Apresentamos abaixo as notícias mais recentes do mercado imobiliário corporativo, de 10/03 a 16/03, além de artigos e conteúdos com temas relacionados. Para se inscrever no canal da Buildings no Youtube, clique aqui.
Expansão do mercado de galpões logísticos desacelera
Dados da Buildings foram citados no Jornal da Globo sobre a ocupação dos galpões logísticos durante e agora no pós-pandemia. Além disso, Fernando Didziakas analisa o atual cenário do setor em comparação com os anos de grande crescimento.
A ocupação dos galpões logísticos caiu no ano ado pela primeira vez desde o começo da pandemia, quando as vendas pela internet impulsionaram o setor. Isso porque as compras on-line, que já eram um hábito de muita gente, se tornaram, praticamente, a única opção.
Com isso, os galpões que fazem a ponte entre quem vende e quem compra as mercadorias pela internet, ganharam 5 milhões de m² durante a crise sanitária. Isso equivale a uma área a 700 campos de futebol.

Fonte: Buildings
“Nos anos de 2020, 2021 e 2022, essa quantidade de m² locados foi muito grande. As empresas estavam construindo seus centros de distribuição para atender toda a demanda de e-commerce que a pandemia gerou, mas agora para 2023 me parece que essa demanda por novos espaços arrefeceu. Começa-se o movimento de sobrar galpões logísticos, sobretudo aqueles mais afastados do centro de São Paulo”, explica Fernando Didziakas, sócio-diretor da Buildings.
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Varejistas em crise trazem impactos negativos ao setor de fundos imobiliários
A crise financeira atravessada pelas empresas do setor de varejo tem se refletido no mercado de fundos imobiliários. Destacam-se as lojas Americanas, Marisa e Tok&Stok que, em meio a um cenário de juros altos e baixo crescimento econômico, estão gerando insegurança ao mercado.
Em razão do acúmulo de dívidas, estas empresas deixaram de quitar parcelas dos aluguéis de galpões e lojas. Isso se reflete na carteira de alguns dos principais fundos imobiliários do setor.

Lojas Americanas (Foto: Divulgação)
Um dos casos é o Vinci Logística Fundo de Investimento Imobiliário (VILG11).
Com patrimônio de aproximadamente R$ 1,7 bilhão, distribuído entre 157 mil cotistas, o fundo optou por ajuizar uma ação de despejo contra a Tok&Stok.
O motivo foi a falta de pagamento do aluguel de janeiro do imóvel “Extrema Business Park I”. Localizado em Extrema (MG), o aluguel representa cerca de 14% da receita do fundo na totalidade.
E a falta de pagamento causou um impacto relevante na distribuição de dividendos. Ou seja, um dos principais chamarizes da categoria ficou desguarnecido. Após ter pago um dividendo de R$ 0,67 por cota em janeiro, a remuneração caiu para R$ 0,53 em fevereiro. Isso representa uma queda de quase 21%.
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Americanas começa a colocar a casa em ordem
Dois meses após o início da crise, as Americanas estão começando a colocar a casa em ordem. O fundo imobiliário XP Log (XPLG11) informou ao mercado que a varejista pagou todo o aluguel vencido de janeiro neste mês.
O valor exato do pagamento não foi informado pelo fundo, mas se refere a um galpão em Seropédica, no Rio de Janeiro. Este foi alugado para a B2W Digital.

Lojas Americanas (Foto: Divulgação)
Porém, no mês ado, o XP formou que a Americanas tinha um débito de R$ 807.351,69. Deste valor, a empresa havia pago R$ 509.906,33 correspondente a 12 dias de aluguel de janeiro, com vencimento em fevereiro.
No comunicado divulgado, não ficou claro se a varejista ainda tem débitos com o fundo imobiliário. O impacto da Americanas nas receitas do XP Log é de cerca de 6,5%.
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Brookfield aposta em novo parque logístico em Extrema com ABL de 147 mil m²
Extrema (MG) vai receber o primeiro parque logístico da Brookfield Properties. A empresa já iniciou as obras de construção do projeto, na região sul do estado. Ele deverá ser entregue em duas etapas. A primeira está prevista para o terceiro trimestre do ano que vem; a segunda, para 2025.

Imagem: Freepik
O município de Extrema fica a apenas 100 quilômetros de distância de São Paulo. Está localizado, estrategicamente, entre as capitais mineira, paulista e fluminense, principais centros consumidores do Brasil. Além disso, a região dispõe de incentivos fiscais.
O empreendimento terá quatro galpões que totalizam uma área bruta locável (ABL) de 147 mil metros quadrados (m²). Além disso, conta um pé direito de 12 metros de altura e capacidade do piso de seis toneladas.
O novo parque logístico ainda terá operação front load e cross docking. O objetivo com isso é aumentar a produtividade e a eficácia das operações de seus ocupantes. O montante a ser investido no projeto não foi revelado pela companhia.
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Trabalho presencial volta com força total, aponta levantamento
Muito se falou que o modelo híbrido seria o “novo normal”. Entretanto, um levantamento da plataforma de empregos InfoJobs mostra um caminho diferente.
Dos 3.190 anúncios, com 7.010 vagas ofertadas, a preferência de contratação é para o modelo tradicional, aquele totalmente presencial.
O levantamento, feito com vagas de emprego publicadas entre novembro de 2022 e janeiro de 2023, mostra que o modelo híbrido (com parte do expediente presencial e parte remota) representa apenas 2,48% das ofertas, contra 94,82% de vagas totalmente presenciais.
Já as vagas totalmente remotas, tendência durante quase dois anos de pandemia, representam hoje somente 2,7% dos anúncios.
Para Ana Paula Prado, CEO do Infojobs, o movimento de volta ao escritório ganhou força nos últimos meses, porque as empresas perceberam a falta de integração das pessoas e dificuldade para transmitir a cultura da empresa.
“Temos visto movimentações em todo mundo com o retorno aos escritórios. Recentemente, Wall Street comemorou a ocupação de 50% de seus ‘offices’ pela primeira vez em anos”, comenta.
O levantamento do InfoJobs mostrou que o modelo híbrido cresceu 16,6% no Brasil no período analisado e mesmo assim soma apenas 2,48% das ofertas.
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