Apresentamos abaixo as notícias mais recentes do mercado imobiliário corporativo, de 31/03 a 06/04, além de artigos e conteúdos com temas relacionados. Para se inscrever no canal da Buildings no Youtube, clique aqui.
Fundos imobiliários enfrentam crise de crédito, dizem especialistas
Um grande volume de investidores pessoas físicas chegaram ao mercado nos últimos anos.
Em janeiro, o mercado ganhou 63 mil novos cotistas de FIIs, totalizando 2,062 milhões. O número é quase dez vezes maior do que o registrado em dezembro de 2018 – 208 mil.
Vale observar que essa marca ocorreu em meio a um cenário bastante diferente daquele visto em 2020. Lá atrás, a classe conquistou o primeiro milhão de cotistas e viveu o seu ano dourado.
Naquela época, os investidores eram seduzidos pela robustez dos rendimentos distribuídos mensalmente. Sobretudo pelos fundos imobiliários de “papel” e “tijolo”, que investem, respectivamente, em títulos de renda fixa do setor imobiliário e em imóveis físicos, como shoppings, galpões logísticos e lajes corporativas.
“No final de 2018, a classe de fundos imobiliários tinha 200 mil investidores, número que cresceu para 645 mil no ano seguinte e, posteriormente, alcançou um milhão em 2020. Então, os cotistas que entraram nesse período estão pouco acostumados com a volatilidade, uma vez que pegaram o ano dourado da classe, muito seduzidos pelos dividendos altos”, avalia Gabriel Barbosa, gestor e sócio da TRX Investimentos.
A pandemia protagonizou outro momento. Com ela, houve uma mudança na preferência dos investidores de fundos imobiliários.
Isso porque, por um lado, a escalada da inflação turbinou os dividendos dos fundos imobiliários de papel. Eles têm suas dívidas atreladas aos indexadores IPCA ou CDI.
Por outro, os sucessivos aumentos da taxa de juros prejudicaram os fundos de tijolo. Isso porque estando a Selic em patamar elevado, a expansão do setor imobiliário é inibida. Afinal, precisa de crédito ível para financiar as obras dos empreendimentos.
Desde então, o início do aperto monetário promovido pelo Banco Central para conter a espiral inflacionária durante a crise de Covid-19 ajudou os fundos de papel a conquistar um espaço ainda mais relevante dentro da indústria de fundos imobiliários.
Para saber mais, e a Revista Buildings.
Conheça e utilize as novas funcionalidades do Buildings CRE Tool
O setor imobiliário corporativo já conhece o trabalho de mais de 15 anos da Buildings, fornecendo dados seguros e consistentes de edifícios de escritórios e galpões logísticos.
E, como estamos sempre promovendo inovações para facilitar o dia-a-dia de nossos clientes e players do setor, incluímos na plataforma algumas novas funcionalidades.
Além da busca no Dashboard por Escritórios, Industriais e Empresas, agora há também a pesquisa por FIIs e Shoppings. Nestas opções, você poderá conferir todos os imóveis – sejam escritórios ou condomínios logísticos – que estão na estrutura de fundos imobiliários. De igual maneira, pode buscar pelo nome de um shopping específico que deseja obter informações.
O Histórico por Regiões do Mercado de Escritórios e Setor Logístico é outra novidade importante.
Basta apenas escolher a cidade desejada e ele carregará todos os dados consolidados de cada região em um único . Você pode sinalizar o ano, trimestre, classe e o perfil dos imóveis.
Também implementamos a Pesquisa Automática por Raios. Basta ar a plataforma, abrir uma nova Pesquisa, selecionar o filtro de Localização, escolher a região Sudeste, a cidade de São Paulo (capital), e marcar o raio que deseja – raio 30 km, 30-60 km ou +60 km – para consultar.
O Módulo Shoppings veio ajudar investidores e clientes em suas análises e negociações. Nele você encontra o número de shoppings cadastrados no Brasil inteiro, com destaque para São Paulo e Rio de Janeiro (as duas principais cidades do país).
Além da quantidade de lojas, você encontra as vagas de estacionamento, dados dos lojistas e proprietários, área utilizada etc.
E as melhorias e inovações não param. Para saber todas, leia artigo completo na Revista Buildings.
50% do Shopping Eldorado será penhorado para pagamento de dívidas
O Shopping Eldorado (SP) está em maus lençóis. Isso porque o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou a penhora do fundo de investimento imobiliário responsável por 50% da exploração do prédio do Shopping Eldorado.
