Confira abaixo as mais recentes notícias do mercado imobiliário corporativo, além de artigos com temas relacionados.
Adaptada ao home office, metade dos usuários da Ticket foi pouco ao escritório
Mais da metade dos trabalhadores que recebem benefícios da Ticket, como vale alimentação, conseguiram ficar bem e em casa durante a maior parte do tempo no primeiro ano da pandemia.

Foto: Alex Silva/Estadão.
Apesar de só 21,5% terem trabalhado o tempo todo em home office, 2,3% foram pouquíssimas vezes ao escritório e outros 26,4%, apenas em situações pontuais, segundo pesquisa da empresa.
A outra metade (49,8%) dos mil entrevistados em todo o País disse ter ido semanalmente ao escritório.
Nesse período de um ano, os trabalhadores também aprenderam a trabalhar de casa. Enquanto levantamento da Ticket de abril do ano ado mostrou que só 27% estavam bem adaptados ao home office, agora 49% já estão confortáveis.
O novo levantamento também indicou que 27,7% ainda estão se ajustando e 23,3% não conseguiram se adaptar ao sistema de jeito nenhum.
A Ticket não revelou sua perda de receita em função da pandemia.
Como será o mercado de escritórios no pós-pandemia
A volta da ocupação dos escritórios, uma vez vencida a crise gerada pela pandemia, pede uma atenção especial e natural sobre como ocorrerá.

Imagem: Banco free
A conjuntura enseja uma análise atenta e detalhada, com decisões que devem ser pautadas em um cenário de longo prazo. Isso, claro, para evitar desperdício de dinheiro com mudanças que podem ser temporárias, mas com potenciais consequências de curto prazo para prejudicar a cadeia econômica dos setores imobiliários e financeiros.
No ano ado, alguns locatários e analistas falavam sobre a flexibilização para o home office ou trabalho híbrido. Na ocasião o home office era dado como certo; hoje, o modelo híbrido está em voga.
Esses modelos não são novidade: têm sido analisados e praticados há pelo menos 25 anos.
Riscos de segurança da informação devido às conexões domésticas, navegação em velocidade e volume de dados insatisfatórios, respeito à LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) devem ser pensados e precificados. Além disso, ergometria e equipamentos (a maioria dos colaboradores não têm mobiliários, conexões ou computadores adequados), consumo de energia elétrica, entre outros fatores, tudo deve estar na ponta do lápis.
Relações trabalhistas também precisariam ser discutidas – estamos reclusos por questões pandêmicas temporárias, mas, quando a crise da saúde ar, o trabalho remoto precisará ser regulamentado. Com isso, uma série de consequências financeiras precisam ser consideradas.
Custos com obras de desmobilização para eventuais devoluções dos escritórios é outro ponto de atenção.
Outro desafio a longo prazo é manter a cultura das empresas com equipes distantes, compostas por colaboradores “terceiros” contratados por videoconferência – não há perpetuidade em uma empresa sem o conceito de time.
Questões como a saúde mental e a falta de contato próximo com a equipe e gestores também pesariam contra o modelo de trabalho remoto.
Tudo isso deve ser considerado pelo investidor e pelos gestores, uma vez que o lastro de um fundo imobiliário é o ativo ou o quanto ele pode render (sem malabarismos financeiros).
O avanço da vacinação enseja um “novo normal” parecido com o “velho normal”.
Porém, imaginar que teremos grandes alterações na ocupação dos escritórios não seria uma leitura correta. Precisamos diminuir as especulações, e nos preparar para uma volta consciente, segura e eficiente aos escritórios e aos nossos trabalhos regulares.
Senior compra terceira empresa e expande atuação no mercado de tecnologia da logística
A Senior Sistemas, de Blumenau, divulgou a terceira aquisição de 2021: a GKO, empresa do Rio de Janeiro que possui mais de 100 colaboradores e 34 anos de mercado em soluções para o setor logístico, principalmente na área de transportes terceirizados.

A empresa adquirida é referência em um sistema de gerenciamento de transportes(Foto: Divulgação)
A empresa adquirida é referência em um sistema de gerenciamento de transportes chamado de TMS Embarcador. Com isso, a Senior busca se consolidar no mercado de tecnologia logística, com um portfólio capaz de atender o setor de ponta a ponta.
Segundo informaram, cerca de 40% das operações de e-commerce no Brasil am pelos sistemas de gestão de armazenagem e gestão de transportes que a empresa possui.
Segundo o CEO, Carlênio Castelo Branco, a união das duas empresas reforça a atuação da Senior nos campos de cadeia logística, havendo a possibilidade de oferecerem serviços complementares aos clientes.
Ainda neste ano, a Senior incorporou a colombiana Novasoft, que desenvolve softwares de gestão empresarial e de pessoas. Em fevereiro agora, outra aquisição: a Alcis, empresa de São Paulo especializada em sistemas de gestão logística, incluindo transporte e armazenagem de mercadorias, com 80 colaboradores e mais de 20 anos de mercado.
Por que as gigantes de tecnologia agora rejeitam trabalho remoto em tempo integral
A chefe de recursos humanos do Google, Fiona Cicconi, escreveu aos funcionários da empresa que o calendário de retorno ao escritório estava sendo adiantado.

