Apresentamos abaixo as notícias mais recentes do mercado imobiliário corporativo, de 28/04 a 04/05, além de artigos e conteúdos com temas relacionados. Para se inscrever no canal da Buildings no Youtube, clique aqui.
GoodStorage vai inaugurar 130 mil m² para locação em São Paulo, com foco em logística
A GoodStorage vai inaugurar 130.000 m² de área locável na capital paulista ainda em 2023. A empresa é especializada em aluguel de espaços para armazenamento. O foco deste projeto é no setor de logística.
Os novos empreendimentos se dividem entre boxes para acomodação de bens e condomínios logísticos. Além de locais onde outras empresas podem operar parte de suas atividades.
De acordo com Thiago Cordeiro, CEO e fundador da GoodStorage, as novas locações fazem parte de um plano da marca de self storage de investir R$ 500 milhões em 2023.
Segundo ele, as inaugurações vão aumentar em 40% a capacidade da empresa dentro da capital paulista. Isso vai totalizar 273.000 m², além de contribuir para a logística urbana do município.
A GoodStorage foi fundada em 2013 e quis trazer a moda estadunidense dos espaços inteligentes para o Brasil. Há menos de um ano, a gestora fez um outro aporte na companhia, no valor de US$ 75 milhões.
FIIs de tijolo são protagonistas das maiores altas do mês de abril
O IFIX encerrou o mês de abril em alta de 3,52%, aos 2.858,23 pontos. Trata-se do primeiro ganho mensal de 2023. O IFIX é o principal índice de fundos imobiliários da Bolsa de Valores brasileira (B3). Um destaque interessante é que, desta vez, os FIIs de tijolo foram protagonistas das maiores altas do mês.

Imagem: Unsplash
A cotação do IFIX encerrou o mês na máxima do período, enquanto a mínima registrada foi de 2.751,42 pontos.
Depois de meses com dificuldades de desempenho na B3, os FIIs de tijolo finalmente foram protagonistas das maiores altas do mês. Na ponta negativa, dominaram os fundos imobiliários de papel, os conhecidos FIIs de CRI.
De forma geral, os FIIs de tijolo tiveram o melhor mês desde meados do ano ado. Esse apontamento é do índice Teva de Fundos Imobiliários de Tijolo, que reflete o retorno total de preços e dividendos de um portfólio de cotas de FIIs.
O índice Teva aponta um desempenho geral positivo de 6,4% para os fundos imobiliários de tijolo. Trata-se do melhor resultado desde agosto de 2022, quando registrou +11,1%.
Assim, as cinco maiores altas entre os fundos imobiliários do IFIX em abril foram:
- VIUR11: +22,00%
- GGRC11: +15,13%
- HGRE11: +14,16%
- RBRP11: +13,28%
- HSLG11: +11,91%
Novos sinais do mercado de shoppings
A Multiplan abriu na semana ada a temporada de balanços do primeiro trimestre do segmento de as de shoppings centers. A companhia, voltada para o público de alta renda, surpreendeu positivamente o mercado com lucro, receita, geração de caixa e margem acima das estimativas dos analistas.
O portfólio da Multiplan é composto por 20 shoppings em operação e um deles chamou a atenção pelo ritmo de crescimento: o Shopping Vila Olímpia, inaugurado em novembro de 2009 na zona sul da capital paulista.

Foto: (Sérgio Ripardo/Bloomberg Línea)
Os investidores têm percebido o movimento de recuperação dos shoppings. No caso do portfólio da Multiplan, o desempenho do Vila Olímpia o converte na nova “galinha dos ovos de ouro” da companhia, contrastando com a percepção anterior de “patinho feio”.
Enquanto as vendas totais da Multiplan cresceram 16% em relação ao mesmo período do ano ado, para R$ 4,3 bilhões, o shopping Vila Olímpia teve um aumento duas vezes maior, de 35,1% no período.
Devoluções de escritórios de alto padrão voltam a subir no RJ e em SP
O ano começou com resultados pouco promissores para o mercado de escritórios de alto padrão do Rio de Janeiro. No primeiro trimestre, houve queda na atividade de locação, a absorção bruta fechou inferior ao período anterior (de 34 mil para 14 mil m²) e as devoluções, que haviam arrefecido, superaram as novas transações, resultando em redução do volume de estoque ocupado.
Os dados constam do mais recente levantamento da consultoria imobiliária Newmark.
A absorção líquida foi negativa em 10,5 mil m². Assim, a taxa de vacância, que estava em tímida queda desde meados de 2021, voltou a aumentar, fechando em 34,11% (vs. 33,66% no trimestre anterior).

Imagem: GettyImages
Com exceção do Flamengo/Glória e Centro, todas as regiões pesquisadas registraram absorção líquida negativa, ou seja, queda no volume de espaços ocupados.
“O setor que mais devolveu espaços neste trimestre foi o de serviços (51%), principalmente do segmento de tecnologia, consultoria e auditoria e da indústria de óleo e gás”, afirma Mariana Hanania, diretora de Pesquisa e Inteligência de Mercado da Newmark.
O preço pedido médio no Rio de Janeiro fechou em R$ 74,90, praticamente estável em relação ao trimestre anterior R$ 74,47/m²/mês. Considerando as principais regiões de escritórios (CBD), a média ficou em R$ 74,42.
As regiões mais valorizadas para locação seguem sendo zona sul (R$ 150/m²/mês), Botafogo (R$ 122,3/m²/mês) e Porto Maravilha (R$ 79,03 m²/mês).
Em São Paulo, as ocupações de grandes bancos em prédios de alto padrão da cidade sofreram redução no primeiro trimestre.
“Esse movimento de devoluções por parte dos bancos, que foi intenso durante a pandemia, já era previsto para voltar a acontecer, era uma questão de tempo para elas se consolidarem”, afirma a diretora da Newmark.
Aluguel pode ficar sem aumento por causa do IGP-M; especialista alerta para as condições
Os contratos de aluguel que vencem no mês de maio podem não sofrer reajuste por conta da desaceleração do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), principal indicador utilizado nas correções anuais.
O IGP-M, conhecido como a “inflação do aluguel”, caiu 0,95% em abril – após alta de 0,05% no mês anterior, segundo dados da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Com o resultado, o índice acumula deflação de 2,17% no acumulado em 12 meses e deflação de 0,75% no ano. É a primeira vez, desde fevereiro de 2018, que o IGP-M fica no negativo na variação em 12 meses.
O impacto dessa desaceleração deve fazer com que a correção anual do valor do aluguel nos contratos de locação que têm data de reajuste para maio não sofra alterações.
Será a primeira em vez em cinco anos que os contratos não serão reajustados, porque a maior parte deles contém cláusula acordando que a correção do aluguel será aplicado apenas quando o IGP-M for positivo.
Há diversas interpretações sobre reajustar tais valores, mesmo quando o índice for negativo. A legislação vigente proíbe apenas a variação do aluguel à oscilação de moeda estrangeira ou do salário mínimo.
Jaques Bushatsky, advogado e membro do Conselho Jurídico do Secovi-SP, avalia como perigoso e errado prever somente a variação positiva do índice a ser aplicado no cálculo do reajuste do aluguel. “Trata-se de conservar o contrato preservando-se o seu âmago: o equilíbrio da relação entre os celebrantes.”
O índice se tornou referência para a correção contratual por ser o primeiro a ser divulgado ainda dentro do mês de referência. Ele busca aferir a variação de preços de matérias-primas utilizadas na construção civil, indústria e agropecuária, como preços de bens e serviços no varejo e em setores como alimentação e saúde.
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