Confira abaixo as mais recentes notícias do mercado imobiliário corporativo, além de artigos com temas relacionados.
Escritórios do futuro serão espaços de convivência, diz diretora de ESG da XP Inc.
Com o avanço da vacinação contra a covid-19 e a redução nos números de mortes e infectados pela doença, algumas empresas decidiram retomar as atividades presenciais.

Para Marta Pinheiro, diretora de Cultura e ESG da XP Inc., o escritório virou um espaço de convivência (Foto: Divulgação/XP Inc.)
Em comparação ao ambiente de trabalho antes da pandemia, as diferenças vão desde o uso de máscaras até o distanciamento social. Mas não para por aí: algumas companhias têm adotado um novo posicionamento, já pensando no futuro.
É o caso da XP Inc., uma das primeiras a adotar o “anywhere office” (“escritório em qualquer lugar”) como modelo permanente.
Segundo Marta Pinheiro, diretora de Cultura e ESG, isso permitiu abrir o leque de oportunidades e contratar talentos de outros estados e até do exterior, enriquecendo a cultura da empresa.
Atualmente, 45% dos funcionários estão fora da cidade de São Paulo – antes da pandemia, 98% moravam na capital.
A atual sede da gestora de investimentos, na avenida Brigadeiro Faria Lima, virou um destino eventual e opcional para os funcionários. Segundo Marta.
“O trabalho presencial agora é sobre teambuilding, sobre encontrar a equipe ou conversar com um cliente pessoalmente. É um espaço de convivência.”
Os planos da XP para o escritório do futuro são ambiciosos. A empresa anunciou a construção de um complexo corporativo para a equipe em São Roque, a cerca de 60 quilômetros de São Paulo, batizado de Villa XP. Será uma espécie de clube de férias de 705 mil metros quadrados, com inauguração prevista para 2022.
Roche vai retornar em novo endereço
A Roche, farmacêutica com mil funcionários no Brasil, começa a planejar o retorno dos funcionários aos escritórios, em 2022.

Henrique Vailati, diretor de people & culture da Roche Brasil — Foto: Divulgação
A ideia é manter até 70% do quadro na empresa, diariamente, com o restante do time atuando de forma alternada, de acordo com as necessidades dos empregados e chefias.
A volta ao expediente presencial marcará duas novidades na companhia: a mudança para um novo endereço, na Chácara Santo Antônio, bairro de São Paulo (SP), e a reorganização das equipes em times multidisciplinares, mais colaborativos.
“O novo escritório, de cinco andares, será um ponto de cocriação entre funcionários e unidades, marcando o início de uma nova era na empresa”, disse Henrique Vailati, diretor de pessoas e cultura da Roche Brasil.
A troca de sede é considerada um marco para o retorno dos funcionários depois do arrefecimento da pandemia, depois de décadas de trabalho no bairro do Jaguaré, onde as três áreas (farma, diagnóstica e diabetes) da multinacional suíça funcionavam em prédios diferentes.
A Roche também conta com uma fábrica no Rio de Janeiro (RJ), centros de distribuição em Anápolis (GO) e Itajaí (SC), e unidade de reparos em Itapevi (SP).
No escritório, não haverá mais mesas fixas para os funcionários, que poderão escolher os pontos de trabalho de acordo com a atividade do dia ou a necessidade de estar perto de um colega envolvido em um mesmo projeto.
Outra mudança no radar é a revisão dos espaços colaborativos, divididos em “quiet zones”, para quem precisa trabalhar em silêncio; “medium zones”, que são ambientes comunitários e o “open space”, dedicado à interação entre as áreas.
Amazon abre 3 centros de estoque no país em 2 meses para entregas rápidas
A Amazon, gigante americana de comércio eletrônico, abriu três centros de distribuição no Brasil em dois meses (setembro e outubro). O investimento em logística é para tentar atender a pressa dos novos consumidores de produtos online. Eles querem receber as compras no mesmo dia. A Amazon promete entregas entre um e três dias.

Imagem: Free Pik
O centro de distribuição mais recente é o de Itaitinga (CE), inaugurado no fim de outubro. É o 12º centro da Amazon no país. No início do mesmo mês, a empresa abriu um centro em Cabo de Santo Agostinho (PE), com 41 mil m² e que emprega 860 pessoas. Os dois centros logísticos ampliam a aposta da empresa no Nordeste.
Antes disso, a empresa havia inaugurado outro centro no início de setembro, em São João de Meriti (RJ).
No ano ado, foram inaugurados quatro centros de distribuição, um deles com mais de 100 mil metros quadrados.
Outras empresas também têm investido em logístico. O Magazine Luiza tem 185 centros de distribuição e pequenos pontos de estoque pelo Brasil com 2 milhões de metros quadrados.
As Lojas Americanas têm planos de chegar a 28 centros até o final do ano.
O Mercado Livre não informou seus dados.
Funcionários e executivos divergem sobre retorno ao trabalho presencial
Uma pesquisa feita pelo Slack com cerca de 10 mil pessoas ao redor do mundo revelou que executivos e funcionários têm visões bem diferentes sobre como deveria ser a rotina de trabalho no pós-pandemia.

