Resumo da Semana: notícias do mercado imobiliário corporativo #131

Apresentamos abaixo as notícias mais recentes do mercado imobiliário corporativo, de 09/06 a 15/06, além de artigos e conteúdos com temas relacionados. Para se inscrever no canal da Buildings no Youtube, clique aqui.

Mercado logístico: vacância segue caindo e preço médio pedido sobe

15/06  – Revista Buildings

O setor logístico no Brasil teve um grande desempenho durante a pandemia. Prova disso é que, nos dois primeiros anos da crise sanitária, o mercado ganhou o acréscimo de 5 milhões de m² de novos galpões. O e-commerce brasileiro viveu um momento de grande expansão e nunca esteve tão aquecido.

Exatamente por isso, a 11ª edição do Buildings Exclusive, realizada no dia 01/06, em São Paulo, deu enorme destaque ao setor durante a apresentação dos dados.

A 11ª edição do Buildings Exclusive aconteceu no Edifício O Parque, que faz parte do portfólio da Brookfield Properties. De casa cheia, essa edição reuniu mais de 320 executivos do mercado imobiliário.

Na apresentação dos dados, Fernando Didziakas, sócio-diretor da Buildings, apontou os bons resultados de absorções líquidas que chegaram na casa de 1 milhão de m² em alguns trimestres. Embora o setor tenha desacelerado seu crescimento no 4T de 2022, continua com boas perspectivas.

O setor logístico e industrial está caminhando para 1 mil condomínios logísticos: atualmente são 929. Além disso, ainda tem mais de 4,6 milhões de m² de atividade construtiva no 1T de 2023. E mais 20,7 milhões de m² em projeto.

Ao mesmo tempo em que o preço médio pedido subiu para R$ 23, a taxa de vacância caiu para 10,6%. Era 11,05% no 4T de 2022.

Já a absorção líquida, conforme dados CRE Tool, saiu de 356 mil m² no 4T de 2022 para 442 mil m² no 1T de 2023 (todas as classes).

Imagem: Pexels

Destaque para o Raio 30 km de São Paulo

Como todos sabem, quanto mais perto da capital, mais caros e procurados são os galpões logísticos. Isso acontece justamente pelo tempo de entrega do produto, um ativo valorizado pelos consumidores. Não à toa, no radar das empresas.

No raio de 30 km de São Paulo existem 166 condomínios logísticos, o que representa 6,5 milhões m² entregues. A taxa de vacância atual é de 8,0%. Destes, 73 condomínios são perfil Classe A, o que representa 4,5 milhões m² entregues; já a taxa de vacância é de 9,4%.

Destes 73 condomínios, 26 imóveis, ou seja, 35%, possuem vacância.

Um questionamento que norteou a discussão foi sobre a velocidade de ocupação nas demais regiões. Em relação ao tempo em que o novo estoque precisará para ser absorvido pelo mercado.

Confira cobertura completa na Revista Buildings.

Fundos imobiliários: VISC11 vende participação em shoppings e vai embolsar bolada

16/06 – Money Times

O fundo imobiliário Vinci Shopping Centers (VISC11) assinou na última quarta-feira, dia 13, um acordo milionário para vender parcialmente suas participações em três shoppings.

Em comunicado, o fundo explica que a venda é de 10% de participação no Villa Romana Shopping, em Florianópolis (SC); 9% no shopping Iguatemi Bosque, em Fortaleza (CE); e uma fatia de 5% no Ribeirão Shopping, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo.

(Imagem: Divulgação/ Vinci)

Com isso, o VISC11 vai embolsar R$ 297,5 milhões. O cap rate estimado da operação é de 7,3%.

Ainda assim, com a venda, o FII seguirá com participações de 10% no Villa Romana Shopping, de 6% no Iguatemi Bosque, e de 15,3% no Ribeirão Shopping.

O pagamento da bolada será feito até janeiro de 2025. Quando a operação for concluída, o Vinci Shopping Centers receberá 25% do valor.

Depois, receberá 42% do valor de venda em janeiro de 2024, mais 15% em julho do ano que vem e, por fim, os 18% restantes no começo de 2025.

O VISC11 diz que o ganho de capital gerado pela operação representa um resultado caixa extraordinário não recorrente de R$ 94,2 milhões, o equivalente a R$ 5,07 por cota.

Tem interesse pelo setor de Shoppings? Não deixe de conhecer o Módulo Shoppings da Buildings, disponível na Plataforma CRE Tool. Dados de mais de 680 shoppings do Brasil inteiro estão cadastrados em um só lugar. Para saber mais, agende uma apresentação.

Uma novidade recente foi o lançamento do novo de Cap Rate na plataforma Buildings CRE Tool. Essa nova funcionalidade permite aos clientes realizarem consultas da taxa de capitalização de uma potencial transação, em determinado imóvel. Para saber mais, e aqui.

Grandes empresas querem seus funcionários de volta nos escritórios

09/06 – Estadão

As gigantes da tecnologia – Google e Meta (Facebook) – estão abandonando o home office. Produtividade e falta de cultura organizacional aparecem entre as razões para que as empresas optem pela volta ao modelo presencial.

