Resumo da Semana: notícias do mercado imobiliário corporativo #151

Apresentamos abaixo as notícias mais recentes do mercado imobiliário corporativo, de 27/10 a 01/11, além de artigos e conteúdos com temas relacionados. Para se inscrever no canal da Buildings no Youtube, clique aqui.

Centro de Santiago tem vacância baixa, contudo alguns imóveis estão vagos há mais de três anos

30/10 – Revista Buildings

Dados da Buildings apontam que a região Centro tem um total de 18 imóveis com vacância alta, totalizando 63 mil m².

Após a crise desencadeada pela pandemia de Covid-19, o mercado de escritórios teve uma mudança de rumo. Tanto no Brasil quanto no Chile.

Notícia sobre o mercado Classe A aponta que os bairros de El Bosque, El Golf, Nueva Las Condes e Nueva Costanera estão sob a lupa de empresas que procuram um lugar para se instalar. Isso tem sido demonstrado pela tendência de queda na taxa de vacância desses submercados. 

De acordo com relatório da CBRE, empresa de serviços e investimentos imobiliários, o mercado de escritórios Classe A mostra resultados positivos na absorção de áreas na zona leste da capital.

Já no Centro de Santiago, segundo avaliação da Buildings, há uma dificuldade de encontrar ocupantes que se interessem pelas áreas atuais disponíveis, apesar de a taxa de vacância não estar alta pelos segmentos do setor público.

Embora a taxa de vacância na região seja baixa, segundo dados da Buildings – próximo dos 10%, considerada saudável para o setor –, o número de edifícios com área disponível é 125 do total de 291 imóveis, e muitas destas áreas estão sem ocupantes há um bom tempo.

A Buildings relacionou os edifícios do Centro de Santiago que contém disponibilidade de áreas acima de 2 mil m². Trata-se de 18 imóveis com vacância total de 63 mil m², sendo:

  • 22% estão sem locação pelo período inferior há 1 ano
  • 11% estão sem locação acima de 1 ano
  • 11% dos imóveis estão sem locação acima de 2 anos
  • 56% dos imóveis estão sem locação acima de 3 anos

A Property Partners destacou que hoje existem várias alternativas de sublocação e autodesenvolvimento para os espaços de escritórios liberados no Centro de Santiago. Além disso, apontaram que esses espaços podem ser transformados para novos usos alternativos.

Entre essas alternativas para baixar a vacância dos imóveis vagos há mais tempo do que o esperado, a transformação dos prédios comerciais – partindo para o conceito multifamily – tem ganhado força.

Para entender o conceito multifamily que promete movimentar o setor de escritórios, leia conteúdo exclusivo na Revista Buildings. 

Em alta, fundo imobiliário compra galpão logístico

30/10 – Money Times

O índice de fundos imobiliários (Ifix) da B3 oscilou em mais um pregão e fechou praticamente estável à véspera do fim de outubro, mês que marcará sua primeira derrocada.

Desta forma, o Ifix fechou aos 3,156 pontos, com ligeira alta de 0,01%, após ajustes e operar com ganhos e perdas ao longo do dia.

Entre os mais de 100 fundos listados no índice, o JS Real Estate Multigestão (JSRE11) fechou com a maior alta pelo segundo pregão seguido (+3,73%).

Em contrapartida, o BTG Pactual Terras Agrícolas (BTRA11) exibiu a maior desvalorização do dia, de 2,43%.

Aproveitando o momento positivo para o segmento, o fundo imobiliário Zavit Real Estate (ZAVI11) assinou o compromisso de compra de um galpão logístico, por R$ 18 milhões.

Em comunicado, o FII explica que o imóvel tem 11 mil metros quadrados de terreno e 7,6 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL). Contudo, a localização da propriedade não foi divulgada.

O galpão será usado como centro de distribuição de uma empresa do ramo automotivo.

O fundo imobiliário diz que a aquisição será paga por meio de operação de securitização. Além disso, o FII calcula que, quando concluída a compra, ará a ter 100,5 mil metros quadrados de ABL e 54% dos ativos de seu portfólio serão do ramo de logística.

Pesquisas apontam que 36% dos cariocas atuam no modelo híbrido e 26% atuam em regime totalmente remoto

31/10 – G1

Uma pesquisa apontou que 62% dos trabalhadores do Rio de Janeiro fazem home office pelo menos um dia por semana.

O levantamento encomendado pelas plataformas de moradia QuintoAndar e Imovelweb mostrou que 36% dos cariocas atuam no esquema híbrido. Já outros 26% dos trabalhadores da capital fluminense atuam em regime totalmente remoto.

O gerente de Dados do Grupo QuintoAndar, Thiago Reis, disse que o papel da casa foi ressignificado durante a pandemia. Na época, segundo ele, a moradia ou a ser um espaço também de trabalho.

Thiago ainda lembrou que 56% dos entrevistados na pesquisa preferem ter, pelo menos, um dia de trabalho remoto na semana.

