Resumo da Semana: notícias do mercado imobiliário corporativo #110

Apresentamos abaixo as notícias mais recentes do mercado imobiliário corporativo, de 13/01 a 19/01, além de artigos e conteúdos com temas relacionados. Para se inscrever no canal da Buildings no Youtube, clique aqui.

Os aluguéis de edifícios comerciais em São Paulo crescerão acima da inflação?

18/01 – Revista Buildings

O crescimento dos aluguéis em edifícios corporativos na cidade de São Paulo acima da inflação é inexorável? Este é o tema de um documento produzido pelo Núcleo de Real Estate da USP que cita dados da Buildings em suas pesquisas e análises. 

Há um forte alinhamento de expectativas entre executivos de companhias e gestores de fundos de investimento que detêm portfólios de edifícios de escritórios corporativos quanto ao comportamento dos aluguéis médios vigentes no mercado, de que estariam inequivocamente destinados a subir acima da inflação nos próximos anos.

Com base em cenários alternativos da conjuntura econômica e de mercado especulamos em que medida e sob que circunstâncias poderá se verificar uma reversão da estagnação dos valores médios nominais praticados no mercado de São Paulo.

A séria histórica é originária da plataforma CRE Tool da Buildings Pesquisa Imobiliária e refere-se ao estrato superior do mercado, compreendendo o universo de edifícios classe AA e AAA na cidade de São Paulo.

Resta evidente que a partir de janeiro de 2010 os preços médios de locação do estrato avançam acima do ipca-ibge constantemente até o terceiro trimestre de 2012, a partir daí observa-se uma queda recorrente, tanto em termos efetivos quanto em valores nominais.

A curva descendente dos preços encontra o seu ponto de inflexão suave em janeiro de 2020, quando ensaia uma leve recuperação, rapidamente refreada com o advento da pandemia, de modo que ao final do terceiro trimestre de 2022, os preços nominais médios situam-se em patamares similares aos verificados no começo da década de 10, ou seja, cerca de 90 R$ por m2 de ABL.

Para saber mais, leia a pesquisa do NRE da USP na Revista Buildings.

Fundos imobiliários em recuperação

19/01 – Valor Investe

Os fundos imobiliários de tijolo, que investem em imóveis físicos, aram por uma reviravolta importante em 2022. Vale lembrar que a renda variável sofreu no ano ado.

Carteiras que vinham sendo castigadas pelos efeitos provocados pela pandemia de Covid-19 encontraram espaço para buscar uma retomada no ano ado. Algumas, no entanto, ainda são negociadas com bastante desconto.

Imagem: Unsphash

Em um período de altos e baixos para a categoria como um todo, os fundos com ativos reais no portfólio conseguiram recuperar parte das perdas anotadas durante a pandemia.

A base de sustentação dessa guinada dos fundos de tijolo foi pautada por uma expectativa do mercado de uma possível mudança no ciclo de aperto monetário.

Isso gerou uma forte crença de corte nas taxas de juros já no início deste ano – esperança essa que, cabe ressaltar, caiu por terra depois que a questão fiscal se materializou como um risco real para os investimentos.

Os fundos imobiliários de papel, que investem em títulos de renda fixa do setor imobiliário, por outro lado, sentiram o gosto amargo dos três meses de deflação no segundo semestre do ano ado.

Esses fundos, por serem atrelados ao IPCA, reduziram a distribuição de dividendos e, consequentemente, viram o preço da cota cair. Em contrapartida, os fundos de papel indexados ao CDI se beneficiaram da taxa de juros em patamar elevado.

No recorte do acumulado do ano, é possível dizer que houve um certo equilíbrio entre os desempenhos apresentados pelos setores de papel e tijolo.

Para saber mais, e a Revista Buildings.

Direcional, EZTec e Mitre divulgam prévia do quarto trimestre

13/01 – Seu Dinheiro

Três companhias do setor imobiliário — Direcional (DIRR3), EZTec (EZTC3) e Mitre (MTRE3) — divulgaram documento com a performance das ações de cada uma.

Se a performance das ações fosse o único indicativo de qual resultado foi mais bem-recebido, a Direcional seria a campeã.

Imagem: Rawpixel.com/Freepik

 As ações DIRR3 registram a menor queda do grupo em um dia no qual quase todo o setor operou no vermelho. Apesar disso, o quarto trimestre da companhia foi mais fraco que o esperado pelos especialistas da construção civil.

A Direcional reportou vendas líquidas contratadas de R$ 694,3 milhões no quarto trimestre.

