Confira abaixo as mais recentes notícias do mercado imobiliário corporativo, além de artigos com temas relacionados.
Fundos imobiliários domam ventos contrários e captam R$ 26,8 bilhões
Apesar de enfrentar ventos contrários que vão desde o ciclo de alta de juros até a proposta de reforma tributária, o setor imobiliário tem mostrado fôlego – e profissionais desse mercado já veem mais um ano positivo na atração de recursos.
De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), de janeiro a junho houve um total de R$ 26,827 bilhões de reais em novas emissões de fundos imobiliários.
A cifra representa um crescimento de 44,3% sobre o captado no mesmo período de 2020.
No ano ado como um todo, o setor atraiu R$ 44,1 bilhões de reais.
A expectativa de gestores é o que ciclo de aperto monetário não leve a taxa Selic a níveis que desestimulem o setor. Para Carlos Ferrari, sócio do escritório NFA e especialista na estruturação de fundos imobiliários.
“Teremos um 2021 tão bom quanto 2020 ou ainda com um crescimento em torno de 10% sobre o ano ado”.
De acordo com o advogado, o mercado atingiu, em seis meses neste ano, em termos de ofertas públicas, o mesmo volume visto em 2018 inteiro.
O desempenho do setor, no entanto, ainda deixa a desejar. O índice de fundos imobiliários da B3, o Ifix, acumulou alta de 2,87% na semana ada, depois de o governo e o Congresso recuarem na proposta de tributação. Mas ainda amarga uma queda de 1% no ano até 16 de julho.
Neste mês, o Ifix acumulou ganho de 3,16% até agora, desempenho muito superior ao do Ibovespa, que apresentou recuo de 0,66% nesse intervalo.
Justiça nega isenção de Imposto de Renda a fundos imobiliários
Os fundos de investimento imobiliário não estão conseguindo emplacar uma tese que ganhou força durante a pandemia: o direito à isenção de Imposto de Renda sobre ganhos obtidos com a venda de cotas de outros fundos similares.

Advogado Ricardo Lacaz Martins: tema será analisado com maior profundidade pelo TRF da 3ª Região, em São Paulo — Foto: Leonardo Rodrigues/Valor
Levantamento da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional mostra que foram ajuizados 22 processos e há 12 sentenças, todas desfavoráveis ao setor.
O assunto ficou mais recorrente na pandemia porque esses fundos decidiram comprar cotas que estavam desvalorizadas e, com a retomada do mercado imobiliário, o lucro obtido seria tributado.
A Receita Federal cobra 20% de Imposto de Renda sobre o ganho de capital, com base na Solução de Consulta nº 181, editada pela Coordenação-Geral de Tributação (Cosit) em 2014.
Os fundos imobiliários bateram recorde em 2020 e o movimento tende a crescer neste ano. No ano ado, segundo a B3, o volume total negociado foi de R$ 53,9 bilhões de reais, o que representa um crescimento de 67% em relação a 2019.
Neste ano, até junho, atingiu R$ 35,6 bilhões de reais.
O movimento na Justiça começou, de acordo com a PGFN, em 2019, com cinco ações, e ganhou força no ano ado, com mais dez processos. Neste ano, foram ajuizadas sete ações.
Home office chegou para ficar, diz CEO do UBS
O diretor-presidente do UBS, Ralph Hamers, disse que os banqueiros de investimento poderão trabalhar parte da jornada em casa sob um novo modelo híbrido permanente que o banco está implementando.

A decisão do UBS contrasta com muitos de seus concorrentes nos Estados Unidos (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Embora algumas funções, como as de operadores, sejam mais fáceis de serem executadas no escritório, pelo menos dois terços dos funcionários do banco de investimento terão a possibilidade de trabalhar parte do tempo em casa.
Segundo Hamers em entrevista na última terça-feira, 20, até mesmo clientes do banco sinalizaram que preferem realizar algumas reuniões online, em vez de ir ao escritório.
“Os traders são claramente parte dos 25% a um terço cujas tarefas são realmente difíceis de executar em casa. Mas, além desses, entre dois terços e 75% de nossas funções podem ser desempenhadas em um mix de trabalho em casa e no escritório.”
O maior banco da Suíça busca permitir que pelo menos dois terços de seus funcionários trabalhem em casa e no escritório à medida que busca cortar custos e facilitar as contratações na disputa por talentos com rivais de Wall Street, que têm adotado uma política menos flexível.
A decisão do UBS contrasta com muitos de seus concorrentes nos Estados Unidos, que têm pressionado para trazer os funcionários de volta ao escritório, embora estejam atentos às variantes do vírus que estão surgindo.
Exclusivo: devolução de escritórios bate recorde em SP e RJ no primeiro semestre de 2021
Um reflexo da crise no Brasil: a devolução de escritórios bateu recorde em São Paulo e no Rio de Janeiro no primeiro semestre deste ano.
Mas os especialistas acreditam numa retomada do setor neste segundo semestre.