“Apesar de as pessoas estarem voltando aos poucos aos escritórios, a casa segue com a sua importância. Antes da crise sanitária, apenas 7% faziam home office de modo exclusivo e só 15% atuavam de forma híbrida no Rio. Hoje, 56% dos entrevistados preferem trabalhar pelo menos um dia em casa”, destaca Thiago Reis.

Sexta-feira é o dia da semana em que as pessoas mais trabalham de casa no Rio, segundo o levantamento da QuintoAndar. Ao todo, 37% dos entrevistados afirmam que podem fazer home office nesse dia.

Já a segunda-feira é o segundo dia mais escolhido para o trabalho remoto no Rio, com 36% das respostas.

A pesquisa nacional mostrou que 40% dos brasileiros que trabalham em casa possuem um local exclusivo para a atividade. Já 30% dos entrevistados disseram que não contam com um ambiente próprio para o trabalho. E 27% utilizam um cômodo compartilhado.

Para quem adotou as novas dinâmicas de trabalho no pós-pandemia, a principal mudança ou a ser não perder mais tempo no deslocamento casa/trabalho.

No Rio de Janeiro, o tempo médio de deslocamento, segundo a pesquisa, é de 48 minutos. Entre as principais capitais do país, o carioca só a menos tempo no trânsito, em média, do que o paulistano, que tem 51 minutos de tempo médio de deslocamento.

Foram entrevistados 1.914 brasileiros, com 18 anos ou mais, de todas as classes sociais, nas 27 capitais do Brasil.

No Rio, 207 pessoas foram ouvidas. O levantamento foi feito de 31 de agosto a 18 de setembro e tem margem de erro de 2 pontos percentuais, com um intervalo de confiança de 95%.

Uber dobra área alugada de fundo imobiliário em SP

27/10 – Info Money

A Uber do Brasil Tecnologia vai ampliar a área alugada no edifício Faria Lima Plaza, localizado em São Paulo (SP), e que tem entre os proprietários o FII de escritório XP Properties (XPPR11).

De acordo com o último relatório gerencial do fundo imobiliário, a empresa já ocupava 1,8 mil metros quadrados do imóvel e respondia por 10% da receita da carteira.

Agora, a inquilina formalizou o aluguel de mais 2,04 mil metros quadrados do 19º pavimento do edifício. O novo vínculo tem prazo de seis anos, aponta a gestão do XPPR11, que conta com 30% de participação no Faria Lima Plaza.

“A receita acumulada bruta do aditamento do contrato, considerando a soma dos recebíveis relativos aos 24 primeiros meses de vigência e com base na proporção de 30,0%, é estimada em R$ 0,21 por cota”, calcula o time de gestores. “A receita mensal bruta, sem considerar a correção inflacionária prevista no aditamento, é estimada em R$ 0,01 por cota”, completa.

A alavancagem (endividamento) da carteira está hoje em R$ 591 milhões, de acordo com o último relatório gerencial. O patrimônio líquido do fundo é de R$ 512 milhões.

Requalifica Centro: Prefeitura de SP aposta em retrofits para ocupar imóveis vagos

27/10 – Valor Econômico

A Prefeitura de São Paulo vai ajudar empresas do mercado imobiliário a investirem na modernização de prédios na região central da cidade. Segundo informe, vai liberar R$ 1 bilhão para companhias que atenderem ao chamamento público e se enquadrarem no edital. Este será lançado nos próximos dias.

Com isso, as empresas do mercado imobiliário terão até 25% dos seus gastos com obras pagos pelo município. Trata-se de mais um incentivo para a realização de retrofits – termo bem conhecido pelo setor imobiliário. 

Retrofit é uma técnica de engenharia que moderniza prédios antigos ou em desuso – comerciais ou residenciais – para que fiquem como novos, sem a necessidade de demolição ou alteração significativa da estrutura. 

A prefeitura já tem em curso um programa de incentivos para esse tipo de renovação, o Requalifica Centro. Segundo consta, o programa oferece isenção de impostos nos distritos República e Sé, além da cracolândia.

O decreto que concede o novo estímulo foi assinado na última sexta-feira (27) pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), durante a inauguração do edifício Renata Sampaio Ferreira. 

O prédio que integra o patrimônio urbanístico municipal é o primeiro incluído no Requalifica Centro a ser entregue. Existem 14 projetos semelhantes na prefeitura.

Como já trouxemos em conteúdos recentes, por falta de terrenos na cidade para novas construções, o retrofit de prédios comerciais também se tornou opção em São Paulo.

O exemplo mais recente de retrofit em edifício comercial foi protagonizado pela São Carlos, e ocorreu na Avenida Paulista, um dos cartões postais da cidade. Há pouco menos de um ano, a São Carlos entregou um prédio corporativo na Alameda Santos, ao lado da Avenida Paulista, um retrofit de 12 meses. 

Investir em retrofit traz diferentes benefícios ao imóvel, especialmente para os centros urbanos nas grandes cidades. A prática proporciona modernização tecnológica e consequente redução de custos. 

Para os novos inquilinos e empresas ocupantes oferece satisfação, sendo também uma maneira de modernizar a região e tirar o aspecto de “abandono” do espaço.

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