Apresentamos abaixo as notícias mais recentes do mercado imobiliário corporativo, de 17/11 a 23/11, além de artigos e conteúdos com temas relacionados. Para se inscrever no canal da Buildings no Youtube, clique aqui.
O rápido crescimento da Shein e Shopee no Brasil; Mercado Livre lidera o ranking do setor
Números do setor de escritórios de São Paulo e Rio de Janeiro foram destaque na 13ª edição do Buildings Exclusive, realizado em São Paulo. Contudo, podemos dizer que o setor que novamente roubou a cena foi o logístico. Nesse sentido, o rápido crescimento da Shein e Shopee em terras brasileiras não pode ar despercebido.
Atualmente, os dados brasileiros apontam 966 condomínios logísticos prontos, o que equivale a 33,8 milhões de m² entregues. Além disso, a atividade construtiva segue aquecida: são 4,2 milhões de m².
Apesar do novo estoque ter alcançado resultados expressivos nos últimos anos, a taxa de vacância segue em queda.
A taxa de vacância no Brasil chegou a 9,1% no 3T de 2023, na mesma média do 2T/2023 e menor que o 1T/2023, que foi 10,58%.
Entre os destaques do setor, o Mercado Livre lidera o ranking com 1,3 milhão de m² de condomínios logísticos. Eles estão distribuídos em 51 ocupações industriais, em diversas regiões.
Embora a Shopee e a Shein não apareçam no ranking de grandes ocupações logísticas, em relação ao tempo de chegada ao Brasil, elas estão bem posicionadas.
A Shopee começou a alugar no Brasil no 3T de 2020, ou seja, no período mais acentuado da pandemia. Atualmente, a empresa ocupa uma área de condomínios logísticos igual a 207 mil m², distribuída em 28 ocupações em condomínios logísticos.
Já a Shein está em terras brasileiras desde o 3T de 2022, há pouco mais de um ano. Durante esse período, a empresa optou por uma única ocupação de 215 mil m² no GLP Guarulhos II, em São Paulo.
A Shopee no Brasil cresceu quase 19 vezes a ocupação em condomínios logísticos em apenas 2 anos. Já a Shein quase triplicou sua operação em apenas 1 trimestre.
Para conferir uma análise completa sobre o setor, leia conteúdo exclusivo na Revista Buildings.
Funcionários que não estiverem no escritório podem não ser promovidos, diz Amazon
Não é de agora que as empresas de tecnologia têm exigido o retorno de suas equipes de trabalho aos escritórios.
A exemplo disso, recentemente a Amazon está reforçando sua política de retorno ao escritório, alertando os funcionários de que a não conformidade pode impactar suas chances de promoção.
A empresa confirmou que aqueles que não trabalham regularmente no escritório, pelo menos três dias por semana, terão qualquer promoção potencial sujeita à aprovação adicional da liderança.
Segundo Brad Glasser, porta-voz da Amazon, há uma “variedade de fatores” considerados ao avaliar a promoção de funcionários, e a conformidade com as diretrizes da empresa é uma delas.
Apesar do retorno ao escritório, a Amazon enfrentou resistência dos funcionários.
Em agosto, a empresa enviou um e-mail de aviso a alguns funcionários de escritório que acreditava não estarem cumprindo suas políticas de retorno. A empresa afirmou ter uma política de exceção para trabalho remoto, avaliada caso a caso.
Investimentos em logística e entrega rápida são estratégias do Mercado Livre para reconquistar clientes
Com a chegado do final do ano, o Mercado Livre (MELI34) definiu seu objetivo para a edição 2023 da Black Friday: usar a sua entrega rápida, uma obsessão da companhia, para reconquistar o cliente que já comprou alguma vez na plataforma e que, por algum motivo, não voltou.
A entrega rápida é uma das “maiores fortalezas” da empresa, mas já não é mais uma “novidade” para seus clientes, lembra Luiz Vergueiro, diretor sênior de logística do Mercado Livre.
Com cerca de 40% de market share no Brasil, o Mercado Livre desenvolveu uma estrutura logística para chegar “ao máximo de cidades possíveis em um ou dois dias”, acrescenta o diretor.