O empreendimento está localizado na Zona Oeste da cidade de SP, no bairro de Pinheiros.

Shopping Eldorado, na Zona Oeste de SP — Foto: Reprodução/Google Maps
A decisão foi tomada em favor do Banco Santos, sendo esta a primeira vitória judicial da instituição desde 2005, quando o banco decretou falência.
O percentual corresponde à cota detida por empresários do grupo Veríssimo. Trata-se de um dos principais devedores do grupo Santos.
A inadimplência teve início em 2004, ano em que se iniciou um contrato firmado entre o banco e uma empresa do grupo. Segundo informaram, o valor estimado da dívida hoje é de R$ 2,1 bilhões.
De acordo com o Módulo Shoppings do Buildings CRE Tool, o Shopping Eldorado possui:
- 75.460 de Área Bruta Locável (m²);
- 164.735 de Área Construída (m²);
- Além de 3.500 Vagas de Estacionamento.
Ao todo, são 360 lojas no local e 30% do perfil dos consumidores são de perfil Classe A. O shopping é istrado pela Aliansce Shopping Centers.
Para saber mais, e a Revista Buildings.
Alegra inaugura novo centro de distribuição em São Paulo
05/04 – Portal O Presente Rural
Empresa paranaense que atua no ramo de carne suína, a Alegra inaugurou em fevereiro um centro de distribuição (CD) em Barueri, município da Grande São Paulo.
Trata-se do terceiro empreendimento da empresa com esse fim, que com o investimento pretende triplicar os pontos de venda no estado ainda em 2023, ando de 500 para 1,5 mil localidades comerciais.

Foto: Divulgação
O novo CD ainda irá permitir que a Alegra aumente a movimentação dos produtos por São Paulo. Atualmente, a empresa fornece ao estado 800 toneladas de itens, montante que equivale a 10% de todo o volume nacional da companhia.
Com o CD em Barueri, a expectativa é de chegar a 1,5 mil toneladas até o fim de 2023.
Esse aumento na movimentação irá impactar também no crescimento do faturamento da empresa em São Paulo. Hoje, o estado responde por 17%, cerca de R$ 125 milhões da receita da companhia, que quer ar para 30% – R$ 180 milhões – até o final deste ano.
“São Paulo é o maior mercado consumidor do Brasil. É um estado no qual já temos participação, mas desejamos entrar num maior número de varejos, especialmente lojas menores, que para nós é bastante interessante. Esse novo CD em Barueri vai nos ajudar a aumentar a capilaridade, bem como termos maiores margens. Estrategicamente, para a Alegra, esse é o nosso principal projeto para 2023”, explica o gerente nacional de Vendas da Alegra, Luiz Otávio Morelli.
No ano ado, a empresa registrou R$ 1,07 bilhão e deve alcançar a marca de R$ 1,28 bilhão para 2023, com os pontos de venda da empresa no Brasil saltando 40% na comparação entre esses períodos – de 2,8 mil entregas diretas para 4 mil.
Santander Asset corta projeção para Selic de 13,75% para 12,75% no fim do ano
Uma visão mais desafiadora para o mercado de crédito deve dar as bases para que o Banco Central comece a reduzir os juros no segundo semestre deste ano. É o que apontam os economistas da Santander Asset Management, cuja projeção para a Selic no fim do ano ou de 13,75% para 12,75%.
Ao avaliarem a comunicação que tem sido adotada pela autoridade monetária, a gestora de fundos do Santander aponta que o discurso “parece compatível com a expectativa de manutenção da taxa Selic nas próximas reuniões”.
“Além de buscar um ritmo adequado de desaquecimento da atividade para a necessária desaceleração da inflação, essa estratégia tem o objetivo de reancorar as expectativas de inflação para níveis mais compatíveis com a meta”, dizem os profissionais da Santander Asset.
Para eles, porém, o Copom deve iniciar um ciclo de flexibilização da Selic ao longo do segundo semestre do ano.
“Um dos fatores chave para isso é a visão mais desafiadora para o mercado de crédito, com uma desaceleração mais forte do que a previamente esperada, afetando as perspectivas de crescimento econômico”, dizem os economistas.
A Santander Asset espera um crescimento de 1% neste ano e de 1,5% em 2024.
Deixe uma resposta