Confira abaixo as mais recentes notícias do mercado imobiliário corporativo, além de artigos com temas relacionados.
IGP-M: inflação do aluguel sobe 0,78% em julho; alta é de 33,83% em 12 meses
O Índice Geral de Preços-Mercado, o IGP-M, usado no reajuste de contratos de aluguel em todo o país, registrou inflação de 0,78% em julho deste ano, taxa superior ao 0,60% de junho.
Com o resultado, o IGP-M acumula 15,98% no ano e 33,83% em 12 meses, segundo a Fundação Getulio Vargas, que fez a pesquisa.
A alta de junho para julho foi puxada pelos preços no atacado e no varejo. O Índice de Preços ao Produtor Amplo, que mede o atacado, subiu de 0,42% em junho para 0,71% em julho.
Já o Índice de Preços ao Consumidor, que apura o varejo, ou de 0,57% para 0,83% no período.
Por outro lado, a inflação do Índice Nacional de Custo da Construção caiu 2,30% em junho para 1,24% em julho.
Unilever devolve 4 conjuntos no WT Morumbi em São Paulo
A Hedge Investments divulgou na última segunda-feira, dia 02, em Fato Relevante, que recebeu Notificação de Devolução Parcial da Unilever Brasil. No documento a empresa informa que fará a rescisão contratual de 4 conjuntos da ala B do condomínio WT Morumbi, localizado em São Paulo. No mesmo edifício a empresa segue ocupando outros 5 conjuntos.
Essa desocupação está prevista para janeiro de 2022, já que a locatária cumprirá aviso prévio de 6 meses.
O empreendimento classe A está localizado na região da Chucri Zaidan, em São Paulo. Possui ocupantes como Brookfield, Wework, Tegra, Veritas e HDI Seguros.
Vale destacar que a estrutura de aquisição do Imóvel pelo Fundo garante uma renda mensal mínima ao Fundo pelo período de 24 meses, contados de dezembro de 2020. Assim, não há previsão de impacto nos rendimentos a serem distribuídos no curto prazo.
WTorre negocia venda do futuro prédio mais alto de São Paulo por R$ 1,5 bilhão de reais
A WTorre está negociando a venda do projeto do prédio empresarial Alto das Nações. Será o maior edifício da cidade de São Paulo, com 39 andares e 216 metros de altura. A entrega da obra está prevista para 2025.
Entre as interessadas está a BR Properties.
O futuro prédio será um gigante com 86 mil metros quadrados de área bruta locável para escritórios. O valor pedido é de aproximadamente R$ 1,5 bilhão de reais. Isso representa algo na faixa de R$ 19 mil a R$ 22 mil por metro quadrado mais uma taxa de desconto de 7% para ajuste a valor presente.
As negociações também abrangem a possibilidade de fatiar a torre entre mais de um comprador. A WTorre também tem interesse em ficar com parte do empreendimento.
Além disso, a perspectiva é que imóvel seja locado, depois de pronto, por volta de R$ 120 reais o m² enquanto o aluguel pedido hoje na região gira em torno de R$ 80 a R$ 90 reais o m². Ou seja, tem aí uma perspectiva de valorização significativa.
O Edifício Alto das Nações será um imóvel triplo A, ao lado da estação de trem Granja Julieta. Estará dentro de um empreendimento multiuso com prédios residenciais, um novo hipermercado Carrefour, teatro com centro de exposições e parque arborizado.
As obras do complexo já estão em andamento. Quando pronto, será uma zona de trabalho, compras e lazer, parecido com o complexo Iguatemi JK, que tem torres, shopping e o Teatro Santander – e que também foi erguido pela WTorre.
No topo do prédio haverá um mirante com vista para a Marginal Pinheiros, aberto a visitantes. Em termos de altura, vai superar outros arranha-céus comerciais como o Mirante do Vale (170 m), o Edifício Itália (165 m) e o Altino Arantes (no qual funciona o Farol Santander, com 161m).
