Confira abaixo as mais recentes notícias do mercado imobiliário corporativo, além de artigos com temas relacionados.
Após susto, setor corporativo reavalia dados e vê tombo menor na pandemia
Com o ar dos meses, algumas tendências anunciadas em 2020 já precisam ser relativizadas ao final de 2021. Algumas estão relacionadas ao mundo corporativo, principalmente no caso dos setores de evento e, principalmente, na questão da necessidade de as empresas precisarem ou não de mais espaço para o seu dia a dia.
“A necessidade do olho no olho é algo que não vai mudar”, afirma Fernando Didziakas, sócio-diretor da Buildings, empresa especializada no comportamento do setor corporativo. Pela análise do executivo, pode-se dizer que “as mudanças práticas, no setor, por exemplo, de lajes corporativas, ainda são pequenas”.
O redesenho do setor, em relação aos primeiros impactos da pandemia, parece que vai ser menor do que o esperado. Pelos números apresentados durante mais uma edição do Summit Imobiliário Estadão, a taxa de devolução de espaços comerciais, hoje, em um universo de 2,8 mil edifícios corporativos está na casa dos 5%.
Nos chamados empreendimentos classe A, em áreas como a da Avenida Faria Lima, por exemplo, dos 4 milhões de m² de 250 imóveis, 150 mil m² foram devolvidos.
A discussão entre o trabalho totalmente remoto e o 100% presencial mostra claramente que a tendência é que se fique no meio do caminho. Segundo o diretor da Buildings.
“Esse é um assunto vencido. Mas a escolha pelo 100% ao vivo está sendo maior do que o 100% online. No terceiro trimestre de 2021, por exemplo, os dados mostram que a taxa de devolução voltou a ficar menor do que a de novas locações”.
Uma dúvida, porém, persiste. Segundo o executivo, ainda é preciso saber se o fato de as empresas voltarem para seus prédios corporativos, mesmo com 30% menos de pessoal no presencial, por exemplo, vai significar mais ou menos espaço físico.
Bravve visa crescer em locação de áreas de trabalho híbrido
A “proptech” BoxOffice Soluções em Mobilidade, da qual a Tecnisa tem 25% de participação, mudou seu nome para Bravve. A alteração faz parte das estratégias para que a startup se torne uma plataforma de locação de espaços de trabalho de baixo custo, em São Paulo, com previsão de crescimento do modelo híbrido de trabalho.
Na carteira de locação da Bravve, estarão imóveis que faziam parte do portfólio da BoxOffice, antes do negócio com a Tecnisa, estações de trabalho compartilhadas em desenvolvimento pela incorporadora com a marca WorkPod e espaços de terceiros conectados à plataforma.
Empresas com atuação no segmento de “coworking” também podem ser conectar.
“A intenção é que a Bravve seja o Airbnb dos escritórios”, disse o presidente da Tecnisa, Joseph Nigri.
A expectativa é que a plataforma atenda, principalmente, à demanda corporativa para espaços de trabalho de seus funcionários em diversas localizações.
Empresas poderão contratar “es de trabalho” para as áreas conectadas à Bravve, em sistema semelhante ao do Gym.
“O funcionário ganha qualidade de vida e se torna mais produtivo, sem abrir mão de dias no escritório da empresa. Nosso modelo permite encurtar distâncias e melhorar a mobilidade urbana”, disse o presidente da Tecnisa.
Goldman Sachs revisa de 1,5% para 0,8% crescimento do PIB do Brasil em 2022
O Goldman Sachs rebaixou sua projeção para o crescimento do PIB do Brasil em 2022 para 0,8%, alertando para cenário de inflação aquecida, condições monetárias mais apertadas e crescentes riscos político-fiscais domésticos.

Consumidores fazem compra em mercado de rua no Rio de Janeiro (Ricardo Moraes/Reuters)
Anteriormente, o banco norte-americano projetava avanço de 1,5% do PIB no ano que vem. Para 2021, o Goldman Sachs manteve a estimativa de crescimento de 4,9%.
