Resumo da Semana: notícias do mercado imobiliário corporativo #150

Apresentamos abaixo as notícias mais recentes do mercado imobiliário corporativo, de 20/10 a 26/10, além de artigos e conteúdos com temas relacionados. Para se inscrever no canal da Buildings no Youtube, clique aqui.

Nordeste tem menor taxa de vacância histórica em condomínios logísticos

25/10 – Revista Buildings

O boom do setor logístico nos últimos anos – desde o início da pandemia – apresentou números expressivos de crescimento para o setor.

Agora, com o fechamento do 3T de 2023, conforme os dados apurados pela Buildings, é possível identificar alguns destaques interessante noutra região do Brasil.

Os dados do 3T/2023 apontam que o Brasil possui hoje 33,6 milhões de m² locáveis de galpões em condomínios logísticos. A região Sudeste é, sem dúvida, a maior detentora: são 24,8 milhões de m² desse estoque.

Por região, o Nordeste aparece em segunda colocação: detém 3,1 milhões de m² do estoque nacional, no total de 91 condomínios prontos para ocupação. 

Além disso, se destaca pelo novo estoque entregue no 3T: foram 116 mil m² ante 28 mil do trimestre anterior (2T/2023).

Contudo, o dado mais interessante do trimestre se refere à menor taxa de vacância histórica da região: apenas 4,90%. Vale observar que ela já vinha em queda desde o 3 trimestre de 2021.

Outro dado que rouba a cena é a atividade construtiva aquecida: são 567 mil m². A atividade construtiva é um indicador que consolida o forte potencial para entregar novas ofertas ao setor logístico no Nordeste, ao mesmo tempo que encontra empresas para usufruir dessa demanda.

Para saber todos os resultados do setor logístico no Nordeste, e conteúdo exclusivo na Revista Buildings

Fundo Imobiliário VISC11 conclui compra de participação em 3 shoppings por R$ 283,8 milhões

24/10 – Eu Quero Investir

O fundo Vinci Shopping Centers (VISC11) concluiu a aquisição de participação em três shoppings, pelo valor de R$ 283,8 milhões. São eles:

  • 6,0% do Shopping Conjunto Nacional, em Brasília (DF);
  • 29,99% do Natal Shopping, em Natal (RN);
  • 45,0% do Via Sul Shopping, em Fortaleza (CE).

O fundo fez o pagamento da entrada no valor R$ 220,2 milhões, e o valor restante, de R$ 63,6 milhões, será pago em outubro de 2024, sem incidência de correção monetária.

Foto: Divulgação

O fundo já ou a receber o resultado operacional líquido dos ativos, em regime caixa, desde a última terça-feira (24), quando ocorreu a do contrato.

“Nessa transação, a gestora estima um cap rate de 8,9% para os próximos 12 meses e um yield de primeiro ano de 9,5% considerando apenas a parcela paga à vista”, afirmou o fundo em fato relevante.

A verba para compra foi captada na 9ª emissão de cotas do VISC11, encerrada no começo deste mês com a captação de cerca de R$ 353 milhões. O fundo já aprovou em AGE (assembleia geral extraordinária) a realização da 10ª emissão, que ainda está sendo preparada e tentará captar até R$ 700 milhões.

Com as aquisições, o VISC11 adicionou 23 mil metros quadrados de ABL (área bruta locável) própria ao portfólio, e hoje conta com participação em 23 shopping centers, com 250 mil m² de área bruta locável, distribuídos em 14 estados com presença em todas as regiões do país.

Para quem tem interesse no setor de shoppings centers, o Módulo Shoppings da Buildings, dentro da plataforma CRE Tool, reúne dados e informações de diversos shoppings do Brasil. Para saber mais, agende uma apresentação.

Além disso, dentro da Plataforma CRE Tool é possível consultar o novo de Cap Rate, funcionalidade que permite aos clientes a consulta da taxa de capitalização de uma potencial transação em determinado imóvel.

Leia mais aqui.

XP Malls, Hedge Brasil Shoppings e Vinci Shopping Centers: captações de fundos de shoppings somam R$ 1,8 bi

25/10 – Estadão

As emissões de cotas pelos fundos de investimentos imobiliários (FIIs) especializados em shopping centers já captaram R$ 1,8 bilhão neste ano.

Esse levantamento é do Itaú BBA. 

Além do valor alto, também chama a atenção o fato de que as gestoras conseguiram arrecadar mais recursos do que os previstos inicialmente, evidenciando o apetite de investidores pelo segmento.