A varejista nascida na Argentina diz entregar no mesmo dia em 193 municípios, em até um dia em 2,9 mil das 5.565 cidades brasileiras (mais da metade do país) e em até dois dias nas demais localidades.
Como trouxemos em conteúdo recente, o Mercado Livre lidera o ranking de condomínios logísticos no Brasil com 1,3 milhão de m² locados. Estes galpões estão distribuídos em 51 ocupações industriais, em diversas regiões.
Conforme mapeamento da Buildings, instalada no Brasil desde o 2T de 2018, quando ocupou inicialmente 50 mil m² de área, a gigante argentina está agora em 51 locações diferentes.
A empresa inaugurou em agosto um novo centro de distribuição em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, e em outubro um centro de distribuição em Betim, Minas Gerais, para atender toda a região de Belo Horizonte.
Além disso, apenas no 2T de 2023, a empresa alugou áreas em três novos condomínios: Nova Lima Business Park, Eco Park II e Cargo Park. Na somatória, essas áreas chegaram a 35 mil m².
Além dos 10 centros de distribuição (CDs) espalhados pelo país, que funcionarão em plena capacidade na Black Friday, o Meli também conta com uma frota de 8 aviões, 4,5 mil agências que são usadas como pontos de coleta e troca para consumidores e 127 pontos logísticos menores, que am a operação.
Locação de prédios corporativos no trimestre iguala nível anterior à pandemia
O mercado de prédios de escritórios de alto padrão na cidade de São Paulo teve um nível elevado de locações nos últimos meses, alcançando patamares similares ao do período anterior à pandemia.
Essa avaliação é da consultoria imobiliária JLL.
A notícia indica uma recuperação do setor, que tem sofrido desde que o home office se tornou algo comum no mundo do trabalho.
O saldo entre áreas alugadas e devolvidas (a chamada absorção líquida, no jargão do mercado) foi de 51 mil m² no terceiro trimestre de 2023.
O número equivale a sete campos de futebol e representa o maior nível de atividade desde a chegada da pandemia, no início de 2020.
No acumulado do ano, a absorção líquida foi de 64 mil m². Ou seja, o ano começou com poucos negócios, refletindo as preocupações de empresários com a troca de governo, mas ou por um reaquecimento nos meses mais recentes.
A quantidade total de áreas alugadas, ou absorção bruta (sem considerar áreas devolvidas), foi de 121 mil m² no terceiro trimestre, o segundo maior nível de locações desde o início de 2020. No acumulado deste ano, a absorção bruta chegou a 283 mil m².
FIIs já compraram quase R$ 8 bilhões em imóveis em 2023
O mercado de fundos imobiliários retomou em 2023 a captação de novos recursos e os FIIs não perderam tempo para investir o capital obtido nas novas ofertas. Ao longo do ano, as carteiras já desembolsaram quase R$ 8 bilhões na compra de imóveis.
Nos últimos anos, os fundos imobiliários perderam atratividade e valor na Bolsa de Valores diante das restrições impostas pela pandemia da Covid-19 e do ciclo de alta da taxa Selic, que subiu de 2% para 13,75% em 18 meses – movimento que favoreceu as aplicações de renda fixa.
Desta forma, o cenário de cotas desvalorizadas inviabilizou a realização de novas emissões dos fundos imobiliários. Isso porque o valor dos novos papéis normalmente é fixado acima do valor patrimonial do fundo.
Com a recuperação do mercado nos últimos meses – alta de mais de 15% de abril para cá – as emissões voltaram e os investimentos dos FIIs também, especialmente os realizados pelos fundos de “tijolo”, que investem diretamente em imóveis.
As transações já somam mais de R$ 7,8 bilhões em 2023.
Entre os destaques está a realizada pelo CSHG Logística (HGLG11), que comprou o portfólio do também fundo imobiliário GTIS Brazil Logistics (GTLG11) por R$ 1,373 bilhão.
Todos os resultados dos dez maiores negócios do ano estão disponíveis no InfoMoney.
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