Resumo da Semana: notícias do mercado imobiliário corporativo #173

Apresentamos abaixo as notícias mais recentes do mercado imobiliário corporativo, de 05/04/2024 a 11/04/2024, além de artigos e conteúdos com temas relacionados. Para se inscrever no canal da Buildings no Youtube, clique aqui.

39 novos shoppings serão inaugurados em 2024, aponta Buildings

10/04 – Revista Buildings

Nem faz tanto tempo assim que os shoppings centers ficaram com suas portas fechadas, em razão do período mais intenso da pandemia. Contudo, desde a reabertura do comércio e a retomada da economia, os resultados consolidados de 2023 estão aí para provar que o setor tomou fôlego, deixando a crise no ado.

Nesse sentido, dados da Buildings apontam que 39 novos shoppings estão previstos para inaugurar em 2024. Isso injetará oportunidades ao mercado de trabalho, à economia e novos negócios serão fomentados.

Atualmente, o setor conta com 719 shoppings em todo o Brasil. A base de dados da Buildings aponta 215 shoppings em São Paulo e 87 no Rio de Janeiro, além de mais de 400 shoppings noutras cidades e estados. Isso representa mais de 18 milhões de m² de área locável total.

E 2024 também está a topo vapor.

Entre janeiro e março deste ano, 1 novo shopping já foi inaugurado. Trata-se do Shopping Brooklyn Alamedas, em Boituva (SP), inaugurado em 21 de março de 2024. Ele possui 33 lojas, sendo 21 satélites e 2 âncoras. O shopping possui 14.200 m² de área bruta locável.

Também no 1T de 2024, cerca de 900 novas lojas foram inauguradas, em diversos shoppings do Brasil.

Em São Paulo, o maior polo comercial e financeiro do Brasil, foram 524 novas lojas no 1T de 2024. Nos demais estados, 531 novas lojas ocuparam espaços dentro dos shoppings.

Quer conhecer um panorama completo do setor? Leia conteúdo exclusivo na Revista Buildings e conheça o Buildings Shoppings.

Áreas para logística ficam mais restritas em São Paulo

10/04/2024 – Valor Econômico

Os galpões para logística de entrega rápida na cidade de São Paulo já enfrentam competição com o segmento residencial na busca por novas áreas para se expandir.

Após a revisão da Lei de Zoneamento e do Plano Diretor da cidade, feitas em 2013 e em janeiro deste ano, a concorrência pode ficar ainda maior, alerta a consultoria imobiliária Binswanger SDS, com possíveis efeitos sobre os preços dos terrenos e dos aluguéis.

Essas revisões ampliaram as zonas de eixo de transporte, onde é possível construir mais. Ao liberar mais construções nessas áreas, o preço dos terrenos também sobe.

Para Paulo Izuka, gerente de inteligência de mercado da Binswanger, deve haver um “efeito dominó” entre as zonas da cidade, com o encarecimento do eixo se espalhando para as outras regiões.

Retornos com os aluguéis

Simone Santos, sócia da consultoria, afirma que a saída tem sido reformar galpões antigos, o que também reduz o tempo de implantação desses espaços – e acelera os retornos com os aluguéis.

É o modelo adotado por Stephen Tanenbaum, fundador da SKUrban, empresa de galpões e serviços logísticos na cidade.

A companhia tem duas áreas em operação em São Paulo, na Lapa e na Aclimação, e está olhando outros espaços.

“Ainda tem vendedores motivados, muita gente que tinha galpão para uso próprio e virou locação para gerar liquidez para outra atividade ou resolver questões familiares”, diz.

Levantamento da Binswanger mostra que a média de preço para uso industrial na cidade, o que inclui logística, foi de R$ 3.833 por metro quadrado, enquanto na análise de 13 empreendimentos residenciais, foi de R$ 14.700.

A diferença é que o setor de logística costuma pagar de forma mais rápida, enquanto no residencial o dono do terreno pode receber apenas um pedaço do valor em um primeiro momento e o restante em permutas por imóveis que serão construídos.

Itaú BBA aponta suas ações de shoppings favoritas entre as gigantes do setor

09/04 – Inteligência Financeira

Os investidores com planos de comprar ações de shoppings agora precisam monitorar com atenção os pontos de entrada nos papéis e os preços. Essa é a avaliação do Itaú BBA, em relatório assinado por especialistas da casa.

O time de imobiliário e construção civil do banco avalia que 2024 deve ser um ano com notícias mistas para o segmento e pouca novidade.

“Antecipamos que este será um ano com crescimento limitado de receita de aluguel para shoppings diante da previsão de IGP-DI em território negativo (o índice é o principal indicador para reajuste de contratos no setor”, escrevem os analistas.