Segundo reportagem, as duas maiores metrópoles do país são também os dois maiores mercados de imóveis do Brasil. E este recorde na devolução de escritórios é um reflexo direto que a pandemia trouxe sobre esse setor.
Nos seis primeiros meses deste ano foram devolvidos 260 mil m² de áreas que eram ocupadas por escritórios comerciais em São Paulo.
No primeiro semestre do ano ado foram 156 mil m².
Já na cidade do Rio de Janeiro a devolução neste semestre foi de 122 mil m². No mesmo período do ano ado foi 22 mil m².
Segundo Fernando Didziakas, sócio diretor da Buildings, empresa responsável por fazer este levantamento e rear os dados com exclusividade para a GloboNews.
“A gente crê que no ano ado, o volume que até poderia ser mais significativo, não foi por dois motivos. O primeiro motivo é que para se devolver um escritório é preciso ter caixa, fazer um investimento para eventualmente pagar multas que serão necessárias para esta devolução, como as obras que são exigidas em contrato. O segundo motivo é que também muitas empresas estavam na espera para entender todo o impacto que a pandemia traria de fato para seus negócios”.
Mesmo com este recorde, o que se percebe é que São Paulo, por ser um mercado muito competitivo, reúne características para que haja uma recuperação do setor.
Quando se conversa com especialistas da área imobiliária, é perceptível que muitas empresas pretendem adotar o home office, este modelo híbrido de trabalho, mesmo depois que a pandemia acabar.
Esta mesma reportagem também teve repercussão na edição das 16h da GloboNews.
Nesta matéria o enfoque foi de que, apesar das devoluções de escritórios serem altas, a cidade de São Paulo tem potencial para esta retomada na economia.
Segundo a jornalista, antes da pandemia, a capital paulista estava em expansão. Já o Rio de Janeiro, segundo maior polo comercial imobiliário, depende mais dos setores públicos, como óleo e gás, e com isso tem uma perspectiva menor de recuperação para este ano.
Trabalho híbrido anima coworkings, que se preparam para aumentar a oferta
22/07 – CNN Brasil
Enquanto os donos de lajes corporativas sofrem com grandes empresas devolvendo escritórios, as empresas de coworking investem para voltar com tudo.
Elas apostam que o modelo de trabalho híbrido veio para ficar, já conseguem respirar na superfície depois de um 2020 navegando por águas turbulentas e agora enxergam tempos de bonança pela frente.
Para muitas empresas, já não faz sentido manter escritórios enormes enquanto a tendência de trabalho remoto foi acelerada pela pandemia. O remoto – de casa ou local terceirizado – alternado com idas à sede da empresa durante a semana forma o modelo híbrido, tão comentado enquanto a vacinação avança.
Uma pesquisa global da Accenture com 9,6 mil entrevistados mostrou que o trabalho híbrido será ou já é realidade para a maioria dos trabalhadores. Dos 512 brasileiros ouvidos, 60% disseram que seu empregador mudou ou vai mudar suas funções ou estrutura da equipe para se adaptar a novos modelos de trabalho.
Ao mesmo tempo, São Paulo registrou um encolhimento de 260 mil metros quadrados de áreas comerciais ocupadas no primeiro semestre. O decréscimo na cidade do Rio de Janeiro foi de 122 mil metros quadrados, segundo a plataforma Buildings, empresa especializada em pesquisa imobiliária corporativa.
Outro levantamento, feito pela JLL, especializada em serviços imobiliários, com 2 mil profissionais, mostrou que apenas 10% querem voltar ao escritório em tempo integral, enquanto 24% querem trabalhar remotamente. Outros 66% querem um modelo híbrido.
Com modelos de trabalho mais flexíveis, os empregadores podem diminuir suas sedes e abrigar os híbridos em coworkings. Pelo menos é isso que querem as empresas do setor.
Soluções como as da BeerOrCoffee permitem que o empregador pague pelo espaço compartilhado somente quando os funcionários usarem. A ideia é oferecer mais flexibilidade que um contrato de locação.
XP, Ambev, iFood e Stellantis são clientes da plataforma, que funciona como um marketplace de coworkings.
ARTIGOS BUILDINGS
Antes de finalizar, te convido para conferir os artigos e outros conteúdos na Revista Buildings e também no nosso canal no Youtube.
Nesta semana publicamos os resultados da Pesquisa de Mercado da Buildings “Escritórios, home office e a pandemia: o que mudou nestes últimos meses”.
Um dos destaques da pesquisa aponta que “A maioria das grandes empresas não reduziu seus escritórios em razão da pandemia”.
– Sobre a empresa já possuir o modelo home office antes da pandemia, apuramos que 54,3% delas ainda não tinha esse modelo adotado.
– E quanto às dificuldades ou não da adoção do modelo home office, 55,2% das empresas responderam que tiveram MUITA facilidade para se adaptar.
– Em relação às empresas maiores, a pesquisa apontou que a maior parte das que possuem mais de 100 funcionários (28,56%), declarou que não teve redução de espaço físico.
Para conferir na íntegra, clique aqui.
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