Apresentamos abaixo as notícias mais recentes do mercado imobiliário corporativo, de 16/12 a 22/12, além de artigos e conteúdos com temas relacionados. Para se inscrever no canal da Buildings no Youtube, clique aqui.
Mercado de condomínios logísticos: para onde iremos em 2023?
A Buildings entrevistou Clarisse Etcheverry, Fundadora e CEO da EREA, sobre o mercado de condomínios logísticos.
Recentemente publicamos um artigo sobre o forte aquecimento do mercado logístico brasileiro – que em 2022 deverá receber ao todo 3,6 milhões de m² de novo estoque, dos quais, até o fechamento do 3º trimestre, 2,5 milhões de m² já foram entregues. Leia artigo completo aqui: Mercado logístico brasileiro recebe 3,5 milhões de m² de novo estoque em 2022
Para se ter ideia, em 2020 e 2021, o total de novos empreendimentos logísticos entregues foi de 1,6 milhão e 1,3 milhão de m², respectivamente.
O resultado apresentado apenas nos três primeiros trimestres de 2022 é impressionante: 2,5 milhões de m² de novo estoque em todo o país.
E mais: a projeção de novo estoque para o 4T de 2022 é de 1,1 milhão de m².
De acordo com Clarisse Etcheverry, os números atuais do 3T de 2022 estão ratificando o movimento que já era observado pela EREA desde 2020, potencializado pelo ciclo da Covid-19.
“Quando houve o grande crescimento da absorção de galpões para atendimento de uma demanda potencializada pelo período da pandemia, também aconteceu uma grande quantidade de transações de venda de ativos, motivadas pelas baixas taxas de juros que na época impulsionaram as captações de FIIs. A região de São Paulo, principalmente, recebeu um volume de novas locações nesse período que também coincidiu com o grande volume de entrega de novos produtos, o que acabou movimentando demais o mercado de capitais do setor”, explica.
Ela ressalta que esse aquecimento acabou trazendo players de desenvolvimento justamente porque na época, apesar de já existir a pressão inflacionária nos custos de construção, a expectativa da rápida absorção e os valores de venda dos ativos, viabilizaram os investimentos em novos projetos.
“Esse movimento de São Paulo, agora, tende a diminuir. Não terá o mesmo volume de construção ou entregas. A gente viu essa absorção líquida do setor com a entrega de novos espaços, mas não será mais assim daqui para a frente”.
Para conferir a análise da especialista sobre a grande expansão do setor logístico e suas perspectivas para o ano de 2023, leia entrevista completa na Revista Buildings.
FII TRX Real Estate recebe R$ 24,2 milhões por venda de ativo em São Paulo
O fundo imobiliário TRX Real Estate (TRXF11) comunicou ao mercado ter recebido o montante de R$ 24,2 milhões de um imóvel em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. O valor é referente à segunda parcela da venda do ativo. A informação é da última segunda-feira (19).
A alienação do imóvel, anunciada em julho deste ano, foi para o fundo VBI Consumo Essencial (EVBI11). Atualmente o imóvel é ocupado pela varejista Sodimac.
O TRXF11 estima receber o total aproximado de R$ 73,4 milhões. Com isso, o lucro da venda seria perto de R$ 14,5 milhões em relação ao total investido no imóvel.
Outra notícia do portal Trap aponta a desvalorização das cotas dos FIIs de tijolo nos últimos três meses, com o mercado vendo a perspectiva de manutenção da Selic em patamar elevado no ano que vem. Isso trouxe oportunidade de investimento em alguns portfólios que antes estavam caros na Bolsa.
Fundos que antes negociavam com ágio na Bolsa, agora estão com desconto, com valor da cota abaixo do valor patrimonial, o que chegou a atrair alguns gestores de FIIs.
Para conferir os fundos de tijolos do IFIX que estavam negociando acima do valor patrimonial e agora estão com desconto, e a Revista Buildings.
Fusões e aquisições: número de negócios pode crescer de 15% a 20% em 2023, apesar do risco fiscal
O mercado de fusões e aquisições recuperou o vigor no segundo semestre do ano. Após viver um início de 2022 fraco, com valores envolvidos caindo quase pela metade, agora o setor parece ter tomado novo fôlego.
Para o próximo ano, há chance de o volume de transações superar em 15% a 20% o total de 2022, a depender da melhora do ambiente de investimentos. Essa é a visão de fontes do setor.
Este ano deve fechar com quantidade de operações no mesmo patamar de 2021, quando essa indústria bateu recorde, com 1.627 operações. Essa informação é da consultoria americana Kroll.
Porém, para que o ritmo volte a acelerar serão precisos sinais claros de compromisso.
