Apresentamos abaixo as notícias mais recentes do mercado imobiliário corporativo, de 20/01 a 26/01, além de artigos e conteúdos com temas relacionados. Para se inscrever no canal da Buildings no Youtube, clique aqui.
São Paulo e Rio de Janeiro registram recuperação em 2022 no mercado de escritórios
A cidade de São Paulo possui hoje 11,7 milhões de m² locáveis de escritórios em edifícios Corporate (lajes corporativas). Este número se refere ao 4T/2022. Os dados apurados pela Buildings apontam que o mercado paulista reagiu em 2022. Isso deixa o período mais acentuado da crise sanitária para trás.
Prova disso aparece no resultado da somatória dos quatro trimestres de 2022 de um dos principais indicadores do setor: a absorção líquida. Ela alcançou em 2022 um resultado positivo de quase 130 mil m².
A absorção líquida é um indicador de crescimento ou retração do mercado imobiliário em metragem quadrada ocupada, medida trimestre a trimestre.
Isso significa que depois de dois anos de mais devoluções que absorções de espaços comerciais, em 2022 o mercado consolidou sua retomada e apresentou um resultado interessante.
A cidade do Rio de Janeiro possui hoje 5,521 milhões de m² locáveis de escritórios em edifícios Corporate (lajes corporativas) no 4T/2022 (todas as classes).
No resultado da somatória dos quatro trimestres de 2022 da absorção líquida, o resultado foi positivo em quase 45 mil m². Isso mostra que o mercado está reagindo.
Quando olhamos para os anos iniciais da pandemia – 2020 e 2021 – a absorção líquida foi negativa em mais de 106 mil m² e 97 mil m², respectivamente. Isso significa que nestes anos o mercado de escritórios sofreu retração. Isso já vem também de uma crise que o mercado do Rio de Janeiro enfrenta há alguns anos. A pandemia foi apenas mais um dissabor no meio do caminho.
Em 2019 o mercado também apresentou absorção líquida positiva de 30 mil m². Em 2018, o resultado foi sem expressão.
Conforme o gráfico acima, vale destacar que, depois de dois anos de mais devoluções que absorções de espaços comerciais, em 2022 o mercado carioca apresentou um resultado bem melhor.
Leia notícia completa na Revista Buildings.
FIIs e setor de shoppings podem ser afetados pela crise da Americanas
Levantamento da Buildings para o jornal Metrópoles apontou que há 17 fundos de shoppings que têm a Americanas como um dos inquilinos. Isso, claro, gera preocupação para os setores e investidores.
Segundo o jornal, o Brasil tem hoje cerca de 220 fundos imobiliários negociados na Bolsa de Valores. Isso significa que aproximadamente 10% da indústria está exposta, de alguma forma, à crise da Americanas.

Foto: Divulgação
Os fundos imobiliários são produtos de investimento que istram dois tipos de ativos: os imóveis físicos, como shoppings, edifícios corporativos ou galpões logísticos; e títulos de crédito do setor, como os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI).
Como se sabe, esses ativos são remunerados pelo aluguel pago pelos inquilinos que locam os imóveis do fundo; ou pelo rendimento dos papéis de crédito.
Embora os fundos possam resolver o problema “despejando” a Americanas e buscando outro inquilino, levará um tempo para que isso aconteça. Até lá, o retorno desses ativos tende a ficar prejudicado.
Desde que a Americanas comunicou ter encontrado uma diferença contábil de R$ 20 bilhões em seu balanço, fator que dobrou a dívida acumulada pela varejista, os fundos imobiliários expostos de alguma forma a essa crise acumularam perdas que chegam a 13%.
No caso dos galpões logísticos, a saída é menos complicada.
Desde o começo da pandemia de Covid-19, o crescimento das vendas digitais fez disparar a busca de empresas por centros de distribuição e outros espaços de armazenamento de mercadorias para entrega. Isso significa que esses imóveis não ficarão vazios por muito tempo.
No caso dos shoppings, no entanto, o setor fica de sobreaviso.
O levantamento da Buildings mostra que alguns fundos não só têm exposição a shoppings que têm as Lojas Americanas como inquilinas, como têm muitos shoppings nessa situação.
É o caso, por exemplo, do fundo XPML11, da XP. Dos 16 shoppings istrados por esse FII, 9 possuem as Lojas Americanas como inquilina. As lojas da empresa são conhecidas por ocupar espaços grandes.