Além disso, no resultado consolidado de 2022, a construtora teve o melhor ano de vendas líquidas da sua história, com R$ 3 bilhões. A cifra é 23% superior à registrada em 2021.

A Direcional quebrou outro recorde ao lançar R$ 3,6 bilhões em 2022, crescimento de 16% na comparação com o ano anterior.

A EZTec, por outro lado, está entre as maiores quedas do índice imobiliário da B3, mas a compra das ações EZTC3 ainda é recomendada pela maior parte dos analistas consultados.

O quarto trimestre foi mais fraco que o previsto pelos analistas. O Santander cita, por exemplo, que os R$ 293,5 milhões em lançamentos representam uma queda de 40% na comparação anual. Já as vendas brutas ficaram em R$ 334 milhões, um recuo de 14,8% ante o 4T21.

Entre as três construtoras da rodada, a Mitre foi quem mais agradou os analistas. Os resultados foram considerados “decentes” pelo BTG Pactual, com números sólidos na frente operacional.

As vendas líquidas de R$ 319 milhões no quarto trimestre marcaram um recorde histórico para o indicador e foram 1,9% superiores às do mesmo período de 2021. No acumulado anual a alta foi de 13%, para R$ 827,2 milhões.

Para ler notícia completa, e a Revista Buildings.

RBR Asset vende parte de projeto na Faria Lima e embolsa R$ 60 mi

13/01 – Estadão Imóveis

A RBR Asset Management vendeu seis de dez andares de um edifício corporativo que está em construção na Faria Lima, coração do mercado financeiro de São Paulo, por R$ 60 milhões.

O comprador é uma empresa de tecnologia que vai se mudar para o novo endereço, e que não teve o nome revelado. O projeto, que deve ser entregue na segunda metade deste ano, é um dos sete sob gestão do fundo RBR Desenvolvimento Comercial.

Crédito: Getty Images

A RBR desenvolve os projetos junto com incorporadoras, ajudando a financiá-los. No projeto em questão, o PVN Corporate Boutique, a sociedade é com a Benx, mas há outras empresas com as quais a gestora atua.

Em geral, a RBR busca locatários para as lajes e depois, vende os edifícios a terceiros. Desta vez, porém, topou vender os andares direto para o ocupante, que pagou cerca de R$ 24 mil por metro quadrado.

Na região, o preço do metro quadrado tem girado em torno de R$ 11 mil.

Os projetos que a gestora está tocando têm valor de vendas de cerca de R$ 1,5 bilhão, de acordo com o sócio da RBR Guilherme Bueno Netto.

A companhia deve focar no desenvolvimento dessa carteira em 2023, diante do cenário econômico mais incerto, mas não está de olhos fechados para boas oportunidades, em especial em terrenos.

Iguatemi bate recorde de vendas no quarto trimestre e chega a R$ 17 bilhões em 2022

12/01 – Seu Dinheiro

As finanças da Iguatemi vão muito bem. Prova disso é que a a de shoppings publicou a prévia operacional na semana ada e vendeu R$ 5,3 bilhões no quarto trimestre do ano ado, alcançando um recorde.

A cifra representa uma alta de 10,7% sobre o resultado do mesmo período de 2021, que já havia sido celebrado, e um crescimento de 23,8% na comparação com o último trimestre de 2019, no período pré-pandemia.

As eleições e a Copa do Mundo, dois eventos ocorridos no período, afetaram negativamente as vendas. Mas, segundo a companhia, o resultado foi compensado pelo forte desempenho dos shoppings no Natal.

A Iguatemi também registrou um recorde no resultado consolidado de 2022, com R$ 17 bilhões em vendas totais. O avanço foi de 33,7% ante o ano anterior e de 24,4% em relação a 2019.

Para quem tem interesse no setor de shoppings, o Módulo Shoppings da Buildings possui dados de mais de 600 shoppings em um só lugar.

Desde 2021, o Buildings CRE Tool tem sido abastecido constantemente com a coleta de informações obtidas com os lojistas e proprietários dos imóveis.

Com isso, de posse de diversas informações (como ABL total do shopping, nome dos proprietários etc), os clientes e players já podem cruzar informações. Além de fazer análises e negociações.

Para se ter ideia da robustez da pesquisa até aqui, todos os shoppings centers de São Paulo e Rio de Janeiro já estão disponíveis na base de dados Buildings CRE Tool, além do setor de Fundos Imobiliários (os FIIs). 

Para saber mais, agende uma apresentação aqui

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