Apresentamos abaixo as notícias mais recentes do mercado imobiliário corporativo, de 16/06 a 22/06, além de artigos e conteúdos com temas relacionados. Para se inscrever no canal da Buildings no Youtube, clique aqui.
Mercado de escritórios de alto padrão de São Paulo não registra novo estoque no 1T
22/06 – Revista Buildings
A cidade de São Paulo possui hoje 11,826 milhões de m² locáveis de escritórios em edifícios Corporate (lajes corporativas), de todas as classes. Em relação ao mercado de escritórios Corporate Classe A são 279 edifícios, o que representa 4,789 milhões de m².
Os dados apurados pela Buildings apontam alguns destaques no primeiro trimestre do ano.
O principal deles se refere ao novo estoque zerado do mercado de escritórios Classe A na cidade paulistana. Simplesmente não houve entrega de novo estoque no 1T de 2023. Este feito se repetiu também no 2T de 2022, quase um ano antes.
No 4T de 2022, no entanto, a entrega de novo estoque foi superior a 73 mil m². E no 3T/2022 foi superior a 28 mil m².
Antes destes dois períodos, o estoque zerado se repetiu no 4T de 2019.
Um dos principais indicadores de crescimento ou retração do mercado imobiliário, a absorção líquida, também surpreendeu.
Para se ter ideia, o mercado de escritórios Corporate Classe A vinha de uma sequência de seis trimestres consecutivos de absorção líquida positiva. E com resultado superior a 200 mil m² na somatória desses trimestres.
Quando avaliamos os resultados do 1T/2023, a absorção líquida foi negativa em 8.364 m². Anteriormente, apenas o 2T/2021 teve resultado negativo de 42 mil m², quando a devolução de espaços em razão da crise sanitária arrefeceu.
O universo Corporate todas as classes também apresentou um resultado aquém do esperado. No 1T de 2023 foram apenas 5.141 m² de novo estoque entregue. O 4T/2022 entregou mais de 79 mil m² e o 3T/2022 entregou 32 mil m².
Esse baixo resultado também se repetiu no 2T de 2022, quando o setor entregou pouco mais de 3 mil m².
Por outro lado, vale destacar que o mercado Corporate B/C voltou a ter um crescimento de ocupação. A absorção líquida positiva de 20.356 m² (1T/2023) compensou a absorção negativa do 4T/2022, que foi superior a 17 mil m². Isso representa um bom sinal para esse perfil de imóvel.
Para saber mais, e a Revista Buildings.
Fundo imobiliário Apex Malls paga bolada pelo shopping Vitória
O setor de fundos imobiliários e o de shoppings têm realizados bons negócios nos últimos meses. A exemplo disso, o fundo imobiliário Apex Malls (APXM11) comprou uma participação no Shopping Vitória, no Espírito Santo. O FII informou ao mercado sobre a aquisição. E o valor da compra foi superior a R$ 139,1 milhões.
Em comunicado, o fundo explica que adquiriu a fatia de 15,82%. Além disso, a escritura de venda e compra de domínio de imóvel foi assinada no último dia 19. Com isso, o APXM11 já pagou o valor total.

Imagem: Unsplash
Além disso, segundo o FII, a estimativa é de que o Shopping Vitória, na capital capixaba, gere receita mensal de R$ 0,60 por cota. No mais, o Apex Malls disse que o valor de receita para os próximos 12 meses sobre o preço da venda é de 8,21%.
Do mesmo modo, o fundo imobiliário Vinci Shopping Centers (VISC11) assinou um acordo milionário para vender parcialmente suas participações em três shoppings.
Conforme o fundo explicou a venda se deu: 10% de participação no Villa Romana Shopping, em Florianópolis (SC); 9% no shopping Iguatemi Bosque, em Fortaleza (CE); e uma fatia de 5% no Ribeirão Shopping, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo.
Tem interesse pelo setor de Shoppings? Não deixe de conhecer o Módulo Shoppings da Buildings, disponível na Plataforma CRE Tool. Dados de mais de 680 shoppings do Brasil inteiro estão cadastrados em um só lugar. Para saber mais, agende uma apresentação.
Uma novidade recente foi o lançamento do novo de Cap Rate na plataforma Buildings CRE Tool. Essa nova funcionalidade permite aos clientes realizarem consultas da taxa de capitalização de uma potencial transação, em determinado imóvel.
Para saber mais, e a Revista Buildings.
Empreendimento logístico em Osasco conquista certificação LEED de sustentabilidade
No setor imobiliário, as certificações ambientais atuam em conjunto com normas e leis. Tudo isso a fim de promover e fomentar práticas de construções sustentáveis.
