Resumo da Semana: notícias do mercado imobiliário corporativo #149

Apresentamos abaixo as notícias mais recentes do mercado imobiliário corporativo, de 13/10 a 19/10, além de artigos e conteúdos com temas relacionados. Para se inscrever no canal da Buildings no Youtube, clique aqui.

Em pouco tempo, Shein já aparece entre as maiores ocupantes em metro quadrado do varejo no Brasil

18/10 – Suno

O crescimento da Shein no Brasil já não é apenas no volume de vendas. Agora, a varejista chinesa também conquistou um destaque territorial, com um total de 135,3 mil metros quadrados alugados no condomínio de logística GLP Guarulhos 2, na Grande São Paulo.

Com o programa Remessa Conforme, que permite a isenção de impostos em produtos importados de até US$ 50 (aproximadamente R$ 250), a expansão da loja online se concretiza com mais intensidade.

Segundo o monitoramento da Binswanger Brasil, a e-commerce agora responde por mais da metade da metragem entre as 11 transações principais do segmento de varejo, após o contrato em Guarulhos. 

Ao todo, sua locação em galpões logísticos de alto padrão já somam 216 m² em Guarulhos, figurando como uma das maiores ocupantes em m² no país.

À frente da Shein, estão marcas há mais tempo no mercado, como o Mercado Livre (MELI34), a Amazon (AMZO34), a Magazine Luiza (MGLU3), a controladora da Americanas (AMER3) e Submarino, B2W, e o Grupo Casas Bahia (BHIA3).

Apesar da liderança na metragem ocupada pela Shein, Shopee (30,5 mil m²), MoveMax (25 mil m²) e outros nomes do e-commerce também fecharam contratos no GLP Guarulhos, totalizando 66% do inventário locado na região.

Segundo a consultoria Newmark, as novas áreas locadas, medidas em “absorção bruta”, representaram 492 mil m² apenas no terceiro trimestre, um valor 34,4% maior do que em relação ao trimestre anterior.

Para saber mais, e o CRE Tool, plataforma de dados imobiliários da Buildings. 

Gestores enxergam FIIs de shopping com maior potencial de valorização

15/10 – InfoMoney

Quem acompanha o setor de FIIs, sabe que o mercado de fundos imobiliários acumula seis meses seguidos de ganhos. O IFIX, principal índice de fundos imobiliários da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou o mês de agosto com alta de 0,49%, aos 3.212,81 pontos.

No ano de 2023, o índice acumula uma performance positiva de 12,06%.

Esse resultado é positivo e, segundo especialistas, há espaço para uma valorização ainda maior. 

Em relatório, Maria Fernanda Violatti, chefe de análise de fundos listados do research XP, chama a atenção para o período de reavaliação patrimonial dos imóveis dos FIIs.

“A tendência de queda da taxa Selic pode influenciar significativamente as avaliações patrimoniais de imóveis, tendo efeitos potencialmente positivos sobre o valor dos espaços e, consequentemente, [na valorização] dos fundos imobiliários”, analisa Maria Fernanda.

Maria Fernanda explica que a redução da Selic – que caiu de 13,75% para 12,75% ao ano de agosto para cá – reduz a rentabilidade das aplicações de renda fixa que têm a taxa como referência. Além disso, eleva a procura por imóveis como alternativa de investimento. Isso contribui para a valorização cada vez maior dos espaços.

Os FIIs XP Malls (XPML11) e The One (ONEF11) já realizaram a reavaliação patrimonial em 2023 e reforçam a tese da analista. 

Nos dois casos, o procedimento elevou o preço justo dos imóveis dos fundos em 13%. A expectativa é que os principais fundos do mercado realizem a reavaliação até o final do ano.

Além disso, 87% dos gestores que tratam do assunto enxergam que os fundos de shoppings possuem o maior potencial de valorização após a reavaliação patrimonial.

Os FIIs Vinci Shopping Centers e Hedge Brasil Shopping se destacaram por apresentar maior potencial de valorização.

Para saber mais, e a Revista Buildings.

Pesquisa aponta que 90% dos CEOs estão dispostos a premiar funcionários que trabalharem presencialmente

14/10 – Época Negócios

Pesquisa com mais de 1.300 CEOs pelo mundo mostra que a grande maioria deles (72%) considera que o investimento em inteligência artificial (IA) é prioritário, mas 81% temem problemas éticos e com a falta de regulação sobre o uso da tecnologia.

Os dados são do relatório “CEO Outlook 2023”, da consultoria KPGM.

