Quanto custa alugar um escritório de alto padrão em São Paulo?

Nova Faria Lima continua com aluguéis valorizados, enquanto Chucri Zaidan tem o estoque mais novo e com preço mais competitivo da cidade.

A cidade paulistana é o coração financeiro de São Paulo. Partindo dessa premissa, fizemos um levantamento dos preços de aluguel por m² dos imóveis comerciais em diversas regiões da capital. Afinal, a cidade oferece diversos empreendimentos comerciais, em regiões valorizadas e consolidadas, para todos os tipos de interesse. 

De antemão, o custo para alugar um escritório na capital paulista pode variar significativamente. Entre os fatores determinantes, destacam-se localização, tamanho e infraestrutura do imóvel, qualidade do prédio e certificações, entre outros.

Nesse sentido, dados do 4T de 2023 da Buildings apontam que a cidade de São Paulo tem quase 12 milhões de m² de estoque total de edifícios comerciais (Corporate e Offices), de todas as classes.

Segundo a plataforma de dados imobiliários da Buildings, o CRE Tool, isso equivale a 1.623 edifícios prontos para ocupação (todas as classes de imóveis).

Em relação aos imóveis Corporate (grandes lajes) de perfil Classe A, os mais caros e cobiçados pelas empresas, são 292 edifícios na capital. Isso equivale 4,9 milhões de m² de estoque total na cidade.

Depois de um período intenso de crise, para se ter ideia do bom desempenho do setor de escritórios, os edifícios de alto padrão em São Paulo tiveram quase 500 mil m² de escritórios Classe A transacionados em 2023 (487 mil m² no total).

Trata-se de um número de locação bastante expressivo, se somados os quatro trimestres de 2023.

Qual região de São Paulo performa melhor?

Para as empresas que ambicionam uma localização estratégica para seu negócio, a região com o metro quadrado mais valorizado de São Paulo continua sendo a Nova Faria Lima. Muitas empresas de tecnologia e do setor financeiro estão lá e não abrem mão dessa localização.

A taxa de vacância, um dos principais indicadores do mercado imobiliário, cresceu na região nos últimos trimestres.

Atualmente, está em 7,37% no universo Corporate de alto padrão (dados do 4T/2023), mostrando um aumento de 0,83% em relação aos 6,15% do 3T de 2023.

Vale destacar que há um ano – no 4T de 2022 – a taxa de vacância estava abaixo de 5%, e o aumento se deu em razão da entrega de dois novos ativos.

Contudo, contrariando a expectativa comum de que o aumento na taxa de vacância é um fator preocupante para o setor de escritórios, a região continua sendo a mais valorizada de São Paulo. 

Além disso, oferece disponibilidade para locação nos empreendimentos Corporativo Faria Lima, Union Faria Lima, Birmann 32, São Paulo Corporate Towers, Infinity Tower e The One Faria Lima.

Com isso, o preço médio de aluguel pedido lidera o ranking como o mais caro da cidade. No 4T/2023, a média de preço pedido por m² foi de R$ 224,96, com o valor máximo de R$ 350,00 (Classe A). Entre os imóveis que praticam o maior valor de aluguel aparecem Birmann 32, São Paulo Corporate Towers e Infinity Tower, por exemplo.

O estoque total da região representa 1 milhão de m², no universo de 53 edifícios corporativos. O 4T/2023 também se destacou com o novo estoque entregue, de 28 mil m², após três trimestres sem apresentar novo estoque.

Além disso, ainda possui 44 mil de atividade construtiva.

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Comparativo de outras regiões

Quando olhamos para outras regiões de São Paulo que também oferecem imóveis de alto padrão e podem ser opções interessantes para diversas empresas, aparecem algumas com preços mais competitivos que a Nova Faria Lima e com boa qualidade técnica.

A região da Berrini, por exemplo, conta com 31 edifícios de perfil Classe A. Isso totaliza 575 mil m² de estoque total. O preço médio pedido de aluguel é de R$ 90,83 o m², com valor máximo de R$ 125,00 o m². Apesar do valor atrativo, a região sofre com uma taxa de vacância de 19,39%.

Já na Vila Olímpia, a taxa de vacância está menor: corresponde a 15,32% de um estoque total de escritório de alto padrão de 279 mil m² (também menor que a Berrini). A média de preço pedido é de R$ 172,00, e o valor máximo R$ R$ 257,00 o m², ou seja, maior que a Berrini.

Já a região da Paulista, que no ado teve a posição hoje ocupada pela Faria Lima, apresenta 45 imóveis de perfil Classe A. Isso totaliza 579 mil m² de estoque total.

No 4T de 2023, a região recebeu mais de 5 mil m² de novo estoque referente ao imóvel NINE 3134. Em relação à média de preço pedido por locação é R$ 117,00, com R$ 160,00 o valor máxima por m².

A Paulista também conta com uma taxa de vacância alta, de 19,47% – próxima à Berrini – e possui 42 mil de atividade construtiva.

Destaque positivo para a Chucri Zaidan

Por fim, a região da Chucri Zaidan, a que detém o estoque mais novo e moderno de São Paulo, se destacou de forma positiva. Apenas o Complexo Parque da Cidade, o edifício Triple A mais novo da região, foi responsável pela locação de 44 mil m² no 4T de 2023.

Além disso, a absorção líquida do Universo Corporate Classe A na região, alcançou mais de 32 mil m² de resultado positivo, o dobro do 3T de 2023.

Atualmente, são 34 edifícios corporativos Classe A prontos para ocupação na região da Chucri Zaidan. Isso equivale a 896 mil m² de estoque total (dados do 4T/2023).

A região sofria com uma taxa de vacância na casa de 30% desde o 1T de 2021, antes mesmo de a crise sanitária eclodir. Contudo, vale destacar que houve redução da taxa de vacância no 4T de 2023, caindo para 27,81%

Ainda é um cenário que requer atenção, contudo, demonstra reação positiva.

Quanto à média de preço pedido e, considerando a qualidade dos ativos, os preços da região são, de fato, os mais atrativos e competitivos atualmente. A média pedida é R$ 96,84 e o valor máximo R$ R$ 120,00 por m².

Pinheiros apresenta a segunda menor taxa de vacância de São Paulo

De todas as regiões analisadas, depois da Nova Faria Lima, a que tem a menor taxa de vacância é Pinheiros, com 12,43%.

A região apresenta 24 imóveis Corporate de perfil Classe A. Isso totaliza 352 mil m² de estoque total.

Por outro lado, a média de preço pedido é R$ 147,34, com preço máximo de R$ R$ 239,24 por m², que é maior que Berrini e Vila Olímpia, por exemplo.

Veja na tabela abaixo os preços por região:

Já conhece o BigData do Mercado de Real Estate

Os dados apresentados acima do mercado de São Paulo foram extraídos da plataforma CRE Tool, o BigData do Mercado de Real Estate. Além das duas maiores cidades do Brasil, São Paulo e Rio de Janeiro, a Buildings monitora também todos os edifícios comerciais de outras 15 cidades brasileiras, bem como de todos os condomínios industriais e logísticos em todo o território nacional.

Para saber mais sobre o mercado imobiliário corporativo, conheça a plataforma CRE Tool, clicando abaixo:

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