GLP, gigante dos galpões, eleva aposta no Brasil
A GLP – maior empresa do segmento de galpões com atuação no Brasil – está reforçando suas apostas no segmento.
Em resposta à demanda de áreas por empresas de comércio eletrônico, a GLP captou fundo de R$ 2,63 bilhões de reais para investimentos em ativos de alto padrão no raio de 30 quilômetros da cidade de São Paulo.

Mauro Dias, presidente da GLP. Foto: Claudio Belli/Valor
Do total, R$ 1,48 bilhão de reais já foi desembolsado. Os aportes restantes serão feitos nos próximos quatro anos.
Iniciada há dois anos, a captação acaba de ser concluída. Oito terrenos já tinham sido adquiridos e estão em diferentes fases de desenvolvimento de projetos – há previsão de compra de mais uma área com recursos do fundo.
Quando os nove empreendimentos estiverem prontos, o portfólio do fundo será de R$ 5,2 bilhões de reais. Por enquanto, um empreendimento foi concluído. Localizado em Cajamar, SP, está totalmente locado para o Mercado Livre.
Segundo afirma o presidente da GLP, Mauro Dias, “Existe demanda por galpões por parte do ‘e-commerce’ e para substituição de produtos antigos ineficientes”.
O novo estoque da empresa a ser entregue, neste ano, em São Paulo e no Rio de Janeiro, soma 482 mil m² e faz parte de 580 mil m² em construção.
“Do total de entregas previstas para o quarto trimestre, 70% está pré-locado”, conta Dias.
No primeiro semestre, a empresa investiu R$ 554 milhões de reais e, no acumulado de 2020, R$ 713 milhões de reais.
Volta ao escritório no modelo híbrido inaugura a era dos ‘sem mesa’
Com quase metade da população brasileira tendo recebido ao menos uma dose da vacina contra a Covid-19 e estados dispostos a retomar as aulas presenciais na rede pública neste semestre, muitas empresas começam a voltar a ocupar os escritórios.
O novo normal, no entanto, é decididamente híbrido e enxuto: as companhias diminuíram o número de estações de trabalho, algumas pela metade, outras em até um terço do tamanho original.
Quem volta ao escritório não volta mais para a sua mesa, mas para um espaço compartilhado, que muitas vezes precisa ser agendado com antecedência, por aplicativo.
Algumas empresas deixaram de ter sede própria e optaram pelo aluguel de estações de trabalho em espaços de coworking, uma maneira de reduzir custos e manter a equipe unida presencialmente em determinadas ocasiões.
As companhias ainda não exigem o comprovante de vacinação para a volta ao escritório, uma vez que a campanha está em andamento, mas recomendam com ênfase a aplicação do imunizante e concedem até o dia livre para que o funcionário se vacine.
Há empresas que vão além e montaram um espaço de testagem dentro da sede. É o caso da varejista de moda C&A.
“Hoje, todos que vão ao escritório fazem o exame PCR a cada 15 dias”, diz a diretora de recursos humanos & ESG da C&A Brasil, Fernanda Campos, que já traçou uma realidade híbrida para a equipe istrativa. “Não tem mais como pensar em 100% do pessoal dentro do escritório”.
Segundo ela, as pessoas querem se relacionar, voltar ao presencial, mas já incorporaram a conveniência do home office.
A empresa reformulou sua sede no ano ado. Antes da pandemia, o escritório central da varejista de moda era ocupado por 1.500 funcionários. A C&A entregou espaços alugados e concentrou a equipe em um único prédio, com capacidade para até 700 pessoas. Mas no momento estão liberadas apenas 350 estações de trabalho, para garantir ainda maior distanciamento social.
ARTIGOS BUILDINGS
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Na última semana publicamos um novo vídeo com uma análise completa dos dados do mercado logístico em 2021: será que o setor ainda é a bola da vez?
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