Confira abaixo as mais recentes notícias do mercado imobiliário corporativo, além de artigos com temas relacionados.
Segmento imobiliário tem usado IPCA para reajustar contratos de aluguéis
O pesadelo da pandemia volta a assustar o mercado de fundos imobiliários, com o fechamento de shoppings, lojas e o adiamento da volta aos escritórios.
Mas, além das incertezas ligadas à segunda onda da crise da saúde, outro fantasma assombra o mercado de locação corporativa: desde o ano ado o indicador mais usado para reajustar contratos de aluguéis tem rondado patamares perto de 30% ao ano.
Para o sócio-fundador da Hedge, André Freitas, o nível do referencial, associado a uma crise como pano de fundo, tem levado o mercado a se ajustar.
O gestor explica que os proprietários se mostram dispostos a negociar. Segundo ele.
“Tenho visto muita a troca do IGP-M pelo IPCA, algumas provisoriamente, mas boa parte em definitivo. Mas ainda não está ocorrendo uma migração para imóveis mais baratos, porque as negociações têm funcionado”.
O segmento de lajes corporativas pode viver período mais difícil que o esperado em 2021 não só por conta do IGP-M.
Conforme o gestor, há situações específicas nas quais os locadores têm conseguido rear o IGP-M de maneira integral.
“São os casos de contratos firmados logo após a recessão [entre 2015 e 2017], quando o mercado estava deprimido e os proprietários tiveram de oferecer descontos e carências que atingiam 18 meses em alguns casos”.
Copom surpreende e eleva Selic a 2,75% na primeira alta em 6 anos
A escalada persistente dos preços levou o Copom, o Comitê de Política Monetária, do Banco Central, a elevar a taxa básica de juros, a Selic, em 0,75 ponto percentual, a 2,75% ao ano.

Sede do Banco Central, em Brasília – Sérgio Lima – 20.set.2013/Folhapress.
Isso ocorreu na última quarta-feira, dia 17.
A Selic estava em seu menor patamar desde agosto do ano ado, a 2% ao ano, como resposta à crise gerada pela pandemia.
A decisão de aumentar os juros surpreendeu porque veio acima das expectativas do mercado. A maior parte dos economistas consultados esperavam elevação de 0,5 ponto – alguns apostavam em uma alta mais gradual, de 0,25.
O comitê justificou que os indicadores recentes de atividade econômica mostram recuperação da economia e que as expectativas de inflação foram revisadas para cima.
Segundo o texto, uma alta mais acentuada da taxa de juros reduz a probabilidade de que a meta não seja cumprida este ano.
“Os membros do Copom consideram que o cenário atual já não prescreve um grau de estímulo extraordinário, com juros muito baixos. O Produto Interno Bruto, o PIB, encerrou 2020 com crescimento forte na margem, recuperando a maior parte da queda observada no primeiro semestre, e as expectativas de inflação aram a se situar acima da meta no horizonte relevante de política monetária”, pontua o comunicado da decisão.
Magazine Luiza, B2W ou Via Varejo: quem levou a melhor em 2020?
O grande destaque para o setor varejista em 2020 foi a corrida para oferecer o melhor serviço nas vendas online.
Ao mesmo tempo, as empresas precisaram aprender como aproveitar melhor as lojas físicas, que aram um bom tempo de portas fechadas.
O e-commerce foi um dos poucos setores que cresceram com a pandemia. Segundo a Mastercard, as vendas online cresceram 75% no Brasil. A XP Investimentos ainda espera crescimento de 32% do comércio eletrônico em 2021.
Diante disso, vimos resultados positivos nos balanços das grandes varejistas brasileiras. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) da Via Varejo em 2020 foi de R$ 2,9 bilhões de reais.
O do Magalu apresentou R$ 1,5 bilhão de reais e a B2W R$ 950 milhões de reais.
Apesar dos fortes números da Via Varejo, 2020 tem outro dono: o Magazine Luiza. Esta é a opinião da maior parte dos especialistas consultados, embora o Magalu não seja unanimidade.
Para especialistas, o Magazine Luiza foi o escolhido pelo enorme potencial de gerar valor usando as lojas físicas. A empresa é pioneira na estratégia de integração das lojas com o e-commerce. E, mesmo com as restrições de circulação, as vendas cresceram 11% nas lojas físicas.
Segundo afirma Luiz Claudio Dias Melo, sócio-diretor da consultoria 360 Varejo.
“É o Magalu quem manda no negócio chamado omnichannel (integração de canais), mesmo com a pressão dos concorrentes chegando forte. É impressionante como a empresa apresenta boas notícias um trimestre após o outro”.
Lucas Carvalho, analista da Toro Investimentos, considera que a Via Varejo foi a empresa de melhor desempenho entre as gigantes do varejo no ano ado.
“A Via Varejo foi o principal destaque pela transformação da companhia, que precisou de uma agilidade imensa para direcionar os esforços para as vendas online”.
