Confira abaixo as mais recentes notícias do mercado imobiliário corporativo, além de artigos com temas relacionados.
Copom eleva Selic pela quinta vez seguida, e taxa básica de juros vai a 6,25%
Mesmo em meio à alta da inflação e ao aumento do risco fiscal, o Copom do Banco Central manteve seu “plano de voo” e elevou na última quarta-feira, 22, a taxa básica de juros, a Selic, em 1 ponto porcentual por unanimidade, de 5,25% para 6,25% ao ano.
Este foi o quinto aumento consecutivo dos juros e o segundo em sequência nessa magnitude, após três altas iniciais de 0,75 ponto porcentual.
Após uma piora nas perspectivas para a inflação no último mês, alguns economistas chegaram a considerar que o Copom faria um aumento ainda maior, acima de 1 ponto, o que não aconteceu.
Com essa decisão, a Selic está no maior nível em dois anos, superando o patamar de agosto de 2019 – antes da pandemia.
Além deste aumento, o Copom adiantou que deve manter o atual ritmo de ajuste na próxima reunião, nos dias 26 e 27 de outubro, o que pode levar a um novo aumento da taxa de juros, para 7,25%.
Mas o colegiado ressaltou que essa posição pode mudar, já que os os futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar o cumprimento da meta de inflação e dependerão da evolução da atividade econômica, dos riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte da política monetária.
BRB e Integral Brei lançam FII de R$ 6 bi de reais
O fundo imobiliário Biotic, um dos maiores já criados no Brasil, com patrimônio final previsto de R$ 6 bilhões de reais, vai começar sua decolagem.
A Integral Brei, casa responsável pela estruturação e gestão do veículo, vai começar o “road show” para apresentar o projeto – em gestação há um ano – a 40 investidores institucionais.
“O Biotic é uma nova fronteira no segmento de fundos imobiliários”, afirma o CEO da Integral Brei, Vitor Bidetti.
O fundo Biotic vai financiar a construção de uma cidade inteligente dentro de Brasília. O nome faz referência ao Parque Tecnológico de Brasília, projeto instituído pela lei complementar de 2017. Biotic é um acrônimo para biotecnologia, tecnologia da informação, comunicações e institutos de pesquisa.
O terreno de 1 milhão de metros quadrados é da Terracap, a companhia imobiliária de Brasília, empresa pública pertencente aos governos federal e do Distrito Federal.
A área avaliada em R$ 1 bilhão de reais fica entre o Parque Nacional e a Granja do Torto, na capital federal, e foi integralizada ao fundo Biotic. Com isso, a Terracap se tornou a primeira cotista da estrutura.
Segundo Bidetti, a primeira fase pretende captar R$ 1,1 bilhão de reais. Se a emissão inicial for totalmente subscrita, o fundo estreia com um patrimônio de R$ 2,1 bilhões de reais.
O presidente da Biotic, Gustavo Dias Henrique, explica que o projeto foi assinado pelo arquiteto e engenheiro italiano Carlos Ratti.
“O projeto foi todo desenvolvido dentro de uma pegada sustentável. A ideia do Biotic é mudar a matriz econômica do Distrito Federal, tornando-se um dos principais polos de inovação do país. Vamos trazer startups, fintechs, aceleradoras, junto com grandes companhias de tecnologia, além de centros de pesquisa e ensino”.
Google planeja investir US$ 2,1 bilhões de dólares em espaço de escritórios em Nova York
A Google anunciou na última terça-feira, dia 21, que gastará US$ 2,1 bilhões de dólares (o equivalente a R$ 11,1 bilhões de reais) para comprar um amplo prédio de escritórios em Manhattan (região central de Nova York), à beira do Rio Hudson.
Ela pagará um dos preços mais altos dos últimos anos por um edifício de escritórios nos Estados Unidos, dando um estímulo otimista ao setor imobiliário de Nova York prejudicado pela pandemia e mudança para o trabalho remoto.
A transação ocorre durante um período difícil para o mercado de escritórios da cidade, o maior dos Estados Unidos, porque a rápida adoção do trabalho híbrido e a dispensa de espaço para escritórios apresentaram a mais séria ameaça para o setor em décadas.
