Procura-se galpões: Brasil registra a menor taxa de espaços vagos da série histórica; dados do 2T/2022

Mercado logístico brasileiro: taxa de vacância cai para 10% pela primeira vez na série histórica e valor do aluguel sobe; destaque também para São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Neste novo vídeo no canal da Buildings no Youtube, você vai conferir os dados do fechamento do 2º trimestre de 2022 do mercado logístico e industrial. Além dos resultados do Brasil – os melhores possíveis -, também trazemos dados e highlights de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

O que os números mostram após dois anos de pandemia e e-commerce a todo vapor no Brasil? Mostram que o mercado logístico e industrial brasileiro segue aquecido e crescendo. E isso não é apenas por causa da pandemia que desencadeou o forte volume das compras on-line.

Aluguel mais caro é destaque do setor logístico brasileiro

O Brasil possui hoje 695 condomínios logísticos e industriais prontos. Esses são os números do 2T/2022. Além dos condomínios prontos, se considerarmos os que estão em construção ou projeto, há cerca de 900 condomínios logísticos no total. Os 695 representam o estoque total de 29,2 milhões de m².

Para se ter ideia do quanto o setor está crescendo, iniciamos o ano de 2020 com 24,5 milhões de m²; dois anos depois já houve um acréscimo de 5 milhões de m² ao estoque. Isso totaliza os 29,2 milhões de m² do 2T/2022.

Sobre a taxa de vacância do setor, pela primeira vez na série histórica, está abaixo de 10%: fechou em 9,7% (2T/2022).

De 2013 a 2022, os preços de aluguel seguiam estagnados, com pouquíssima variação. Dessa forma, a média de preço pedido ao longo destes últimos dois anos variou muito pouco, ficando entre R$ 18,00 e  R$19,00.

No período citado da série, o mercado logístico estava trabalhando com uma taxa de vacância alta, acima de 15%. Por consequência, dificilmente seria possível rear novo preço para os inquilinos.

Contudo, o jogo virou nesse último trimestre.

Atualmente o preço médio pedido de aluguel é de R$ 20,40 em todo o Brasil. Isso significa que alugar um galpão neste momento está mais caro.

“Esse resultado é super importante quando pensamos em elevação de preço pedido de aluguel. Isso porque quando a taxa de vacância está menor, menos espaços estão disponíveis para locação e, consequentemente, os proprietários têm menos possibilidades de reajustar os alugueis mensais. Esse aumento de aluguel nunca havia rompido na nossa série histórica. Agora vemos um crescimento importante para o setor que se reflete na vacância menor e preço pedido maior”, explica Fernando Didziakas, sócio-diretor da Buildings.

Absorção líquida segue positiva

Outro destaque é a absorção líquida (indicador de crescimento ou retração do mercado imobiliário em metragem quadrada ocupada trimestre a trimestre). Com a taxa de vacância caindo, isso quer dizer que mais metros quadrados foram ocupados nesse trimestre (em comparação ao anterior). Ou seja, a absorção líquida foi positiva, rompendo a barreira de 1 milhão de m² (2T/2022). Nunca se absorveu tantos espaços quanto no 2T/2022.

A absorção líquida não apenas foi alta. Ela bateu recorde!

No 3T/2021 foi de 992 mil m² e 468 mil m² no 1T/2022. Para saber mais, e a ferramenta CRE Tool.

Quanto ao novo estoque foi de 750 mil m². Detalhe importante que ele já chega ao mercado pré-locado, ou seja, já existem empresas com esses espaços contratados para instalar sua operação.

Da mesma forma, a atividade construtiva também aumentou: o mercado entregou 750 mil m² de novo estoque no 2T/2022.

Era de 4,2 milhões de m² no 1T/2022.

Quando consolidamos o 2T/2022 o mercado tem ainda 4,4 milhões de m² em construção no Brasil, de obras iniciadas no 2 trimestre de 2022.

Esses resultados do mercado logístico foram extraídos da plataforma CRE Tool, o BigData do Mercado de Real Estate. Conheça a plataforma CRE Tool aqui.

Confira o vídeo na íntegra aqui:

Mercado logístico em São Paulo

O mercado logístico e industrial em São Paulo é de 15,7 milhões de m². A taxa de vacância está em queda: fechou em 11,8% 2T/2022.

Mesmo assim houve aceleração no preço pedido por m². A absorção líquida é de 466 mil m² – não é recorde, mas continua expressando um bom sinal como resultado para o trimestre.

Isso mostra que outros estados têm impulsionado o setor logístico e que a qualidade de serviço está se expandido.

Sobre a atividade construtiva ela fechou em 2,3 milhões de m² (condomínios em construção). O novo estoque corresponde a 335 mil m².

Minas Gerais

Trouxemos recentemente uma análise detalhada do mercado logístico em Minas Gerais. Para conferir artigo, e: Minas Gerais: estoque de galpões logísticos praticamente esgota no 2º trimestre de 2022.

O estado mineiro, que aparece em terceira colocação no mercado logístico brasileiro, se destacou com números recordes de atividade construtiva, ocupação e preço pedido por locação no 2º trimestre de 2022.

O estoque de galpões logísticos praticamente esgotou no primeiro semestre de 2022: no 1T/2022 havia apenas 15 mil m² disponíveis para locação. No 2T/2022 o número foi de 23 mil m².

Do 1T/2022 para o 2T/2022, o estado teve um acréscimo superior a 54 mil m² de novo estoque. No 1T era 18 mil m²; no 2T fechou em 72 mil m².

Quando olhamos para a absorção líquida, o saldo segue positivo. Alcançou o resultado de 64 mil m² no 2T/2022, número superior em 17 mil m² em relação ao 1T/2022, que fechou em 47 mil m².

A taxa de vacância ficou em apenas 1% no 2T/2022, embora um pouco maior que o 1T/2022, continua muito baixa.

O preço médio pedido por m² é de R$ 23,00.

É claro que não se pode comparar o estoque de Minas com São Paulo. Mas também não se pode perder de vista que o estado mineiro está crescendo muito. A atividade construtiva está se aproximando de 1 milhão de m².

Leia também:
– Apesar da desaceleração do e-commerce, FII de logística continua atrativo
– A força do mercado de escritórios em São Paulo; dados do 2TRI de 2022
– Minas Gerais: estoque de galpões logísticos praticamente esgota no 2º trimestre de 2022

Rio de Janeiro

O estoque total no Rio de Janeiro é de 2,8 milhões de m² e 2,3 milhões de m² de atividade construtiva no 2T/2022.

A taxa de vacância é de 14% e a média de preço pedido por m² corresponde a R$ 21,00. Sobre a absorção líquida fechou em 32 mil m².

O BigData do Mercado de Real Estate

Os dados apresentados do mercado logístico foram extraídos da plataforma CRE Tool, o BigData do Mercado de Real Estate. Além das duas maiores cidades do Brasil, São Paulo e Rio de Janeiro, a Buildings monitora também todos os edifícios comerciais de outras 15 cidades brasileiras, bem como de todos os condomínios industriais e logísticos em todo o território nacional.

Para saber mais sobre o mercado imobiliário corporativo, conheça a plataforma CRE Tool, clicando abaixo:

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