Parece que a estratégia de transformação da empresa vem dando certo. A varejista viu seu e-commerce crescer 174% em 2020. Seu marketplace teve crescimento de 84%. Já o Ebitda foi multiplicado por 2,7 e chegou a R$ 2,9 bilhões de reais no ano ado.
Nessa corrida, a B2W corre por fora, por enquanto.
É verdade que a dona da Americanrevista-buildings-br.diariodoriogrande.com e Submarino apresentou sinais de recuperação no quarto trimestre, quando reportou lucro de R$ 16 milhões de reais após uma longa série de prejuízos.
Por atuar apenas no e-commerce, diferentemente de suas principais concorrentes, a B2W foi beneficiada pelo boom do comércio eletrônico e não precisou se preocupar com o desempenho de lojas físicas.
Segundo Luiz Claudio Dias Melo, sócio-diretor da consultoria 360 Varejo.
“A B2W e a Via Varejo estão criando uma forte pressão no Magazine Luiza. A briga parece ter finalmente esquentado”.
Mercado de escritórios de alto padrão termina 2020 com vacância alta
A taxa de vacância dos imóveis comerciais de alto padrão em São Paulo fechou o ano de 2020 em alta e deve subir ainda mais a partir do segundo trimestre. Isso porque serão colocados no mercado cerca de 130 mil metros quadrados em lajes de escritórios.
O percentual de espaços vagos está entre 17,2% e 22,4%, dependendo da consultoria.
De 16,1% no último trimestre de 2019, a Newmark projeta que a vacância em São Paulo tenha chegado a 20,8% ao fim do ano ado.
O cálculo considera um estoque de 4,89 milhões de metros quadrados, entre imóveis (os triple A, no jargão do mercado) nas regiões mais cobiçadas, como o eixo Berrini-Chucri Zaidan e a Faria Lima, e os demais padrões.
Nos cálculos da consultoria Buildings, a taxa de vacância desses imóveis em São Paulo está em 17,2%.
O estoque total de edifícios corporativos na capital paulista chega a 11,2 milhões de metros quadrados, distribuídos em 1.560 prédios. Desses, apenas 247 são considerados de alto padrão.
Para a JLL, ficou em 22,4%.
A adoção do home office e a crise econômica decorrente da pandemia foram fatores de pressão sobre o índice de espaços vagos, mas não os únicos.
A oferta também cresceu em 2020, ao mesmo tempo em que as empresas entregavam espaços ou desaceleravam contratações.
Em seu relatório, a JLL diz que, apesar do saldo negativo, regiões como Faria Lima, Paulista e Chácara Santo Antônio terminaram o ano com ganho em área ocupada.
A Buildings também destaca a região da Faria Lima como uma das que tiveram aumento na absorção líquida em 2020.
De 1,257 milhão de metros quadrados ocupados no primeiro trimestre, em todos os padrões, a região fechou o ano com 1,273 milhões de metros quadrados.
No mercado de imóveis comerciais, Berrini, Faria Lima e Vila Olímpia são chamadas de regiões primárias .
Nessas áreas, apesar das devoluções terem crescido no ano ado, a oferta de prédios de alto padrão, os triple A, ainda é considerada baixa. Deve subir a partir das entregas previstas ainda para este semestre.
Para a WeWork, 2021 é o ano da virada
Reportagem publicada pelo jornal britânico Financial Times chamou atenção para o novo momento vivido pelo WeWork, até pouco tempo, a grande estrela do segmento de escritórios compartilhados.

Lucas Mendes, diretor-geral do WeWork no Brasil.
A companhia entrou em parafuso depois do turbilhão de problemas desencadeado por um IPO frustrado, no segundo semestre de 2019, que trouxe à tona problemas de governança, de estratégia e um histórico de resultados deficitários.
Mas vem encontrando a luz no fim do túnel a partir de mudanças geradas pela crise da saúde.
De acordo com a afirmação de Lucas Mendes, diretor-geral do WeWork no Brasil.
“Esse modelo de trabalho híbrido, que a gente vinha propondo há muito tempo, ganhou o mainstream. Está muito claro que você não precisa gastar duas horas no trânsito, mas as pessoas querem, em algum momento, ter um escritório”.
Ainda segundo o executivo, a aceleração dessa tendência já está se refletindo na operação brasileira, já que “as empresas com mais de mil funcionários já representam mais de 50% de nossos clientes”, afirma.
A lista inclui companhias como a Sky, que aderiu a essa tendência e firmou contrato com a WeWork no período.
Entre aberturas e fechamentos de unidades, hoje, o WeWork tem 32 unidades no mercado brasileiro. Antes de retomar os planos de expansão, a partir do segundo semestre, a empresa quer avaliar a aderências de produtos que estão sendo testados no País e que vão ao encontro dessas tendências, como a locação de espaços por hora.
ARTIGOS BUILDINGS
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Nesta semana, publicamos um novo vídeo sobre Como escolher os FIIs de logística em 2021 Se interessa pelo assunto? Então confere abaixo:
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