Resumo da Semana: notícias do mercado imobiliário corporativo #147

Apresentamos abaixo as notícias mais recentes do mercado imobiliário corporativo, de 29/09 a 05/10, além de artigos e conteúdos com temas relacionados. Para se inscrever no canal da Buildings no Youtube, clique aqui.

São Paulo se destaca na ocupação de galpões logísticos na América Latina

04/10 – Revista Buildings

De acordo com os dados da Buildings, o setor logístico no Brasil teve um grande desempenho durante a pandemia de Covid-19. Para se ter ideia, apenas nos dois primeiros anos da crise sanitária, o mercado ganhou o acréscimo de quase 5 milhões de m² de novos galpões. 

No Brasil, atualmente são 778 condomínios logísticos prontos para ocupação. Isso totaliza 33,6 milhões de m² de estoque total. Além disso, ainda há mais de 4,1 milhões de m² de atividade construtiva no 3T de 2023. E mais 21 milhões de m² em projeto.

Quanto à taxa de vacância, ela caiu de 9,12% no 2T para 8,72% no 3T de 2023.

Em São Paulo, o maior polo logístico do Brasil, o setor logístico e industrial pulou de 167 condomínios classe A no 2T de 2020 (início da pandemia) para 207 condomínios classe A no 3T de 2023. Isso representa 13,4 milhões de estoque total, com 1,8 milhão de m² de atividade construtiva (3T de 2023). 

A taxa de vacância caiu para 9,73% no 3T de 2023 ante 10,58% no 2T de 2023.

Na esteira deste bom desempenho, notícia da Folha de S.Paulo aponta que São Paulo fechou o primeiro semestre na liderança entre as cidades da América Latina com o maior saldo entre as devoluções e contratações de galpões industriais e logísticos de alto padrão.

Esse indicador se refere à absorção líquida, e é medido trimestralmente.

De acordo com a consultoria imobiliária Newmark, no comparativo, o total de espaço ocupado em São Paulo foi de 637 mil m², quase o dobro do registrado em São José (Costa Rica), com 346 mil m², e Bogotá (Colômbia), com 246 mil m².

Em relação ao estoque total, São Paulo perde apenas para a Cidade do México. Na capital paulista são 13,03 milhões de m², ante 13,90 milhões de m² da cidade mexicana.

Para saber mais, e a Revista Buildings

Shoppings fecham 127 lojas em agosto; três novos shoppings serão inaugurados até dezembro

02/10 – Meio & Mensagem

Analistas do Bank of America (Bofa) perceberam que agosto foi marcado pela evasão de varejistas das principais redes de shopping centers do país. 

Segundo apontaram, o mês teve o fechamento de 127 lojas, ofuscando as 82 inaugurações de julho. Das varejistas que lideraram os fechamentos, a maior parte são de empresas que buscam reorganizar as contas em meio a altos endividamentos.

Com isso, o terceiro trimestre ficou com um saldo de 45 lojas a menos. 

O levantamento do Bofa tem dados líquidos, isto é, representam o saldo de aberturas e fechamentos de lojas no período. A pesquisa abrangeu 146 shoppings, com cerca de 28 mil lojas ao todo.

A Polishop se destacou por ser a empresa que mais fechou lojas em agosto: foram nove no total. Para se ter ideia, notícia do Estadão apontou que a varejista brasileira fechou mais de 100 unidades em alguns shoppings do Brasil.

No ano todo até agosto, a Polishop fechou 22 unidades em shoppings, segundo relatório do Bofa.

Se por um lado há empresas baixando suas portas, por outro, em breve três novos shoppings vão aquecer ainda mais o setor. Esses dados são do Módulo Shoppings da Buildings

Os shoppings previstos para serem inaugurados até dezembro deste ano estão localizados em Curitiba (PR), Boituva (SP) e Rio das Ostras (RJ).

Os dois primeiros – Macopa Eco Mall e Shopping Brooklyn Alamedas – acontecerão em novembro; o terceiro – Shopping Plaza Rio das Ostras está apontado para dezembro.

No total, os três empreendimentos somam mais de 44 mil m² de área bruta locável.

Para quem tem interesse no setor de shoppings centers, o Módulo Shoppings da Buildings, dentro da plataforma CRE Tool, reúne dados e informações de diversos shoppings do Brasil.

Para saber mais, agende uma apresentação.
Saiba mais aqui.

Fundos de shoppings ganham espaço na carteira recomendada de outubro

03/10 – Eu Quero Investir

A EQI Research ampliou a presença dos fundos de shopping centers na atualização da Carteira Recomendada de FIIs para o mês de outubro. Isso aconteceu com a entrada do fundo XP Malls (XPML11) e o foco na projeção de boa rentabilidade para o setor com a proximidade das festas de fim de ano. Agora, o segmento equivale a 15% da carteira, ante 10% em setembro.