Imagem: Free Pik
Cerca de 70% dos executivos gostariam de voltar à rotina presencial, mas o cenário é diferente do lado dos funcionários. Para este grupo, apenas 34% gostariam de voltar a trabalhar presencialmente.
Segundo a analista de economia da CNN, Priscila Yazbek, um dos pontos levantados pela pesquisa para justificar esse comportamento é que os executivos gostam de ter seus escritórios e o status de estarem em salas separadas.
Além disso, eles acreditam que os funcionários aprendem mais com a convivência com os colegas de trabalho.
O terceiro ponto é mais subjetivo, e está ligado ao fato de os executivos serem de uma geração mais velha, que alcançou o sucesso indo ao escritório.
De acordo com Thais Herédia, também analista de Economia da CNN, pesquisas semelhantes realizadas no Brasil mostram um cenário bem diferente.
Uma delas, feita pela FGV, diz que cerca de 18% dos trabalhadores brasileiros têm capacidade de fazer seus trabalhos de forma remota, porque têm o a uma infraestrutura mínima, como a internet.
A pesquisa mais recente, feita pela Talenses Group, mostra que mais de 70% dos funcionários preferem um modelo híbrido de trabalho, porque acham que podem ficar mais em casa e isso não afetaria a produtividade.
BC precisará elevar Selic a 11% para fazer inflação convergir para a meta em 2023, diz Inter
Em um momento de incerteza elevada no cenário macroeconômico, o Inter acredita que 2022 tende a ser um ano de “grandes desafios” para a economia e em que a inflação em níveis bastante altos ainda deve ser o principal risco para o cenário. Segundo a economista-chefe do Inter, Rafaela Vitória.

Rafaela Vitoria: “As surpresas inflacionárias levaram o IPCA a um patamar muito mais alto do que a gente esperava” — Foto: Ana Paula Paiva/Valor
“Fomos surpreendidos neste fim de ano com uma inflação muito mais alta. As surpresas continuam tendo impacto relevante, no momento em que temos visto muitos choques de oferta”.
A economista elevou a projeção para o IPCA deste ano de 9,1% para 10,1% e ou a esperar uma inflação de 4,8% em 2022.
O custo para fazer a inflação voltar ao centro da meta — somente em 2023 — será uma taxa de juros ainda mais alta do que o estimado anteriormente.
“As surpresas inflacionárias levaram o IPCA a um patamar muito mais alto do que a gente esperava. Vai existir inércia, o que dificulta a inflação cair de 10% para 3,5%. É algo natural do próprio processo inflacionário. O BC querer trazer a inflação para a meta no ano que vem seria colocar a Selic em um nível tão restritivo que o custo seria muito alto”.
Assim, o Inter elevou sua projeção para a Selic de 9,25% para 11% no fim do ciclo e ao longo de todo o ano de 2022.
“Vemos uma convergência em 2023, e não em 2022. Será um processo mais lento do que a gente esperava. A inflação vai estar acima da meta, mas em processo de convergência diante de uma política monetária mais restritiva e de uma economia estagnada. A mensagem de que vai convergir é positiva, mas vamos ter um custo alto para a economia”, avalia.
O Inter espera que o PIB do próximo ano tenha como resultado um crescimento de 0,5%.
ARTIGOS BUILDINGS
Antes de finalizar, te convido para conferir os artigos e outros conteúdos na Revista Buildings e também no nosso canal no Youtube.
Nesta semana, publicamos uma matéria sobre as Alternativas encontradas pelo mercado logístico com o avanço do e-commerce. Para conferir, clique aqui.
Além disso, realizamos na última quarta-feira a 9ª edição do Buildings Exclusive!
O evento contou com a participação de 230 pessoas, entre elas empresários do setor imobiliário de escritórios, condomínios logísticos, fundos imobiliários e muito mais.
Foi um encontro muito especial em que trocamos ideias e experiências a partir dos números do fechamento do 3° trimestre deste ano, além das análises dois últimos anos de pandemia que fizemos e das perspectivas para 2022 nos setores de edifícios de escritórios e condomínios logísticos. Para conferir, clique aqui.
Deixe uma resposta