Para saber mais, e a Revista Buildings.
RBRP11 anuncia a locação de dois andares do Edifício River One, em São Paulo
Em fato relevante divulgado na semana ada, o do RBRP11 comunicou que o fundo imobiliário firmou contrato de locação de maia de 2.700 m² referentes aos 6º e 7º andares (quatro conjuntos) do Edifício River One, localizado em Pinheiros, São Paulo (SP). O prazo do contrato é de 10 anos.

Imagem: Unsplash
Essa locação representa 13,6% das lajes corporativas do imóvel, atingindo 21% de ocupação. Isso equivale a mais de 4.200 m².
Além disso, o RBRP11 diminuirá sua vacância física de 45% para 40%. Após a conclusão do período de carência, a vacância financeira do fundo imobiliário cairá para 43%.
Depois do período de carência e desconto, o valor de locação referente ao contrato representará cerca de R$ 0,024 por cota e é nominalmente, por m², superior à Renda por Indenização Insuficiente recebida pelo RBRP11 até outubro de 2022.
No mês de setembro, o fundo tinha recebido a última parcela integral da renda mínima garantida (RMG) do imóvel. Em outubro, os dividendos pagos eram de R$ 0,45 por cota. Já os valores mais recentes foram de R$ 0,27 por cota.
Para ler notícia completa, e aqui.
Críticas do novo presidente às metas do BC servem de obstáculo à queda da Selic
Na esteira das críticas feitas na semana ada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) às metas de inflação e à autonomia do Banco Central, as expectativas de inflação de médio e longo prazo voltaram a subir.
Aos poucos, o mercado cristaliza a expectativa de que a inflação ficará em níveis mais altos ao longo de todo o horizonte de projeção, com estimativas cada vez mais distantes do centro da meta. Com isso, as taxas de juros de longo prazo retomaram o nível de 13% ao ano.
Em outras palavras, os posicionamentos recentes do presidente dificultam a queda da Selic, hoje na altura dos 13,75% ao ano.
Isso porque, de acordo com a autoridade monetária em comunicados recentes, expectativas para a inflação precisam antes convergir às suas metas para abrir espaço ao relaxamento da política monetária.
“O mercado reavalia a política econômica à frente e as indicações que o presidente tem dado, de que deve elevar as metas de inflação, se refletem em uma alta das expectativas”, afirma o economista-chefe da Novus Capital, Tomás Goulart.
Essa sinalização, segundo ele, faz com que um nível de 3% para a inflação – como é a meta para 2025 – seja muito baixo.
Prologis traz previsões e tendências para o mercado logístico em 2023
A Prologis Research, com base em décadas de experiência no setor e Dados proprietários, bem como insights exclusivos de seu portfólio global de aproximadamente 111 milhões de metros quadrados e 6,2 mil clientes no mundo, realizou algumas previsões e tendências para 2023.
A primeira previsão aponta que o início do desenvolvimento de galpões logísticos nos EUA cairá para o menor nível em sete anos, mesmo com o crescimento do aluguel superior a 10%.
Impulsionado por um rápido aumento no custo de capital, o início do desenvolvimento diminuirá em 60% para menos de 16,3 milhões de metros quadrados em 2023. Os inícios trimestrais caírem 30% de seu pico na Europa e espera-se um padrão semelhante nos Estados Unidos.
Um recuo dessa magnitude criaria uma escassez de espaço em 2024. O pipeline cairá de mais de 46,5 milhões de metros quadrados no terceiro trimestre de 2022 para 25,5 milhões no final de 2023.
A baixa vacância produzirá mais um ano de crescimento de aluguel de dois dígitos. Mesmo que a nova demanda caísse para zero, a taxa de vacância nacional aumentaria apenas 260 bps para 5,9%, bem abaixo da média de longo prazo.
A segunda previsão aponta que as barreiras ao desenvolvimento da Califórnia restringirão permanentemente a demanda logística, permitindo que o Texas se torne o estado número 1 em absorção líquida.
A terceira previsão aponta que a demanda do México atingirá um novo recorde anual à medida que o nearshoring (reconfiguração da cadeia de abastecimento para ficar mais próxima do consumidor final) impulsiona a expansão ao longo da fronteira.
Para conferir todas as previsões, e aqui.
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