distribuir o pessoal, quem mora longe não teve que se preocupar em voltar para São Paulo por causa do retorno do trabalho presencial.

Novo escritório da Loft em São Paulo: o trabalho ganha um jeito de casa (Loft/Divulgação)

Na verdade, o evento serviu também de teste para o modelo híbrido da empresa e as novas tecnologias que a startup unicórnio implementou no local para facilitar a comunicação de pessoas.

Segundo Renata Feijó, head de pessoas na Loft, a partir de agora o escritório a a ser encarado como uma ferramenta de trabalho.

“Estamos muito felizes de entregar essa nova ferramenta de trabalho para o time. Apresentamos o escritório ao vivo, em um open house híbrido, para garantir que a experiência fosse igual e simultânea para todos. Foi muito gratificante ver as reações e interações entre os colaboradores”.

A ideia foi já testar como seria a interação sem todos estarem fisicamente no local, uma simulação de como serão as reuniões do dia a dia com um modelo mais flexível.

Além de manter protocolos de sanitários, a Loft está exigindo a vacinação para o retorno ao escritório.

ARTIGOS BUILDINGS

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