Apresentamos abaixo as notícias mais recentes do mercado imobiliário corporativo, de 30/12 a 05/01, além de artigos e conteúdos com temas relacionados. Para se inscrever no canal da Buildings no Youtube, clique aqui.
Rio de Janeiro encerra 2022 com crescimento na ocupação de 20 mil metros quadrados
O mercado de escritórios de alto padrão (Classe A) da cidade do Rio de Janeiro encerrou o ano de 2022 com um crescimento na ocupação de quase 20 mil metros quadrados. Isso mesmo. A cidade alcançou 19.854 mil m² de absorção líquida positiva no 4T/2022, resultado expressivo para começar o ano.
A absorção líquida é o indicador de crescimento ou retração do mercado, medido trimestre a trimestre. Com esse resultado, a cidade do Rio de Janeiro alcança o sexto trimestre consecutivo de absorção líquida positiva.
Os dados apurados pela Buildings apontam que o mercado imobiliário carioca segue com outros números estabilizados no 4T/2022 – em comparação ao 3T/2022 – tanto no número de edifícios, quanto estoque total, atividade construtiva e taxa de vacância.
O estoque total permanece 1,8 milhão de m² no 4T/2022. Por outro lado, o estoque ocupado aumentou: saiu de 1,123 milhão de m² no 3T/2022 para 1,142 milhão de m² no 4T/2022.
Quanto à atividade construtiva, ela permanece a mesma desde o 1T/2022: 90.541,34 mil m² (4T/2022).
A absorção líquida positiva, sem dúvida, foi o grande destaque do 4T no Rio de Janeiro: chegou a 19,854 mil m². No 3T/2022 havia sido menor: mais de 14 mil m²; no 3T/2022 foi superior a 2 mil m² e no 1T/2022 foi superior a 8 mil m².
FIIs de escritórios buscam recuperação em 2023
O setor de fundos imobiliários (FIIs) está sempre em pauta. E agora que o ano começou, ainda mais. Não é à toa que diversas gestoras têm analisado e feito suas apostas e perspectivas para 2023.
Mas afinal, o setor vai se recuperar ou seguirá patinando?

Imagem: Unsplash
Caio Araujo, da Empiricus, relacionou dois FIIs de crédito que estão bem posicionados neste novo ano. Isso ocorre diante das ótimas taxas contratadas ao longo de 2022.
Segundo ele, a alocação em pós-fixados ainda merece certa atenção, especialmente para os investidores mais avessos ao risco. Quando se fala em exposição ao CDI, o investidor tradicional de fundos imobiliários já tem um nome na ponta da língua: Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11).
O segmento mais “estressado” da bolsa atualmente, mas que também registra maior desconto são os FIIs de lajes corporativas.
É visível que o ambiente das lajes corporativas tem melhorado desde o início de 2022, com a volta dos funcionários aos escritórios físicos e a ligeira melhora econômica.
Com isso, a ocupação do segmento registrou crescimento nos últimos quatro trimestres em São Paulo, principal centro corporativo do país.
Até o momento, o destaque vai para as praças historicamente mais aquecidas: Itaim Bibi e Vila Olímpia. Essas regiões aumentaram significativamente a ocupação de seus imóveis em 2022.
Ainda assim, existem dúvidas sobre a durabilidade deste movimento, especialmente em regiões “periféricas”. Por essa razão, a recomendação entre os FIIs no segmento estão concentradas em imóveis paulistanos.
No entanto, é preciso ter cuidado. O especialista aponta que existe uma discrepância significativa de desconto entre alguns FIIs no setor. Alguns cases continuam bastante estressados operacionalmente e registraram recuo grande nas cotas, distorcendo a análise setorial.
Vendas totais da Multiplan batem recorde em 2022 ao subir 37%
As vendas totais da Multiplan somaram R$ 20 bilhões no ano de 2022, de acordo com prévia operacional divulgada pela companhia nesta semana. O montante é recorde para o período e representa alta de 37% ante 2021.
Em relação a 2019, no período pré-pandemia, a alta foi de 22,8%.

