Realizada entre os dias 04 e 23 de junho, a Pesquisa de Mercado da Buildings “Escritórios, home office e a pandemia: o que mudou nestes últimos meses” teve por objetivo checar e entender as movimentações que ocorreram no mercado de escritórios desde que a pandemia se instaurou e o fechamento dos espaços comerciais teve de ocorrer.
Com isso, as empresas precisaram adotar as mais diferentes alternativas para reorganizar suas atividades, sua forma de trabalho e sua prestação de serviço. O home office foi assumido às pressas por algumas empresas que ainda não o utilizavam, enquanto outras tiveram menos dificuldades para se adaptar. Fato é que todas, impreterivelmente, aram por algum tipo de mudança.
O objetivo desta pesquisa com os clientes da Buildings e também com outras empresas foi observar o que deu certo e o que precisou ser revisto por cada organização durante este período pandêmico (que ainda não acabou).
Os resultados da pesquisa
A pesquisa contou com a colaboração de mais de 100 empresas. Destas, cerca de 80 estão localizadas em São Paulo capital.
O primeiro dado importante para o mercado imobiliário que merece destaque é que “a maioria das empresas com mais de 100 funcionários não reduziu seus escritórios”, conforme a pesquisa da Buildings apurou.
Empresas maiores
Das empresas que “não reduziram seu escritório”, apenas 3 possuem metragem quadrada entre 300 e 600 m². As demais possuem metragem superior a 600 m².
Das empresas com metragem quadrada entre 700m² e 1000m², apenas 1 informou que “Reduziu seu escritório no mesmo local”. Ela declarou possuir entre 30 e 50 funcionários e que também “Teve MUITA facilidade para se adaptar ao modelo home office”.
Quanto ao espaço físico que cada empresa ocupava, perguntamos se foi necessário adotar alguma medida de redução, ampliação ou devolução neste período. Este resultado se refere a todas as empresas que responderam a pesquisa:
A fim de conhecer a estrutura operacional de cada empresa participante, nós perguntamos sobre a quantidade de funcionários que fazem parte do time (CLT, MEI, PJ etc).
Os resultados foram:
Quanto ao ramo de atividade das empresas participantes:
- 30,5% são consultorias imobiliárias;
- 20% empresas de engenharia
- 13% de tecnologia
- 11% de property
- E 9,5% fundos imobiliários ou gestão de fundos.
- Quanto às empresas que se declaram de outro segmento, o total foi 24,8%
Perguntamos sobre a empresa já possuir o modelo home office antes da instauração da pandemia. Sobre isso:
- 55,2% disse que teve MUITA facilidade para se adaptar
- 29,5% disse que se adaptou, mas ou por ALGUMAS dificuldades
- 8,6% disse que considera que seu modelo ideal de trabalho é presencial nos escritórios
- 3,8% disse que se adaptou, mas ou por MUITAS dificuldades
- 2,9% disse que NÃO conseguiu se adaptar ao home office

Quanto às mudanças que a pandemia proporcionou, perguntamos como as empresas enxergam o futuro do trabalho no escritório.
Também checamos o tamanho da operação de cada empresa em metragem quadrada:
- 26,7% declararam entre 100 e 300m²
- Também 26,7% declararam até 100m²
- 18,1% declararam entre 700 e 1000m²
- 15,2% declararam mais de 1000m²
- 13,3% declararam entre 300 e 600m²
E depois de mais de um ano de pandemia, a empresa ocupa qual metragem?
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Sobre o reajuste de aluguel
Conforme temos acompanho, o IGP-M subiu muito ao longo de 2020 e acumula alta superior a 30% nos últimos 12 meses. Sobre isso, também perguntamos às empresas sobre a cobrança do aluguel durante o período em que o escritório ficou fechado:
- 37,1% declararam “Outro”
- 29,5% declararam que pagaram normalmente o aluguel, mesmo com o escritório sem funcionamento
- 15,2% disseram que renegociaram o valor do aluguel com o proprietário, conseguindo uma redução
- 14,3% disseram que o proprietário reduziu o valor do aluguel durante a pandemia
- 3,8% disseram que o proprietário suspendeu a cobrança do aluguel durante a pandemia
Considerando que a pandemia já ultraou um ano, perguntamos sobre o reajuste anual do aluguel. Como foi a renegociação para renovar o contrato?
- 36,2% declararam “Outro”
- 27,6% disseram que conseguiram renegociar com o proprietário dentro da realidade do mercado
- 20% disseram que ainda não houve o reajuste anual do aluguel
- 6,7% disseram que o proprietário sugeriu reajustar pelo IGP-M
E então, o que achou dos resultados na Pesquisa da Buildings? Deixe sua opinião abaixo.
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