Em relatório, o banco citou “pano de fundo de inflação muito alta” e consequente “mudança para uma posição de política monetária significativamente restritiva até o final de 2021” como justificativas para sua projeção.
A expectativa do Goldman Sachs é de que o Banco Central eleve a taxa Selic para 11% ao ano ao final de seu atual ciclo de aperto monetário. Atualmente, os juros básicos estão em 7,75%, após a autarquia promover aumento de 150 pontos-base no último encontro do Copom.
“A inabilidade das autoridades de planejar e articular um programa de ajuste fiscal abrangente pode ser deletéria neste contexto, potencialmente desencadeando uma espiral negativa de aumento dos custos de financiamento e deterioração da credibilidade soberana”, afirmou o Goldman Sachs.
Como o alto escalão das empresas percebe o home office
A percepção sobre a produtividade muda quanto mais alto o executivo estiver na hierarquia da empresa. Aos olhos do alto escalão, que inclui presidentes, vice-presidentes, diretores e membros de conselhos de istração, a produtividade de quem está trabalhando em home office, por exemplo, aumentou 35% em 2021. Uma visão diferente dos gerentes, que perceberam um aumento de 46% no mesmo período.
Esses dados fazem parte de uma pesquisa realizada pela consultoria de desenvolvimento empresarial BTA, que ouviu 538 executivos no mês de outubro.
“Esse resultado reflete a visão do topo, que é pró trabalho presencial, e a do nível intermediário, que é pró home office”, afirma a pesquisadora Betania Tanure. Segundo ela:
“Existe uma inquietação de quem está no comando para voltar ao trabalho presencial para preservar a cultura, mas também uma preocupação em conciliar essa agenda com as expectativas individuais e empresariais.”
Antonio Joaquim de Oliveira, presidente da Dexco (antiga Duratex), que emprega 14 mil funcionários, sendo 1.000 elegíveis para o trabalho remoto, diz que a companhia deve escolher um modelo de trabalho a ser seguido até janeiro.
“Aqui temos a crença no trabalho presencial, mas acho que esse é um tema ainda não decantado”, afirma. Ele conta que a diretoria já retornou ao escritório. Pessoalmente, ele diz que o home office funcionou porque tinha um bom escritório e boas condições para trabalhar. “É cedo para concluir, mas descobrimos que muitas tarefas podem ser feitas de casa.”
Uma equipe vai ao escritório três vezes em uma semana, enquanto outra vai dois dias e, na semana seguinte, elas invertem a escala.
XP LOG adquire área de expansão de complexo logístico em Cajamar por R$ 80 milhões de reais
O fundo de investimento imobiliário XP LOG anunciou, em fato relevante divulgado em 05 de novembro, compromisso de venda e compra para aquisição de 5,5% da área de expansão do complexo logístico locado pela Leroy Merlin, localizado no Km 34 da Rodovia dos Bandeirantes, em Cajamar (SP).

Imagem: Unsplash (CHUTTERSNAP)
O valor da transação pela área é superior a R$ 80 milhões de reais.
Segundo o comunicado, serão adicionados 21.348,77 m² ao terreno, que já possui mais de 110 mil m². A obra da área de expansão está prevista para ser entregue no quarto trimestre de 2022.
A transação atende integralmente à Política de Investimento constante do Regulamento do Fundo e reforça a estratégia de comprar imóveis de vocação logística em localizações relevantes e com especificações técnicas de qualidade.
ARTIGOS BUILDINGS
Nesta semana, divulgamos artigo do professor Marcos Baroni, publicado no Valor Investe, com o tema “Fundos imobiliários: Panorama e perspectivas do mercado logístico”. Neste artigo ele faz uma análise sobre o crescimento do e-commerce no Brasil e, consequentemente, do setor logístico, citando dados coletados na Buildings quanto à absorção líquida positiva e a entrega de novas áreas do setor.
Para conferir a matéria, clique aqui.
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