Confira abaixo as mais recentes notícias do mercado imobiliário corporativo, além de artigos com temas relacionados.
Pesquisa aponta os principais desafios do home office após um ano de pandemia
Em um ano de pandemia, muitas empresas consolidaram o home office como modelo de trabalho no país. Pesquisa da Workana, plataforma que conecta freelancers a empresas da América Latina, mostra que, mesmo quando a pandemia acabar, a intenção de 84,2% dos líderes entrevistados é continuar com o trabalho remoto.

Imagem: Banco free
Para isso, eles acreditam que o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal é um aspecto a ser priorizado, e isso inclui a flexibilidade de horários.
O levantamento aponta que esta modalidade levará a um trabalho mais orientado a objetivos e metas do que ao cumprimento de jornadas de trabalho fixas.
Os líderes de empresas também destacam que outro fator no qual deverão trabalhar é a melhoria da tecnologia e conectividade dos funcionários que trabalham em casa.
Algumas das ações prioritárias para melhorar o trabalho remoto, segundo as empresas são:
- Melhorar a tecnologia e a conectividade: 35,7%
- Flexibilidade de horários para assegurar o equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho: 28,6%
- Oferecer mais cursos sobre trabalho remoto: 14,3%
- Oferecer uma solução para ajudar os funcionários com filhos: 14,3%
- Melhorar equipamentos e servidores (para usar em casa): 7,1%
O levantamento foi feito com 2.810 profissionais, entre CLT, freelancers e líderes de empresas na América Latina. Destes, 42% são somente do Brasil.
A comunicação mais transparente e a saúde mental dos funcionários são, também, alguns dos desafios apontados na pesquisa.
Google planeja voltar aos escritórios ainda em abril
Os funcionários do Google estão trabalhando em casa desde o agravamento da pandemia no ano ado. Com o avanço da vacinação nos Estados Unidos, a empresa espera reabrir suas portas ainda em abril para alguns colaboradores.

Principal prédio do Google (Foto: André Fogaça/Tecnoblog)
Em um e-mail, Fionna Cicconi, chefe de pessoal do escritório do Google, escreveu que a companhia está “vendo algumas melhorias promissoras e é provável que logo deem boas-vindas aos Googlers de volta”.
Nos EUA, Fionna classifica a situação atual como “mista” e completa dizendo que a empresa observa melhorias em algumas regiões do país.
Sem mencionar uma data específica, ela espera encontrar alguns colaboradores ainda em abril, de forma voluntária. Ou seja, muito provavelmente a empresa não deve pedir para que todos compareçam.
O Google incentiva a vacinação entre os colaboradores, mas isso não é uma exigência. Além disso, até o mês de setembro, nenhum funcionário terá que ir ao escritório (obrigatoriamente).
Não apenas o Google, mas a Microsoft e o Facebook também planejam reabrir seus escritórios entre abril e maio.
Com disparada no IGP-M, FGV estuda novo índice para reajustes de aluguel
Diante de uma alta acumulada de 31,1% do IGP-M em 12 meses, a FGV tem procurado parceiros para criar um novo índice como referência aos reajustes nos contratos de aluguel.

Foto: Alberto Rocha/Folhapress
Segundo o professor Paulo Picchetti, da FGV, o IGP-M se descolou dos fundamentos do mercado imobiliário. Um motivo para isso é o grande peso de commodities negociadas em dólar, como a soja, na composição do índice.
A FGV diz que o trabalho está em fase preliminar.
Os sites de anúncios de imóveis não devem servir como fonte de informação aos novos cálculos, porque o valor mostrado na internet costuma refletir o ado. Quem faz a oferta coloca um valor, mas o preço final é ajustado conforme as negociações.
Prédios corporativos ganham novo perfil de inquilinos
Após uma onda de devoluções de escritórios no rastro do home office, uma leva de novas empresas começa, aos poucos, a ocupar esses espaços. Elas trazem uma fisionomia nova aos prédios corporativos que antes tinham um perfil “tradicional”, com baias, salas fechadas e de reuniões.

Edifício B32, em São Paulo, foi entregue com 60% de seus andares alugados Foto: Felipe Rau/Estadão
Esse processo de mudança, capitaneado por companhias que foram na contramão da atividade econômica e cresceram em meio à crise, como as de tecnologia, saúde e de assessoria financeira, traz um alento ao setor, que conta com isso para tentar diminuir um pouco a chamada taxa de vacância.
As estimativas iniciais de especialistas é que o porcentual de empreendimentos sem inquilinos possa superar os 20% até o fim deste ano só na cidade de São Paulo, o dobro do observado no período pré-pandemia. Há um outro problema à vista: a chegada dos prédios que ficarão prontos agora em 2021.
Levantamento da Buildings mostra que 31 novos edifícios deverão ser incorporados em breve ao mercado em São Paulo. Em metragem, considerando os projetos de classe A, são mais 352 mil metros quadrados de área para aluguel ou venda, em comparação aos 220 mil metros em 2020 – aumento de 60%.
O sócio-diretor da Buildings, Fernando Didziakas, avalia que:
“A decisão pela construção desses empreendimentos foi tomada há cerca de três anos, quando havia uma indicação de queda na taxa de vacância”.
Ainda segundo ele, a solução pode estar nas empresas que estão fazendo planos de crescimento.
“Na pandemia, as empresas conseguiram se adaptar ao home office, mas isso, no longo prazo, não vai se manter integralmente. As empresas vão continuar precisando de espaços físicos, mas a retomada poderá vir de novas empresas que estão chegando ao mercado e aquelas que estão crescendo.”
Primo gringo do fundo imobiliário, REIT entra no radar dos brasileiros
Os REITs (sigla em inglês para Real Estate Investment Trust), conhecidos por primos gringos dos fundos imobiliários, começaram a cair mais na boca dos brasileiros desde que os BDRs (sigla em inglês para recibos de papéis americanos negociados na B3) foram liberados para pequenos investidores, em outubro ado.

Imagem: Banco free
Desde então, qualquer um pode negociar recibos de ações do exterior na bolsa brasileira,inclusive BDRs de REITs.
A queda de quase 40% nos preços dos REITs nos Estados Unidos no ano ado, em meio à pandemia, gerou algumas barganhas. Além disso, a desvalorização do real e o aumento dos riscos econômicos e políticos no Brasil levaram pessoas físicas a quererem se proteger em países com moedas fortes.
Os REITs são como empresas listadas em bolsa que investem no mercado imobiliário nos EUA. Eles foram criados na década de 1960, usufruem de incentivos fiscais e serviram como base para a criação dos fundos imobiliários no Brasil.
Eles têm por objetivo obter lucro para distribuir aos seus investidores em forma de dividendos, o que acontece trimestralmente ou semestralmente.
Nos últimos 20 anos, o retorno médio dos REITs foi de 10% ao ano, enquanto o retorno médio do S&P 500, um dos principais índices de ações dos EUA, foi de 6% ao ano, segundo um relatório da XP.
ARTIGOS BUILDINGS
Antes de finalizar, também te convido para conferir os artigos e outros conteúdos na Revista Buildings e também no nosso canal no Youtube.
Nesta semana produzimos um vídeo com uma análise sobre o que os dados do 1TRI em São Paulo dizem ao mercado imobiliário.
Se você se interessa por esse conteúdo, não deixe de conferir. E nos siga também nas redes sociais.
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