Pesquisa da Kroll mostra que, até novembro, foram 1.389 operações este ano, ligeiramente abaixo do mesmo período de 2021 (recuo de quase 6%). A consultoria entende que 2022 deve repetir o patamar de cerca de 1,6 mil negócios, porque há várias operações sendo anunciadas em dezembro.
Já os dados da Dealogic apontam que, no acumulado do ano até a semana ada, as fusões e aquisições totalizaram US$ 50,5 bilhões, com 909 operações. Em 2021, foram US$ 90,2 bilhões, com 922 negócios. Neste levantamento, a Dealogic considera as operações com valores divulgados.
Essa diferença de valores pode ser explicada, segundo fontes, pela queda nos “valuations” de negócios neste ano. Além da instabilidade maior nos mercados e desvalorização de ativos, e pelo efeito da forte base de comparação de 2021. Naquele ano, transações nos mais diversos setores foram fechadas a tíquetes altos, antes do período eleitoral.
Em valor, a soma de transações foi menor este ano, com mercados mais instáveis e ativos menos valorizados.
Fundo HGBS11 faz proposta de compra do Shopping Jardim Sul
O HGBS11 apresentou uma proposta de aquisição de 40% do Shopping Jardim Sul, localizado na região do Morumbi, em São Paulo.
O imóvel pertence ao fundo imobiliário Jardim Shopping Sul. Neste caso, o HGBS11 é cotista do fundo, detentor de mais de 5% das cotas emitidas pelo JRDM11.
O HGBS11 solicitou à a do JRDM11, o BTG Pactual, que seja realizada a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária na forma de consulta formal aos cotistas para submeter à deliberação dos cotistas do JRDM11 a venda de parte do imóvel pelo preço de R$ 217.76 milhões.
Além disso, o HGBS11 propõe a dissolução e liquidação do JRDM11, pedindo a substituição da a pela Hedge DTVM como a do fundo de shopping.
Shoppings serão espaço para resolver a vida e também fazer compras
“Pensar em shopping do futuro significa pensar em solução.” Essa afirmação é de Leandro Lopes, diretor de operações da Aliansce Sonae Shopping Centers. A frase traduz em poucas palavras uma tendência que tende a se consolidar nos próximos anos: a transformação dos malls em um destino onde o consumidor vai para resolver a vida e, até mesmo, para fazer compras.
Os shoppings do futuro, dizem especialistas, não serão semelhantes a um cenário de ficção comandado pela tecnologia, mas estarão sintonizados com as necessidades e demandas dos consumidores, que serão captadas com a adoção de ferramentas digitais.
“A transformação do varejo obriga o shopping a evoluir e a mudar o jeito de operar o negócio”, afirma Luiz Alberto Marinho, sócio-diretor da Gouvêa Malls.
No novo modelo, os programas de fidelidade ganharão ainda mais espaço e a oferta correta de entretenimento e serviços responderá pelo aumento do fluxo de público ao longo de todo o dia, não apenas em horários pontuais e fins de semana.
As novas propostas já podem ser conferidas aqui e no exterior. “O ParkJacarepaguá, da Multiplan, por exemplo, abriga o Parque da Magia, um espaço lúdico, rico em aventuras sensoriais para crianças de até 12 anos, além de uma área grande, gramada e cercada, para receber pets”, destaca Marinho.
Com participação em 22 shoppings e istração de 11 centros de compra de terceiros, a Aliansce Sonae planeja usar 2,3 milhões dos 4,4 milhões de m2 de terrenos próprios para implementar projetos multiuso, sendo 38% para edifícios residenciais, 39% para prédios corporativos, 16% para hotéis e 5% para clínicas e hospitais, em shoppings distribuídos por São Paulo, Rio de Janeiro e regiões Norte e Nordeste.
“Oito projetos já estão em construção, como o Hospital da Unimed e seis torres residenciais em Maceió; um hotel em Uberlândia e três torres residenciais em Goiânia”, diz Lopes.
Marinho avalia, porém, que nos próximos dois anos os shoppings investirão muito em tecnologia para conhecer melhor a clientela.
“O crescimento é resultado da criação de um canal proprietário de contato direto com nossos clientes a fim de oferecer funcionalidades que os auxiliem em suas jornadas em nossos shoppings”, diz Armando d’Almeida Neto, vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Multiplan.
Apenas no terceiro trimestre deste ano, o Multi disponibilizou mais de 1,5 mil cupons de descontos e vantagens, transformando-se na porta de entrada para eventos e atrações dos shoppings com filas virtuais e horário marcado.
No mesmo período foram realizados 215 eventos com a presença de 190 mil usuários. Com 20 shoppings em operação e mais de 6 mil lojas, a Multiplan recebe 190 milhões de visitas por ano.
A Iguatemi, que detém participação em 14 shoppings, dois outlets e no marketplace Iguatemi 365, com mais de 450 marcas de luxo, também está investindo pesado em programas de relacionamento.
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