Vale lembrar que os escritórios que estiveram vazios nos últimos três anos estão voltando, gradualmente, a ter mesas e cadeiras ocupadas. Após um crescimento explosivo de oportunidades remotas na pandemia, o mercado de trabalho assiste, agora, às grandes corporações darem meia-volta.

Imagem: Pexels

Esse movimento acena para o enfraquecimento do home office, como pesquisas recentes têm apontado.

Por mais de um ano, o Google abriu a possibilidade de que os colaboradores fossem ao escritório três dias por semana. Agora, no entanto, a empresa notificou que os funcionários devem cumprir o requisito de três dias ou sua falta pode aparecer em avaliações de desempenho. O comunicado da empresa se estendeu, inclusive, aos funcionários das operações no Brasil.

A Salesforce, outra gigante da tecnologia, escolheu outro tipo de incentivo. A empresa disse que fará doações para instituições de caridade locais a cada dia que os trabalhadores vierem ao escritório no final do mês de junho.

Grandes corporações como Disney, Starbucks e AT&T exigiram nos últimos meses que os trabalhadores voltassem aos escritórios. Apesar desses esforços, a ocupação dos escritórios permanece abaixo de 50% dos níveis pré-pandêmicos. Esses dados foram rastreados pela Kastle Systems.

Estudo da plataforma Fiverr apontou que dois terços dos executivos querem seus funcionários de volta ao trabalho em tempo integral. Entre as razões estão fatores como a crença de que as pessoas ficam mais motivadas quando sabem que estão sendo observadas por seus superiores. Além de haver uma redução dos tempos de intervalos durante o dia de trabalho.

Na outra ponta, um levantamento recente mostrou que 63% dos entrevistados consideraram que houve aumentou na rotatividade dos profissionais. Isso em relação ao trabalho remoto e flexível.

Para saber mais, e a Revista Buildings. 

BR Properties propõe plano de simplificação e venda de 80% da BRPR Consultoria

 12/06 – Valor Econômico

O conselho de istração da BR Properties aprovou um plano de simplificação da estrutura e da estratégia de atuação da companhia.

Em última instância, o plano vai culminar com o fechamento de capital da empresa. Isso ocorrerá por meio de uma oferta de aquisição de ações feita pelo controlador Slabs Investimentos.

Imagem: Unsplash

A princípio, a BR Properties vai propor aos seus acionistas, no plano, uma redução de capital no montante de R$ 732,1 milhões. Tal ação ocorrerá mediante a restituição de R$ 63,05 por ação, considerando um total superior a 11 milhões de ações.

Por isso, a companhia também propõe um grupamento de ações na proporção de 25 para 1 para proteger as ações de volatilidade.

Por outro lado, a empresa assinou memorando de entendimentos com o diretor-presidente, Martín Jaco, e o diretor financeiro, André Bergstein, para venda de 80% da BRPR Consultoria a eles, que deixam seus cargos. E a empresa a a utilizar as rotinas istrativas da Slabs Investimentos.

A istração dos galpões logísticos será feita pela BRPR Consultoria. Com isso, a companhia manterá uma participação minoritária de 20%. Um acordo de acionistas e de prestação de serviços será assinado com a operação para garantir os interesses da BR Properties.

Para saber mais e a Revista Buildings.

Tarpon aposta no mercado de galpões por meio da Niche Partners

13/06 – Brazil Journal

Os sócios da Niche Partners, uma gestora de private equity ligada à Tarpon que busca negócios de nicho, compraram uma participação minoritária relevante na EREA, uma consultoria imobiliária focada em real estate logístico.

A EREA atua na estruturação de negócios, operações e projetos e gestão imobiliária, mas sua maior expertise é em galpões logísticos e espaços para o last mile.

Segundo os sócios da Niche, a decisão de não realizar o investimento diretamente pela gestora ocorreu para reduzir a burocracia e os recursos chegarem mais rápido à EREA.

Futuramente, a empresa se juntará às outras companhias do portfólio da Niche, como o hub logístico nstech e a empresa de tecnologia Sinqia.

“Depois que eu saí da GLP, fui procurada para estruturar projetos e percebi que as dores que eu sentia no lado do investidor – como falta de informações e dados – também existia no lado das empresas”, explicou a CEO Clarisse Etcheverry fundadora da EREA em 2016.

A partir daí, a EREA ou a prestar assessoria técnica e comercial para projetos de expansão, locação de imóveis, e elaboração de projetos juntamente com o custo de obra e implantação.

A empresa também ajuda a levantar funding e acompanha obras de galpões. Mas o grande potencial da empresa é uma base de dados de terrenos e galpões disponíveis – algo que sempre faltou no mercado e que a EREA está construindo, segundo a executiva.

Os sócios da Niche se interessaram pela EREA por vê-la como um negócio complementar à nstech, que faturou R$ 570 milhões no ano ado e é o principal investimento do fundo, disse Vasco Oliveira, CEO tanto da Niche quanto da nstech.

A nstech – uma empresa de tecnologia para logística – já investiu R$ 1,5 bilhão desde sua fundação em janeiro de 2020 – tanto da geração de caixa própria quanto de aportes, disse Vasco.

Do total, R$ 500 milhões vieram da Niche, que detém 50% do negócio.

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