Manhattan tem um excesso de espaço de escritórios disponível para locação, alcançando picos recordes durante a pandemia, e as quatro empresas tecnológicas que formam a chamadas Big Tech — Amazon, Apple, Google e Facebook— fizeram uma aposta positiva no futuro da cidade.
A Google já estava alugando, mas ainda não ocupava, o imóvel de 120 mil metros quadrados conhecido como St. John’s Terminal, um antigo terminal de carga que está sendo renovado e ampliado, perto do Túnel Holland.
A empresa tem 12 mil empregados corporativos na cidade de Nova York — seu maior escritório-satélite fora do quartel-general na Califórnia—, e disse que pretende contratar mais 2.000 trabalhadores na cidade nos próximos anos.
Metade das empresas só vai voltar aos escritórios em 2022, aponta pesquisa da KPMG
Mesmo com o avanço da vacinação contra a Covid-19, as grandes empresas chegaram a meados do ano adiando, novamente, os planos de retorno aos escritórios. Metade das companhias já decidiu deixar o trabalho presencial para 2022, conforme pesquisa da consultoria KPMG, feita em julho e agosto.
Na edição anterior do levantamento, referente a março e abril, um terço (33,8%) dos entrevistados informou que a volta ficaria mesmo para o próximo ano – agora, 48% citaram essa opção, enquanto 52% disseram que voltam ainda este ano.
Os dados corroboram que o retorno ao trabalho presencial é gradual. A diferença é que, agora, o adiamento parece vir com uma convicção de que 2022 será mesmo o ano da volta – ainda que num modelo “híbrido”, sem perder produtividade.
Em março, 74% dos entrevistados disseram que adiaram planos de volta por causa do surgimento de novas cepas de coranavírus. Na edição de julho, esse número caiu para 51%.
Para o sócio de mercados da KPMG no Brasil e América do Sul, Jean Paraskevopoulos, o recuo na preocupação com novas cepas sugere uma “acomodação” nas preocupações com a pandemia.
“O que vejo e escuto dos clientes é que, a partir de outubro ou novembro, uma parcela significativa da população estará imunizada com a segunda dose das vacinas. Aí, em dezembro ou janeiro, empresas e pessoas estarão mais confortáveis para uma volta ao trabalho presencial”.
Preço do aluguel de imóveis comerciais sobe pela 8ª vez seguida
Pela 8ª vez consecutiva, o preço médio de aluguel de salas e conjuntos comerciais de até 200 m² registrou alta de 0,28% em agosto, segundo o Índice FipeZap de Venda e Locação Comercial.
No acumulado de 2021, o avanço chega a 1,33%. O valor de venda, entretanto, ficou estável, em 0,04% no mês, enquanto no ano permanece negativo, com queda de 0,15%.
Apesar da diferença entre os resultados, ambas as variações foram inferiores à inflação medida pelo IPCA em agosto, de 0,87%, e pelo IGP-M, de 0,66%, no mesmo período.
O preço mais caro do aluguel registrado no mês ado foi impulsionado, sobretudo, pelas altas registradas em Brasília (+1,55%), Niterói (+1,01%), Curitiba (+0,94%), São Paulo (+0,49%), Belo Horizonte (+0,32%), Rio de Janeiro (+0,13%) e Porto Alegre (+0,07%), que se sobrepam às quedas em Salvador (-1,59%) e Florianópolis (-0,43%).
Em relação ao valor de venda, que continuou estável na comparação com julho, os recuos em Salvador (-0,80%), Porto Alegre (-0,54%), Niterói (-0,30%), Rio de Janeiro (-0,20%), Florianópolis (-0,14%) e Belo Horizonte (-0,05%) compensaram os avanços de preços em Brasília (+1,02%), Curitiba (+0,68%), São Paulo (+0,25%) e Campinas (+0,16%) em agosto.
No ano, ainda que o valor do aluguel anote alta de 1,33%, a variação se mantém abaixo da inflação medida pelo IPCA e pelo IGP-M no mesmo intervalo, de 5,67% e 16,75%, respectivamente. O mesmo acontece com o preço de venda, que no acumulado do ano registra queda de 0,15%.
O valor médio do metro quadrado dos imóveis comerciais colocados à venda foi de R$ 8.398/m² em agosto. Entre as salas e conjuntos destinados para aluguel, o preço ficou em R$ 37,52/m².
ARTIGOS BUILDINGS
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