Não à toa, os imóveis comerciais que detém estas certificações tendem a agregar mais valor à sua imagem corporativa. Além disso, promovem segurança aos inquilinos. Com isso, tornam, inclusive, um diferencial competitivo na hora de uma locação.
Atenta às mudanças e inovações imobiliárias, a Bresco – maior desenvolvedora e gestora brasileira de empreendimentos logísticos de alto padrão – acaba de receber o selo LEED Gold para um de seus ativos: o Bresco Henry Ford Osasco. O imóvel ocupa 30 mil m2 na cidade de Osasco (SP), próximo à Marginal Tietê.
Esta é a oitava certificação LEED que a empresa recebe do Green Building Council – Brasil. O órgão é representante nacional do movimento global presente em mais de 80 países.
O estado de São Paulo possui a maior concentração de condomínios logísticos da região Sudeste: 380 no total. Isso representa mais de 17 milhões de m² de estoque total (dados do 1T/2023).
Já a cidade de Osasco, onde o Bresco Henry Ford Osasco está localizado, possui 17 condomínios logísticos. Isso representa mais de 450 mil m² de estoque total (dados do 1T/2023). Além disso, possui mais de 34 mil m² de atividade construtiva e taxa de vacância na casa de 10%.
Em relação ao Bresco Henry Ford Osasco, a companhia vislumbrou a possibilidade de revitalizar uma área previamente contaminada. Além disso, de oferecer ao mercado um empreendimento sustentável e de uso seguro.
De acordo com Fernando Pereira, Diretor de Engenharia da companhia, foi realizado um processo minucioso de análise no terreno para obtenção do Termo de Reabilitação para Uso Declarado pela CETESB. Após isso, focou-se na conquista da pontuação máxima, no quesito Remediação da Terra na certificação LEED do GBC.
Para saber mais, e a Revista Buildings.
IGP-M recua 1,78% na 2ª prévia de junho, diz FGV
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) cedeu 1,78% na segunda prévia de junho, após queda de 1,50% na mesma leitura de maio, informou na última terça-feira (20) a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O IGP-M é chamado de o índice do aluguel, justamente por ser o principal indicador utilizado para o reajuste de aluguel residencial e comercial.

Foto: Reprodução
O movimento foi puxado por mais um recuo na margem do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), de 2,58%, ante declínio de 2,21% no mesmo período em maio.
Nesta leitura, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) também teve deflação, de 0,30%, após alta de 0,54% na segunda prévia do mês anterior.
Em contrapartida, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) acelerou a 1,31%, após alta de 0,02% em maio.
Fundo imobiliário de logística recebe aluguel atrasado
Depois de crescer durante meses, a lista de fundos imobiliários caloteados pelos inquilinos acaba de perder um membro: o FII Genial Logística (GLOG11) recebeu uma parte dos aluguéis atrasados de um de seus ativos, o Galpão B.
Em comunicado enviado ao mercado na última quarta-feira (22), o fundo confirmou que recebeu neste mês os valores referentes ao uso do espaço em abril.
O fundo imobiliário destacou ainda que, apesar da locação do mês de maio, que venceu em 12 de junho, ainda não ter sido quitada, o inquilino comprometeu-se a pagar o aluguel até o final de junho.
“Caso este pagamento não seja efetuado, os impactos serão calculados e informados oportunamente ao mercado em geral e aos cotistas”, cita o comunicado.
É importante relembrar, mesmo com o problema de inadimplência caminhando para ser solucionado, o GLOG11 já havia recebido no início de maio uma notificação extrajudicial que formalizou o interesse do locatário em devolver cerca de dois terços da área por ele ocupada.
Os termos da desocupação ainda estão sendo negociados, mas, atualmente, a locação integral do Galpão B2 representa 37,7% do resultado mensal do FII, ou R$ 0,26 por cota.
O Genial Logística não é o único FII que enfrenta a perspectiva de um espaço vazio no portfólio. Dois fundos imobiliários de escritórios comunicaram a chegada de uma notificação da Tegra para a rescisão antecipada de um contrato de locação do Condomínio WT Morumbi.
A companhia ocupa duas unidades, ou cerca de 3 mil metros quadrados, do empreendimento. As áreas em questão fazem parte do portfólio dos fundos Hedge AAA (HAAA11) e Santander Renda de Aluguéis (SARE11).
O primeiro FII estima que a locação em questão representa 4,7% de sua receita imobiliária.
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