Para acomodar o novo ativo, com 7,5% de participação, a casa reduziu a participação de outro fundo de shopping, o Genial Malls (MALL11), de 10% para 7,5%, e também baixou a participação do fundo de varejo CSHG Renda Urbana (HGRU11), de 10% para 5%.

Os demais fundos tiveram sua participação mantida.

Os dois fundos que tiveram sua participação reduzida foram os de melhor desempenho individual ao longo do mês de setembro: o HGRU teve alta acima de 4% e o MALL11, de 1,53%.

Na média, a carteira se valorizou em 0,51%, num mês em que o IFIX, índice de Fundos Imobiliários, permaneceu praticamente estável.

Modelo de trabalho home office perde força no mundo

02/10 – Correio do Povo

ada a pandemia, quando muitas empresas adotaram o trabalho remoto, a valorização do modelo presencial tem sido cada vez mais observada no mundo corporativo.

A Meta, dona do Facebook, por exemplo, pediu aos funcionários para retornar aos escritórios. Esse movimento é parecido nas demais gigantes da tecnologia, assim como em outras áreas.

Segundo a professora de Gestão em Recursos Humanos da Faculdade de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul (Fadergs), Janine Rocha, a expectativa após o período de isolamento era que o teletrabalho fosse assumido integralmente, mas o que está ocorrendo é o contrário.

“O X, que é o Twitter, o Google e o Facebook começaram a trazer os profissionais para dentro. Então, a tendência é que eles retornem aos poucos, diminuindo cada vez mais o tempo que ficarão em casa”, ressalta.

Para a professora, a tendência é que o formato híbrido, em que o trabalhador atua alguns dias no escritório e outros a distância, seja o mais disseminado a partir de agora. Com isso, é muito provável, na avaliação dela, que ocorra o fortalecimento da redução da jornada.

Às vezes se trabalha mais a distância do que presencialmente. Por isso, é interessante a ideia de mesclar os dois formatos.

Na última semana, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os resultados da Pesquisa de Inovação (Pintec) Semestral 2022: Tecnologias Digitais Avançadas, Teletrabalho e Cibersegurança. 

No ano de 2022, 47,8% das grandes empresas industriais adotaram algum grau de teletrabalho na condução dos negócios no país.

Naquele ano, a estratégia autônoma da empresa foi a motivação mais citada para a adoção de tecnologia avançada, mencionada por 87,0% dos informantes. 

Por outro lado, os principais empecilhos que dificultaram a estratégia de modernização dos negócios nas indústrias digitalizadas foram altos custos (80,8%), falta de pessoal qualificado na empresa (54,6%) e riscos associados à segurança e privacidade (49,5%).

Fundos de tijolos devem ver cota patrimonial se valorizando no fim do ano, diz especialista

29/09 – Money Times

Desde o início da semana, os cotistas de fundos imobiliários (FIIs) terão o último trimestre de 2023 para organizar suas carteiras, além de realocar investimentos e recalcular a rota na reta final do ano. 

Apesar do provável fim do período de valorização mensal, o índice referência do setor (Ifix) avança mais de 11% no acumulado de 2023.

O analista de real estate da Empiricus Research, Caio Nabuco de Araujo, destaca que, apesar dos ganhos no ano, boa parte dos segmentos de FIIs continua descontado. 

Nesse sentido, no curto prazo, o ideal é o investidor encontrar oportunidades pontuais. Porém, o analista sugere um olhar mais atento para alguns fundos.

“Alguns do segmento de crédito, indexados à inflação, negociam com desconto. Especialmente, na carteira high grade. Acho que alguns ficaram um pouco para trás, mas podem gerar rendimentos de 11% a 13% nos próximos 12 meses, dependendo do papel. É um segmento que eu gosto e estamos olhando com mais carinho”, comenta.

Ativos que se destacam

Entre esses ativos, Araujo destaca o fundo Kinea Securities (KNSC11). Apesar do FII ter ficado para trás nos últimos meses, em relação aos seus pares, o especialista destaca que o KNSC11 tem uma carteira high grade bem posicionada no índice de inflação oficial do país (IPCA). Além disso, também possui uma parcela em CDI.

Ele cita ainda os fundos de tijolos, que devem ver a cota patrimonial se valorizando no fim do ano. Isso porque boa parte das reavaliações patrimoniais de fundos imobiliários ocorrem em dezembro.

“Com a previsão de novas quedas da taxa Selic, atualmente em 11,75% ao ano, bem como melhora operacional de alguns setores, poderemos ter surpresas positivas nesse sentido”, destaca.

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