Imagem: Pixabay
No quarto trimestre de 2022, as vendas totais do portfólio da Multiplan atingiram R$ 6,3 bilhões, superando o desempenho do mesmo intervalo de 2021 em 12,9% e em 22% ante os três meses encerrados em dezembro de 2019.
Segundo a empresa, o último trimestre de 2022 teve impulso da Black Friday, cujas vendas cresceram 18,9% ante 2021, e da semana do Natal, que expandiram 12,7% na mesma base comparativa, atingindo um recorde para o período.
A Multiplan ressalta ainda que o recorde de vendas do quarto trimestre poderia ser ainda maior, sem eventos específicos como eleições presidenciais e a Copa do Mundo.
O setor de serviços expandiu 54,7% em 2022 ante o mesmo período de 2021, enquanto o segmento de alimentação cresceu 44,7%. No quarto trimestre, ambos os segmentos foram novamente destaques, de acordo com a Multiplan, registrando alta de 22,3% e 17,4% contra igual período de 2021.
A Multiplan pontua que o Shopping Vila Olímpia apresentou o maior crescimento de vendas do portfólio em 2022, 56,6% acima de 2021.
De forma similar, o Morumbi Shopping ultraou as vendas de 2021 em “expressivos” 53,7%. Na comparação com 2019, as vendas na unidade cresceram 29,9%.
Já o shopping Park Jacarepaguá — que completou seu primeiro ano em 19 de novembro — registrou, em dezembro de 2022, vendas 34,6% superiores a dezembro de 2021.
Fundos imobiliários em 2023: confira as perspectivas de 8 gestoras
Quem acompanha o mercado de fundos imobiliários sabe como 2022 performou. Volatilidade, inflação de dois dígitos, IPCA negativo e cotas despencando. Tudo isso aconteceu.
Por outro lado, também não faltaram oportunidades. A exemplo disso, os FIIs de CRI tiveram rendimentos nas alturas, e as emissões de cotas e fundos de tijolo aumentando seus rendimentos.
E agora em 2023, quais são as perspectivas para os fundos imobiliários?

Imagem: Unsplash
A opinião de oito gestoras sobre o setor de fundos imobiliários aponta que os FIIs não terão “vida fácil” em 2023.
Uma das adversidades vem justamente das incertezas em relação ao equilíbrio fiscal e controle da inflação. Com isso, há possibilidade de grande volatilidade no mercado secundário.
Porém, as gestoras dos FIIs se mostraram otimistas em outras frentes, apontando oportunidades de investimentos no mercado real e aumento da renda dos FIIs de diferentes setores.
Confira algumas opiniões
A CY Capital, responsável pelo FII Cyrela Crédito (CYCR11), acredita que este ano será positivo para os fundos imobiliários. A gestora sugere que, com uma inflação mais controlada, as taxas de juros podem cair. Este movimento será positivo tanto para os fundos de papel quanto para os FIIs de tijolo.
Para a Fator a de Recursos ainda há incertezas quanto à política macroeconômica neste ano. Se os juros não caírem, o mercado de fundos imobiliários poderá encontrar maiores dificuldades.
Porém, a gestora do VRTA11 acredita que em cenário de maior inflação, os FIIs de papel ficam mais atrativos.
A GTIS Partners, que atua na gestão de ativos imobiliários nos Estados Unidos e no Brasil, também acredita que o mercado imobiliário brasileiro será positivo em 2023.
A gestora comenta que existe uma perspectiva favorável, principalmente para o investidor estrangeiro que deseja investir no Brasil. Segundo ela, no governo Lula há expectativa de uma pauta ambiental mais alinhada aos interesses dos investidores estrangeiros.
Para conferir a opinião das demais gestoras, e a Revista Buildings.
Mercado de condomínios logísticos: para onde iremos em 2023?
A Buildings entrevistou Clarisse Etcheverry, Fundadora e CEO da EREA, sobre o mercado de condomínios logísticos.
Recentemente publicamos um artigo sobre o forte aquecimento do mercado logístico brasileiro – que em 2022 recebeu ao todo 3,6 milhões de m² de novo estoque.
De acordo com Clarisse Etcheverry, os números atuais estão ratificando o movimento que já era observado pela EREA desde 2020, potencializado pelo ciclo da Covid-19.
“Quando houve o grande crescimento da absorção de galpões para atendimento de uma demanda potencializada pelo período da pandemia, também aconteceu uma grande quantidade de transações de venda de ativos, motivadas pelas baixas taxas de juros que na época impulsionaram as captações de FIIs. A região de São Paulo, principalmente, recebeu um volume de novas locações nesse período que também coincidiu com o grande volume de entrega de novos produtos, o que acabou movimentando demais o mercado de capitais do setor”, explica.
Ela ressalta que esse aquecimento acabou trazendo players de desenvolvimento justamente porque na época, apesar de já existir a pressão inflacionária nos custos de construção, a expectativa da rápida absorção e os valores de venda dos ativos, viabilizaram os investimentos em novos projetos.
Para conferir a análise da especialista sobre a grande expansão do setor logístico e suas perspectivas para o ano de 2023, leia entrevista completa na Revista Buildings.
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