O levantamento também mostra que 90% dos CEOs consideram premiar funcionários que optarem por trabalhar presencialmente, dando tarefas melhores, aumentos e promoções.

Segundo a KMPG, 62% dos executivos gostariam que o modelo presencial fosse adotado nos próximos três anos. É uma grande mudança em relação a 2022, quando apenas 34% queriam isso (então, a expectativa neste ano quase dobrou).

Para 34% dos CEOS, os funcionários devem ficar no modelo híbrido, e somente 4% defendem o trabalho de forma totalmente remota.

De acordo com o levantamento:

  • 62% gostariam que o trabalho presencial fosse predominante na empresa
  • 90% dizem que premiariam aqueles que optassem pelo presencial
  • 81% temem falta de regulação de IA
  • 72% dizem que o investimento em IA é prioritário
  • 57% dizem estar investindo em novas tecnologias
  • 43% dizem estar investindo em capacitação de pessoal

Quando questionados sobre as vantagens da implementação de IA em suas organizações, os CEOs citam o aumento de lucro, oportunidades de crescimento e de criação de novos produtos, como alguns dos principais ganhos.

Além disso, os CEOs ouvidos pelo levantamento se mostram confiantes com o crescimento de suas empresas (79%) e da economia global (77%), apesar de dificuldades estruturais, como inflação, alto custo para captação de capital, transição energética e mudanças no mercado de trabalho.

A maioria dos CEOs também disse estar aberta para oportunidades de fusões e aquisições, com 54% deles apontando que estão dispostos a apostar em aquisições que terão um impacto significativo nas suas companhias.

Shopping da Bahia tem participação vendida para FII XPML11 em operação de R$ 115 mi

18/10 – InfoMoney

O FII XP Malls concluiu, na última quarta-feira (18), a compra de mais 6% de participação no Shopping da Bahia, localizado em Salvador. O fundo pagou R$ 115,1 milhões pela fatia do empreendimento.

Com a aquisição, a carteira a a contar com 18,10% do complexo comercial inaugurado em 1975. O espaço conta uma área bruta locável (ABL) de 68,6 mil metros quadrados.

“O fundo estima que o impacto financeiro da transação sobre o resultado operacional da carteira nos próximos 12 meses será de, aproximadamente, R$ 8,036 milhões”, detalha comunicado do XPML11 ao mercado.

“[O montante representa] assim uma potencial distribuição anual de dividendos bruta de aproximadamente R$ 0,26 por cota”, complementa o texto.

A carteira imobiliária do fundo conta com participação em 15 shoppings centers – espalhados por três regiões do país – e uma área bruta locável (ABL) própria de mais de 135 mil metros quadrados.

No mês ado, o fundo assinou contrato para aquisição de 10% do Plaza Sul Shopping Center, localizado em São Paulo (SP). O negócio com a Allos (ALSO3) – antiga Aliansce Sonae e então proprietária da fatia – está avaliado em R$ 60 milhões.

SPX capta R$ 75 milhões para fundo imobiliário

18/10 – Pipeline

A SPX Capital, gestora de Rogério Xavier, acaba de captar R$ 75,2 milhões em uma nova emissão para um dos seus fundos imobiliários, o SPX Syn Multiestratégia (SPXS11), que investe em CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), LCIs (Letras de Crédito Imobiliário), debêntures e ações de empresas do segmento listadas na bolsa.

Embora seja mais conhecida pela sua estratégia para multimercados, a casa tem apostado em fundos imobiliários há pouco mais de dois anos, quando criou a área em parceria com a SYN Prop Tech, antiga Cyrela Commercial Properties.

O objetivo é recorrer à expertise em análise macroeconômica da gestora para aproveitar oportunidades, como a perspectiva de novas reduções da Selic mais à frente.

“Gostamos de aproveitar para investir quando os juros estão altos para sair quando as taxas estiverem mais baixas”, afirma Pedro Daltro, que comanda a área de real estate da SPX.

No caso do SPXS11, a maior parte está alocada em CRIs (58%) e em cotas de fundos imobiliários (22%). Mas há também uma fatia menor, de 5%, que está investida em ações de companhias ligadas ao setor, como os shoppings centers, que estão sendo negociadas com desconto em relação ao valor patrimonial de seus ativos.

“Hoje é melhor comprar ações de shoppings centers”, diz.

No ano até setembro, o portfólio do fundo acumula um ganho de 12,7%, considerando a variação patrimonial da cota e os dividendos distribuídos, contra alta de 9,9% do CDI. A carteira foi lançada em agosto do ano ado e soma patrimônio de R$ 194 milhões.

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