Resumo da Semana: notícias do mercado imobiliário corporativo #192

Confira as últimas atualizações do mercado imobiliário corporativo de São Paulo e outras regiões, abrangendo o período de 16 de agosto a 22 de agosto de 2024. Além disso, explore artigos e conteúdos relacionados que trazem insights valiosos sobre o setor. Para não perder nenhuma novidade, inscreva-se no canal da Buildings no YouTube clicando aqui.

Fundo HGLG11 adquire terreno na Bahia visando construir centro logístico do Mercado Livre

21/08 – Portal Suno

O fundo imobiliário HGLG11, um dos maiores FIIs de galpões logísticos, anunciou a aquisição de um terreno em Simões Filho, Bahia. Informaram que construirão um condomínio logístico para o Mercado Livre no formato BTS (built to suit).

O imóvel fica às margens da Rodovia BA-093 e tem área total aproximada de 623.500 metros quadrados. Os valores não foram anunciados pelo fundo, mas a compra feita por sociedades de propósito específico (SPEs) que têm o FII HGLG11 como acionista majoritário.

O contrato com o Mercado Livre, assinado no começo de agosto, prevê o desenvolvimento de um condomínio logístico com área bruta locável (ABL) aproximada de 132.330 metros quadrados, a ser construído em duas fases, com entregas em julho e setembro de 2025.

Após a conclusão da obra, o fundo imobiliário HGLG11 será dono de 84% do empreendimento, cujo aluguel será regido por contrato atípico, como costuma acontecer nos desenvolvimentos BTS, com prazo mínimo de 10 anos e multa rescisória que obriga o pagamento de todos os aluguéis previstos até o fim do contrato.

Hoje, o HGLG11 tem patrimônio líquido de R$ 5,336 bilhões, o equivalente a R$ 157,95 por cota. Além disso, tem participação na propriedade de 26 ativos, com ABL total de 1,4 milhão de metros quadrados, vacância estimada em 4,7% e alavancagem de 12% do PL.

Mercado imobiliário logístico supera expectativas no primeiro semestre de 2024

16/08 – InfoMoney

O mercado imobiliário, apesar dos desafios macroeconômicos, destaca-se pela diversidade de seus ativos. Recentemente, o setor logístico tem se sobressaído, com uma demanda crescente por galpões e centros de armazenagem, refletindo taxas de vacância reduzidas, próximas de 10%.

No primeiro semestre de 2024, especialmente no segundo trimestre, o mercado logístico registrou um desempenho surpreendente.

Dados da consultoria JLL indicam que a absorção bruta quase dobrou, ando de 848 mil m² no primeiro trimestre para 1,4 milhão m² entre abril e junho.

Já a consultoria Cushman & Wakefield destacou o aquecimento do setor, com 18 transações totalizando R$ 2,3 bilhões.

Nesse sentido, o crescimento não se limita às áreas primárias.

Há uma expansão significativa em regiões secundárias, com galpões localizados estrategicamente entre grandes centros urbanos, como São Paulo e Campinas, servindo a múltiplos mercados.

Projetos em áreas centrais do país, como o entorno de Brasília e Belo Horizonte, estão se tornando hubs logísticos para diversas regiões.

A entrada de inquilinos relevantes em áreas secundárias reflete uma expansão saudável, impulsionada pela necessidade de infraestrutura logística robusta, especialmente em um contexto de e-commerce crescente.

Além da expansão, o setor investe em inovação, como galpões multi-andares em áreas de alto valor, próximos a grandes centros. Este modelo, já adotado em países como México, China e Estados Unidos, promete retornos significativos.

Panorama logístico no Brasil

Conforme dados da Buildings publicados recentemente na Revista Buildings, diversos fatores têm contribuído para o crescimento do setor logístico no Brasil, em São Paulo e outras regiões.

A exemplo disso, os dados mais recentes do 2T de 2024 apontaram aumento do estoque total.

Do 1T de 2024 para o 2T de 2024, 12 novos empreendimentos logísticos foram entregues. Com isso, o estoque total aumentou em 766 mil m². No 1T de 2024, o novo estoque entregue foi 490 mil m².

Também no 2T/2024, a absorção líquida no Brasil foi positiva em 852 mil m², maior que o trimestre anterior. 

Isso fez com que a taxa de vacância caísse novamente, ficando em 9,23%.Ou seja, apesar do aumento do estoque, as empresas têm tido demanda para absorver.

Para um panorama completo do setor, e a Revista Buildings e conheça a plataforma CRE Tool, o BigData do Mercado de Real Estate. 

BTLG11 compra galpões Classe A em SP por R$ 1,7 bi

18/08 – MoneyTimes

O fundo imobiliário BTG Pactual Logística (BTLG11) anunciou a aquisição de um portfólio de 11 galpões logísticos classe A localizados em São Paulo por R$ 1,7 bilhão. 

A transação demonstra a confiança do fundo no potencial do mercado imobiliário logístico, especialmente em localizações estratégicas próximas a centros urbanos.

Nesse sentido, os imóveis, que totalizam 541 mil m² de área bruta locável (ABL), estão estrategicamente situados em um raio de até 60 km da capital paulista. Vale destacar que a região tem alta demanda por espaços logísticos devido à concentração de consumidores e infraestrutura desenvolvida.