“Sendo assim, o crescimento de receita de aluguel estará atrelado ao spread de renovações e novos contratos”, apontam.

Alocação de capital em novos ativos

Na sequência, os especialistas do Itaú BBA acreditam que a alocação de capital em novos ativos (aquisições) deve continuar neste ano. Porém, eles estimam que o cap rate (taxa de capitalização) irá se manter entre 7% e 8%.

“O que pode causar um sentimento negativo nos investidores, dado que os papéis são negociados com cap rates implícitos de 11% a 13%”, comentam.

Diante do cenário, o Itaú BBA destacou que tem a sua ação preferida entre as empresas de shopping. No entanto, o banco tem recomendação de compra para outros dois papéis.

“Apesar de Multiplan ter nossa preferência, também gostamos de Allos e Iguatemi, e mantemos recomendação de ‘compra’ para MULT3, ALOS3 e IGTI11, com preços-alvo de R$ 32, R$ 31 (de R$ 29) e R$ 29 (de R$ 27), respectivamente, ao fim de 2024”, detalham os analistas.

Eles explicam por que Multiplan é a “queridinha” do setor:

“Além de o papel ter caído 12% no acumulado do ano, o que levou o múltiplo preço em relação ao fluxo de caixa proveniente das operações (P/FFO) de 2024 para 30%, abaixo da média histórica da empresa, vemos que o desconto da companhia em relação às concorrentes reduziu de 25% para 15%”, apontam os especialistas.

Compra da área de fundos imobiliários do Credit Suisse pelo Pátria Investimentos está na reta final

10/04 – Empiricus

Na última terça-feira (10), os fundos imobiliários geridos pelo Credit Suisse convocaram assembleias para aprovar a venda da área de FIIs da CSHG para o Pátria Investimentos.

Em geral, as assembleias têm como objetivo aprovar as seguintes pautas:

1) De forma conjunta:

(i) contratação do Pátria Investimentos como gestor dos respectivos fundos;

(ii) substituição do atual (CSHG) pelo Banco Genial;

(iii) alteração do regulamento dos fundos para refletir as mudanças dos itens “i” e “ii”;

(iv) aperfeiçoamento da política de investimentos dos fundos.

Caso o item “1” seja aprovado, o CSHG Recebíveis Imobiliários (HGCR11) tem alguns pontos adicionais para aprovação:

2) Aquisição de certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) e demais ativos financeiros que sejam:

(a) estruturados e/ou distribuídos pela Genial ou partes relacionadas;

(b) devidos por veículos de investimento istrados pela Genial ou partes relacionadas (que não sejam geridos pelo Pátria).

Em suma, os pontos apresentados visam aprovar questões burocráticas essenciais para a conclusão da transação entre as gestoras.

Em relação aos temas específicos ao HGCR11, são aprovações importantes para a manutenção de um amplo pipeline para o gestor. Vale ressaltar a presença da restrição de investimento em CRIs cujos devedores são geridos pelo Pátria, o que é positivo para mitigar o conflito de interesses.

A votação terá início no dia 12 de abril com término previsto para o dia 24 de maio, sendo o resultado previsto para o dia 27 de maio.

Quem mais ganha com a volta dos colaboradores aos escritórios?

07/04/2024 – Exame

Quatro anos depois da crise sanitária eclodir no Brasil, uma parcela dos trabalhadores ainda continua no modelo home office, mesmo que poucas vezes por semana. 

Contudo, a volta massiva e frequente aos escritórios permanece sendo defendida pelos gestores das empresas.

Segundo especialistas, dizer que a distância não faz diferença alguma, já que é possível fazer reuniões e conduzir projetos em equipe com uso da tecnologia, já não é um argumento tão aceito.

Quando se trata de aprender por meio da colaboração, a presença nas empresas faz diferença. Essa análise é de um professor associado de istração e organizações da Kellogg School.

Estudo sugere aprendizado mais funcional com os funcionários perto

Ao analisar mais de 17 milhões de publicações científicas nos últimos 45 anos, dois professores da Universidade de Hong Kong, descobriram algo interessante: que os pesquisadores cujos funcionários se encontravam no mesmo local tinham muito mais propensão de obter novos conhecimentos de seus colegas de trabalho do que dos que colaboraram a distância.

Estarem juntos fisicamente – e poder ler a linguagem corporal, refletir sobre problemas em um quadro branco e se unir para usar equipamentos de laboratório especializados – é bastante importante quando o conhecimento ainda não está codificado.

“Aprendemos pessoalmente uns com os outros mais do que pensamos”, disse um deles. “Esse aprendizado faz parte do nosso sucesso como seres humanos, especialmente quando se trata de conhecimento novo, ainda não definido. É preciso se estar presente para ver e aprender. E a colaboração no local é a forma de podemos fazer isso”.

Leia mais aqui.

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