Apresentamos abaixo as notícias mais recentes do mercado imobiliário corporativo, de 14/04 a 20/04, além de artigos e conteúdos com temas relacionados. Para se inscrever no canal da Buildings no Youtube, clique aqui.
Bresco inicia modernização de galpão com localização privilegiada
Lá no início da pandemia de Covid-19 – em março de 2020 – vimos o setor logístico dar um boom com as compras on-line, um hábito de muita gente. Naquele momento, elas se tornassem, praticamente, a única opção para os consumidores.
Após dois anos de crise sanitária, os galpões que fazem a ponte entre quem vende e quem compra as mercadorias pela internet, ganharam 5 milhões de m².
Como resultado, dados atuais do setor, apurados pela Buildings, apontam que o setor logístico detém hoje mais de 32 milhões de m² de estoque total. Isso no Brasil inteiro. Em São Paulo, o maior polo logístico do país, são 377 condomínios (1T/2023). O número representa mais de 17 milhões de m² de estoque total (todas as classes).
Os dados da Buildings também apontam que no ano ado, o mercado logístico desacelerou o crescimento.

Foto: Bresco
Exatamente por isso, os proprietários e players do setor estão olhando para seus ativos com mais atenção.
A exemplo disso, a Bresco, maior desenvolvedora e gestora brasileira de empreendimentos logísticos de alto padrão, decidiu modernizar um de seus maiores imóveis em São Paulo.
O objetivo é transformá-lo em um galpão multiusuário, criando eficiência para futuras operações modulares.
Adquirido em 2016 por meio de uma operação de sale-leaseback – quando a empresa proprietária do imóvel vende este ativo para um investidor imobiliário, mas permanece no imóvel como locatária – o empreendimento pertencia a uma rede varejista nacional que rescindiu o contrato antecipadamente. E devolveu o galpão para a Bresco.
O galpão também tem vocação para operações last-mile e e-commerce.
Para ler matéria completa, e a Revista Buildings.
Como o mercado imobiliário brasileiro está três anos após a pandemia?
Pode não parecer, mas já se aram três longos anos desde o início da pandemia de Covid-19, por aqui iniciada em março de 2020. De confinamento social extremamente restritivo e incertezas na economia a oportunidades reais em diversos setores, cá estamos.
O mercado imobiliário se mostrou resiliente mais uma vez e o retorno dos profissionais aos escritórios segue consolidando esta retomada.
Segundo especialistas, as dificuldades de integração e implementação da cultura corporativa é uma das motivações dos executivos em trazer os funcionários de volta ao posto presencial. E não apenas isso: o desenvolvimento de talentos e a diminuição da criatividade também estão preocupando os gestores.

Imagem: Unsplash
Artigo aponta que em São Paulo, ao menos 70% dos edifícios corporativos apresentam um retorno ao presencial igual ou superior a 50%. Isso é um bom indicador para o setor.
Enquanto os escritórios nos Estados Unidos ainda permanecem ocupados pela metade, espaços corporativos na Europa e Ásia voltaram a ficar agitados.
Países da Europa e da Ásia apresentam níveis de ocupação dos escritórios entre 70% e 110% se comparados com os níveis pré-pandêmicos. Isso significa que em alguns casos os escritórios estão sendo mais utilizados do que em 2019.
Ao mesmo tempo em que a Europa e a Ásia estão neste ritmo, observa-se que os americanos adotaram com maior regularidade o modelo híbrido.
E nesta celeuma, onde o mercado brasileiro se encontra três anos após a pandemia?
Um levantamento realizado ao fim de 2022 nos principais edifícios corporativos de São Paulo mostrou resultados animadores sobre o tema.
Ao menos 70% dos edifícios selecionados apresentavam um retorno ao presencial igual ou superior a 50%. Esta análise também mostrou que a média do trânsito na cidade estava em 70% dos patamares de 2019.
O que se observa é que a tendência no Brasil é de que as empresas intensifiquem a ida dos funcionários aos escritórios.
Para saber mais, e a Revista Buildings.
Calote em CRIs já atinge 11 fundos imobiliários listados em bolsa
O aumento da inadimplência de títulos de crédito também chegou ao mercado de fundos imobiliários.
Pelo menos 11 FIIs listados na bolsa que investem em papéis de dívida do setor informaram neste ano, até 13 de abril, problemas com o pagamento de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) em carteira, uma soma que já chega a R$ 1,7 bilhão.
A enxurrada de calotes ocorre três anos depois de esse tipo de fundo ter sido um sucesso de demanda. No início de 2020, quando a pandemia esvaziou as ruas e virou um tormento para os fundos de tijolos, os investidores correram para os fundos imobiliários de recebíveis, que compram papéis de dívida do setor atrelados a índices de inflação ou ao CDI.