Logo do Google impressa em 3D – Dado Ruvic – 12.abr.20/Reuters
A partir de 1º de setembro, disse ela, aqueles que quiserem trabalhar de outro país por mais de 14 dias terão que enviar um pedido formal à empresa.
Também se espera que os funcionários “vivam a uma distância que os permita se deslocar” até aos escritórios, acrescentou. Portanto, nada de coquetéis na praia com um laptop.
A mensagem era clara: pode haver mais flexibilidade do que antes, mas a maioria dos funcionários terá que ir para o escritório.
Essa ideia parece contrariar muito do que ouvimos dos executivos do Vale do Silício no ano ado, quando eles defenderam as virtudes do trabalho remoto.
Por exemplo, Jack Dorsey, cofundador do Twitter, ganhou as manchetes em todo o mundo em maio do ano ado, quando disse que os funcionários da rede social poderiam a partir de então “trabalhar de casa para sempre”.
Quando Dorsey disse isso, ele acrescentou:
“Se nossos funcionários desempenharem um papel que possam desempenhar em casa e estiverem em uma situação que os permita fazê-lo.”
E, de fato, o Twitter esclareceu que espera que a maioria de seus funcionários e algum tempo trabalhando em casa e algum tempo no escritório.
Quase todas as empresas de tecnologia do Vale do Silício disseram que agora estão comprometidas com o trabalho “flexível” ou “híbrido”.
Para a Microsoft, por exemplo, “trabalhar em casa parte do tempo (menos de 50%) será o padrão para a maioria dos empregos” no futuro.
Os fundos imobiliários com os maiores aumentos e reduções de dividendos na pandemia
O prolongamento da pandemia e as novas medidas de isolamento social têm postergado a retomada de uma parcela do mercado imobiliário, com impacto direto sobre os dividendos pagos por fundos imobiliários negociados em Bolsa.

Imagem: Banco free
Os efeitos da crise têm se provado mais relevantes para os cotistas de FIIs de hotéis e shoppings.
A XP comparou os dividendos pagos por cada um dos 87 fundos que fazem parte do Ifix ao longo dos últimos 12 meses, até abril deste ano, com o total distribuído no mesmo período do ano anterior, até abril de 2020.
Entre as dez maiores quedas, cinco são de fundos de shoppings, com baixas que chegam a 67% no caso do fundo Hedge Brasil Shopping, o HGBS11, que tem na carteira os shoppings Penha e West Plaza, ambos na capital paulista.
O dividendo pago por cota, que era de R$ 16,90 reais nos 12 meses até abril de 2020, caiu para R$ 5,51 reais, em abril deste ano.
O mesmo aconteceu com o General Shopping Ativo e Renda, o FIGS11, cujo dividendo por cota recuou 59%, de R$ 4,57 reais para R$ 1,88 reais. Compõem a carteira do fundo os ativos Shopping Bonsucesso e Parque Shopping Maia, ambos em Guarulhos, SP.
A maior baixa, contudo, ficou com o Hotel Maxinvest, o HTMX11, que tem unidades em 23 hotéis localizados na capital paulista e zerou as distribuições de rendimento a partir de abril de 2020. Nos 12 meses anteriores, o dividendo por cota era de R$ 9,20 reais.
Lucas Hoon, analista de fundos imobiliários da XP, afirma que hoje a casa não tem nenhum fundo de shopping entre as recomendações, dado o cenário de baixa visibilidade.
Isso porque o segmento está muito vinculado à recuperação econômica, ao retorno do varejo e à saúde financeira dos lojistas, ainda sob o impacto de amplas restrições impostas pela pandemia.
ARTIGOS BUILDINGS
Antes de finalizar, também te convido para conferir os artigos e outros conteúdos na Revista Buildings e também no nosso canal no Youtube.
Nesta semana produzimos um novo vídeo sobre o mercado de escritórios em Florianópolis.
Este é o sexto vídeo da nossa série Cidades: Já analisamos o mercado de escritórios de Curitiba, Belo Horizonte, Brasília, Salvador e Recife. Se você se interessa e perdeu algum desses conteúdos, estão todos disponíveis no canal da Buildings no Youtube, na playlist Cidades.

Imagem: Banco free
Além disso, também publicamos um artigo exclusivo sobre A transformação do workplace: os caminhos para as novas relações de trabalho.
Nos últimos anos, o trabalho flexível vem ganhando espaço, especialmente junto às políticas das grandes empresas brasileiras, impulsionado por fatores como a evolução da tecnologia, mudanças culturais e a demanda das novas gerações pela flexibilidade no horário e local de trabalho.
Mas é certo que a pandemia acelerou a jornada de trabalho remoto, criando novas relações e maneiras de atuação profissional e impondo para nós, tanto como indivíduos como sociedade, uma necessidade de nos reinventarmos rapidamente.
As empresas no mundo todo tiveram que aplicar medidas de prevenção à disseminação do novo coronavírus colocando boa parte da mão de obra trabalhando de casa com a ajuda de ferramentas e inovações digitais. Um levantamento recente da Delloitte, com 662 companhias brasileiras com faturamento entre 100 milhões a R$ 1 bilhão, mostrou que antes da Covid-19 24% das empresas ofereciam teletrabalho ou políticas flexíveis. Com a pandemia decretada mundialmente esse número saltou para 98%.
Para conferir na íntegra, clique aqui.
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