O fundo XP Malls é o maior exemplo disso. Em junho, ele finalizou uma oferta que pretendia captar R$ 200 milhões e acabou chegando a R$ 375 milhões.

Devido à procura, o fundo abriu uma nova captação para levantar mais R$ 450 milhões e alcançou R$ 562 milhões com os lotes adicionais.

Outro exemplo é o Hedge Brasil Shoppings. O fundo almejava uma oferta de R$ 500 milhões, mas terminou em R$ 607 milhões, em outubro. 

Por sua vez, o fundo Vinci Shopping Centers atingiu a marca de R$ 353 milhões, em linha com o lote inicial.

No momento, existem ao menos mais duas emissões de cotas em andamento. Uma delas é uma oferta do fundo Malls Brasil, cujo lote inicial é de R$ 200 milhões. E há a oferta inicial de cotas do recém-criado AJ Malls, de R$ 500 milhões.

O AJ Malls, por exemplo, foi criado para comprar uma participação relevante nos shoppings da Almeida Junior, em Santa Catarina. Por sua vez, a Vinci usou o dinheiro para comprar fatias no Shopping Conjunto Nacional, em Brasília, o Natal Shopping e Via Sul, em Fortaleza, todos da Ancar Ivanhoe. 

A Hedge fez quatro aquisições, entre eles o Shopping Jardim Sul, da Allos.

Bresco Logística recebe notificação de rescisão antecipada do Grupo Pão de Açúcar

20/10 – Empiricus

Na última semana, o Bresco Logística (BRCO11) comunicou o recebimento da notificação de rescisão antecipada do Grupo Pão de Açúcar (GPA).

A companhia é locatária de 100% do imóvel GPA CD04, localizado na cidade de São Paulo e classificado como 3A. O ativo conta com 35,5 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL), representando 9,1% da ABL do BRCO11 e 12% da sua receita de locação (cerca de R$ 0,09 por cota mensal).

O contrato, que possui vigência até agosto de 2028, conta com aviso prévio de 9 meses, ou seja, o imóvel seria efetivamente desocupado em julho do próximo ano, mediante pagamento de multa no valor de 3 vezes o aluguel pago atualmente pelo inquilino.

Nesse contexto, o atual nível de receita do BRCO11 não deve ser impactado até o final do próximo semestre.

Recentemente, o fundo também recebeu a notificação de rescisão antecipada de parte do contrato de locação com a Magazine Luiza e com o Carrefour no Bresco Contagem, que deve ocorrer entre janeiro e fevereiro de 2024.

Além disso, é esperado que a ocupação do BRCO11 caia para 84% até meados do próximo ano, caso não tenham novas locações.

CEO da BR Properties explica quando os fundos de lajes corporativas são boas oportunidades

25/10 – FIIs.com.br

Segundo levantamento da XP, os fundos imobiliários de lajes corporativas possuem os maiores descontos em relação aos seus valores patrimoniais. Será que esse cenário oferece oportunidades de investimentos?

De acordo com Martín Jaco, CEO da BR Properties e responsável pela gestão do BROF11, o investidor precisa ficar atento.

Em entrevista, Jaco comenta que há fundos imobiliários de escritórios com descontos entre 30% a 45%. Porém, nem todos são boas opções de investimentos. Afinal, o investidor precisa entender as possíveis razões da queda dos preços desses FIIs.

“Uns estão com esses descontos por causa do problema de qualidade do seu portfólio. Outros fundos simplesmente estão descontados porque o mercado ainda não está no radar dos investidores”, comenta Jaco.

No geral, o gestor diz que o maior impacto do mercado de escritórios está relacionado aos fundos com ativos mal localizados.

Com o fim da pandemia, os fundos de shoppings performaram melhor, já os de FIIs lajes corporativas, foram mais lentos. “Exatamente aí que está a maior oportunidade para o investidor”, destaca.

O gestor cita que os edifícios de qualidade continuaram com alta ocupação. “No Rio de Janeiro, o BROF11 tem o eio Corporate, com 95% de ocupação”.

Na Faria Lima, em São Paulo, a média de vacância é baixa, em torno de 5%.

“O que não tivemos ainda foi a recuperação de valores”, lamenta. Como são contratos longos de locação, o fundo não consegue revisar os valores.

Portanto, os fundos com portfólio de qualidade e preço abaixo do patrimonial ganham destaque. Por fim, o CEO adverte que o investidor precisa entender os ativos que estão dentro do fundo, a localização dos imóveis e a diversificação dos inquilinos.

Para conhecer o trabalho da BR Properties e obter informações do BROF11, confira na Revista Buildings uma entrevista exclusiva Martín Jaco

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