Foto: Pixabay
Depois da bonança, contudo, veio a tempestade.
Neste ano, esses portfólios acumulam queda de 4,2% na Bolsa, até 14 de abril, segundo o Índice Teva de Fundos Imobiliários de Papel, desempenho pior que o dos fundos de tijolos, que estão com recuo de 1,4%.
O principal vilão é o juro alto, que dificulta a vida das companhias do setor imobiliário que não geram caixa suficiente para fazer frente ao aumento das dívidas e arcar com investimentos.
Além disso, as empresas inquilinas que fazem parte de setores que ainda não conseguiram se recuperar da pandemia ajudaram a fazer o tempo fechar e contribuíram para o aumento da inadimplência de títulos do setor imobiliário.
IGP-M recua 0,66% na 2ª prévia de abril, mostra FGV
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) recuou 0,66% na segunda prévia de abril, após alta de 0,11% na mesma leitura de março, informou na última quarta-feira (19) a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A desaceleração foi puxada pelo declínio do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), de 1,03%, ante elevação de 0,01% no mesmo período em março.

Imagem: Unsplash
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M), arrefeceu de 0,50% para 0,38% na mesma base de comparação.
Por outro lado, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) acelerou a 0,24% na segunda prévia de abril, após alta de 0,12% na mesma leitura de março.
Em fevereiro, shoppings do país registram 3% de crescimento nas vendas
Dados do Monitoramento de Mercado Abrasce – Índice Cielo de Varejo em Shopping Centers (ICVS-Abrasce) – apontam que as vendas nos shoppings tiveram uma alta de 3% em fevereiro deste ano, quando comparadas com o mesmo mês de 2022.
Do ponto de vista regional, o maior crescimento foi registrado na região Sul, com um aumento de 4,9%, seguido pelo Sudeste (3,2%), Nordeste (2,6%), Centro-Oeste (2%) e Norte (-1,3%).
Mesmo com um cenário macroeconômico, caracterizado pelas pressões adicionais da Selic no mercado de crédito e que limitam o consumo das famílias, o ticket médio de vendas nos shoppings ficou em R$ 140,93, acima do valor registrado em janeiro/23 (R$ 119,68) e dezembro/22 (R$ 136,89), este último considerado um dos melhores períodos do comércio no ano.
Já o valor médio das lojas de rua foi de R$ 85,66.

Imagem: Pexels
Outro destaque para o mês foi o aumento no número de frequentadores nos empreendimentos. Segundo dados do IPEC e Mais Fluxo, o movimento de pessoas cresceu 12% em fevereiro, em relação ao mesmo período de 2022.
Na avaliação do presidente da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), Glauco Humai, o setor vem demonstrando recuperação consistente e contínua das perdas do período pré-pandemia.
“Como já era esperado após dois anos de pandemia, o feriado de carnaval atraiu os brasileiros para a folia. Mesmo assim, os shoppings registraram o melhor ticket médio dos últimos tempos, o que mostra o comportamento mais assertivo do consumidor em relação às suas compras e, ao mesmo tempo, reforça também o otimismo do lojista quanto à performance do setor ao longo do ano”.
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