Como resultado, essa localização privilegiada contribui para o potencial de valorização e rentabilidade dos ativos.

Além disso, a aquisição deve impactar positivamente os dividendos do BTLG11, com um aumento estimado de R$ 0,32 por cota.

Vale ressaltar que o fundo anunciou recentemente o pagamento de dividendos de R$ 0,76 por cota em agosto, mantendo assim a estabilidade observada nos últimos seis meses. Sem dúvida, essa consistência na distribuição de dividendos é um fator atrativo para os investidores.

Para saber mais, e a Revista Buildings.

Faturamento do varejo cresce 7% em julho, apesar de queda no fluxo de visitas

21/08 – Mercado & Consumo

O varejo físico brasileiro apresentou uma performance mista durante o mês de julho deste ano. Enquanto o fluxo de visitação em lojas físicas recuou em comparação ao mesmo período do ano anterior, o faturamento do setor mostrou crescimento expressivo de 7% em âmbito nacional.

O Índice de Performance do Varejo (IPV), pesquisa organizada pela HiPartners Capital & Work em parceria com a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), indica que o aumento nas vendas foi impulsionado, em grande parte, pelo crescimento do ticket médio.

Após dois meses de crescimento acentuado, em razão de datas comemorativas como Dia das Mães e Dia dos Namorados, julho registrou uma desaceleração. 

O fluxo de visitação em shopping centers caiu 5%, enquanto as lojas de rua tiveram um recuo mais modesto, de 1%. Esses números indicam uma retração após o forte desempenho observado nos meses anteriores.

Contrariando as expectativas geradas pela diminuição do fluxo, o faturamento geral das lojas físicas cresceu 7%. 

Observou-se esse avanço em todas as regiões do País, com destaque para o Sul e o Nordeste, onde o crescimento alcançou 11%.

Regionalmente, os resultados variaram no que diz respeito ao fluxo de visitantes, com algumas regiões apresentando crescimento e outras, retração. No entanto, todas registraram aumento no faturamento, sinalizando uma recuperação do poder de compra em várias partes do País.

Gestores de FIIs projetam melhora na rentabilidade em 2025 com queda na taxa de vacância

21/08 – InvesTalk

Especialistas em imóveis corporativos trazem uma boa notícia para o universo dos fundos imobiliários (FIIs).

Segundo informaram, a vacância de escritórios comerciais e galpões logísticos na cidade de São Paulo deve voltar ao patamar pré-pandemia no ano que vem.

A taxa deve cair a 15%, sendo que hoje está na faixa dos 20% segundo pesquisas de duas consultorias do setor imobiliários, a JLL e a RealtyCorp.

Os dois levantamentos indicaram que o segundo trimestre de 2024 registrou um aumento nas locações na capital paulista.

Por conta disso, gestores de FIIs de lajes corporativas e galpões calibraram as projeções e, assim, a perspectiva sobre a rentabilidade dos fundos, diretamente ligada à demanda pela ocupação dos imóveis corporativos.

O aumento nas locações, mesmo que em ritmo menos acelerado, chega anos depois do baque nas carteiras imobiliárias provocado pela pandemia da Covid-19.

Taxa de vacância nos condomínios logísticos está diminuindo

Uma gestora especializada em ativos imobiliários, observou que, a taxa de vacância encerrou o primeiro semestre de 2024 em 20,4% na pesquisa feita pela RealtyCorp.

Pelo levantamento, a ocupação líquida média no fim do segundo trimestre deste ano estava em 58 mil m².

Alexandre Despontin, presidente da Mérito, acrescenta ainda que, em 2021, havia feito estudo que indicava que em meados de 2025 a taxa de vacância voltaria para os patamares pré-pandemia, mas que neste ano o estudo foi refeito, apresentando um atraso de cerca de três meses na previsão anterior, jogando essa expectativa de alcançar os níveis de antes da Covid-19 para o final de 2025.

A taxa mais baixa de vacância histórica foi alcançada entre 2011 e 2012, mas o mercado tem utilizado a taxa pré-pandemia, entre 12% e 13%, como a de retomada do mercado (hoje em 20%).

Na área de galpões logísticos, destaca-se uma pesquisa realizada pela JLL que mostra que a taxa de vacância nos condomínios logísticos de alto padrão no Brasil está diminuindo e que este movimento é uma ótima notícia para os gestores de fundos que investem em galpões.

Sobre essa tendência, Mauro Lima, diretor de investimentos da Inter Asset, destaca que o segmento tem duas vertentes de crescimento.

“Uma é natural, inerente a todos os mercados de tijolos, que é o crescimento econômico. O segundo é o e-commerce”, diz Lima. Ele acrescenta que a demanda por FIIs ligados à logística foi muito grande durante a pandemia por causa do comércio eletrônico.

Por conta disso, o especialista lembra que alguns gestores de fundos imobiliários fizeram malabarismos financeiros, comprando galpões logísticos pelo dobro do valor ou até mesmo realizando financiamentos de longo prazo sobre essas aquisições com taxas altas.

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